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de 30 a 35/000 reis e os do Norte de 12 a reis todos em mosto. — É bem sabido que aquella Ilha nào admitte outra especu» de cultura como geral: de tudo pôde dar um pouco, mas esse pouco não pôde ser sutficiente para as suas precisões. — R m rasào da grande decadência dos vinhos, alguns Lavradores tem tentado outros culturas ; mas, á excepção de muito pequenas cousas, ellas não tê-em pago aos empreliendodores as tentativas que tem feito.

Em presença pois destes factos e da miséria geral que elles tem trazido á povoação, aquella Associação, aquelle Corpo do Commercio, e aquelles Pró. ptielarios e Lavradores que ale hoje ainda não tinham pedido diminuição alguma nos direitos do ex-podaçào, vem agora sollicitar como como um dns remédios a tantos males a extinrção dos direitos de exportação; e uma revisão das Pautas da Alfândega para aquella Ilha; e note a Camará que elles advertem que não se involveín na grande questão das Pautas debaixo dos princípios geraes porque el-las estào constituídas para o Reino: mns e sua opinião que uma reforma nas Pautas da Madeira feita debaixo do ponto de vista de aí constituir Pautas Especiaes daquellas Ilhas accommodadas ás suas mui peculiares circumstancias pôde dar remédio ao desastroso estado do seu Commercio e Agricultura, sem sacrifício da Industria e Cmnmercío do Continente do Reino ; que esse syslema hade também produzir nm nugtnonio de receita para o Thesouro pelo au-gmenio do Commercio, tonto de exportação com de importação. Elles paia esta sua opinião partem de dois fiictos prineipaes entre oulros que a l lega m—— O de que a diminuição do Commercio da Madeira avulta mais desde a publicação das Pautas Geraes das Alfândegas, tornando a animar-se um tanto, e até a dar maior rendimento para o Thesouro, quando reduzidas ellas em attenção a unia grande calamidade; e o facto de que a diminuição na exportação dos vinhos não tem procedido somente, como dizem os menos bem informados nesta matéria, da mudança na moeda: esta é por certo uma d.is causas, mas não é a única ; por quanto tendo elles empregado os maiores esforços para satisfazerem a mudança nos gostos por esses outros vinho*, e tendo chegado não só a igualal-os mas a excedel-os, não tfem podido vencer os seus rivaes. —Os vinho? mais finos da Madeira não teriam rival ern qualidade que lhes desse que temer nem me^mo nos vinhos de Xerez, se com a mudança caprichosa da moda senão viesse associar outro inimigo ainda mais tomivel, o do menor preço, porque se podem vender os vinhos de Xerez em razão de estarem hoje isentos dos pesados direitos de exportação, e mais alcavalas a qire estão sujeitos os vinhos da Madeira ; por quanto o Governo H -spanhol tem de ha tempo removido todos esses encargos que vexavam os vinhos de Xerez, e outros assim do Continente da Hespanha como de suas Ilhas. — Se esta causa nos torna muito dimcil entrar em combate com esperança de victoria, no campo da concorrência entre os melhores vinhos da Madeira e os de Xerez, a campanha é quasi impossível entre os vinhos da 2.11 e 3.a qualidade da Madeira, e as outras qualidades de vinhos de Xerez o das Canárias, os do Cabo de Boa Esperança, alguns de França como os de Ceie, e os de Sicília principalmente os de Marselha; outro temível rtvat 2.°— KKVHRKIRO •

por sua proximidade em qualidade aos vinhos rnaís ligeiros da Madeira, e por sua cornmodidade em preço, que tem feito seu consummo em Inglaterra e nos Eslados-Unidos, tem augmentado prodigiosamente, em quanto o nosso do igunl lote tem ido cada vez mais para traz —Estes dois factos constituem os dois pontos frisantes da matéria.
Os Representantes, alem disto, apontam uma Tabeliã impressa dos direitos e mais encargos com que estão onerados os vinhos da Madeira, pela qual se mostra que os do Norte carregam com 65 por cento, os do Sul com 30 por cento do seu valor, e u totalidade delles, em termo médio, com 47 e meio por cento; estabelecidos pois aquelles dois pontos frisanjes , e demonstrada a somma total dos encargos, o negocio se torna obviamente muito serio; e não pôde deixar de merecer a esta Camará a mais attenta consideração: é por isso que eu peço a V. Ex.ft e á. Camará convenham em que a Representação seja rernettida ás respectivas Commissões com urgência; e rogo ás mesmas Commissòes lhe dediquem a maior sollicitude, ouvindo o? Deputados da Madeira, em ordem a resolver este importantíssimo negocio com a possível brevidade.
Sr., Presidente, eu tenho para rnírn que está sobre nós pendente uma crise commercial, e não sei que mais, tremenda; e que nós devemos applicar todos os nossos cuidados a descobrir os meios de lhe ir ao enconlro; façâmol-o em quanto é tempo, este já não nos sobra demasiado. Eu quizera que esta minha voz dia e noite soasse aos ouvidos dos nobres Cavalheiros daquellas Cadeiras (referindo-se ás dos Srs. Ministros) • entre elles se acha um que muito conhece de experiência própria todos os factos que expuz : e que delles até o victima (O Sr. Conde do Tojall.Eu espero que S. Ex.u por amor do bem geral, e por o do seu próprio proveito não hade perder occasiào de fazer sentir aos seusCoIlegas toda a importância deste negocio! Senos nos obstinarmos a fechar os olhos sobre o que vai por esse Mundo, e sobre tudo entre os nossos visinho*, bem podemos contar com o vermos transportadas para mãos estranhas todas as preciosas vantagens que a natureza nos tinha liberalisado, com ver os nossos Portos e os nossos Campos desertos; e as nossas Cidades reduzidas a montões de ruinas.
O Sr. Passos Pimentel:— Sr. Presidente, mando para a Mesa um Requerimento, que me foi entregue, dos habitantes da Freguezia de S. Thomaz de Ne-grellos, em que pedem que esta Freguezia seja an-nexada ao Concelho de Santo Thyrso. Os fundamentos que os moradores da Freguezia fazem para mostrar que tem muita justiça no que pedem, são mais do que preciso para a Commissâo, que se deve encarregar de analysar este Requerimento, lhe faça justiça, o que eu espero; porque na realidade esta Freguezia, que pede ser annexada ao Concelho de Santo Thyrso, pega cornos arrabaldes desta villa, e está annexada a um Concelho do qual eslá separada por uma grande montanha, e por péssimas estradas. Portanto, Sr. Presidente, peço a V. Ex.tt que haja de mandar o Requerimento á Commissâo respectiva, para ella dar seu Parecer quanto antes.
O Sr. Jeremias Mascarenhas: — Peço licença á Camará para retirar a Noia de Interpellaçâo, que eu tinha dirigido ao Sr. Ministro da Marinha, sobre se tinha mandado suspender as eleições no Ultramar^ visto que e* l á satisfeito o firn que tinha no meu pen-