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reversal foi lida só a ultima parte pelo Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros antes dehonlem, e pegou-se na palavra, uma negociação; esta nota sendo lida na sua íntegra dá a entender que essa negociação e a que se referia no principio j que essa negociação é effeetivafnente o tractado q-rre foi regei tado na Camará; ora não só o Ministro dos Negócios Estrangeiros, que referendou aquella nota , o explicou assim, explicação que eu provoquei, mus o mesmo sentido lhe deu o Ministério seguinte, que durou ate 13 de Abril de 39, esse Ministério, a cuja frente estavam o Sr. Calmon , sendo o encarregado dos Negócios Estrangeiros o Sr. Maciel Monteiro, dois homens destinctos, os astros doj Império do Brazil j lesses homens, que na Camará dos Deputados tinham, advogado com uma energia tai (que nem Portugue-zea o fariam) a conveniência do tractado de 10 de Maio de 1336, dizendo que elle não era prejudicial ao Brazil, eque era pelo contrario muito conveniente, e decoroso para ambas as Nações; a certeza da apresentação foi dada pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros ao nosso encarregado de negócios, dizendo-lhe que esperasse pela próxima legislatura, que o deixasse observar a maioria que podia ler, e logo que estivesse seguro delia, o apresentaria á Camará. Quem concluio este traclado? Este fatal tractado, que um milhão de vezes lhe hei de chamar fatal, porque é a causa das minhas desgraças,, queni o^às* sighou fui eu.

Sr. Presidente, um agente diplomático manda-sé tractar com os corpos legislativos de qualquer nação* ou com o poder executivo? Qual foi a minha missão] Concluir um tractado com o Governo do Bra* 8Í1. Se elle não tinha maioria nas Camarás que )he> approvasse esse tractado , não é culpa rninha , pois, Sr. Presidente,'nem ainda quando subiu á Camará doe Deputados PU o abandonei; não houveram fa* digas (O Sr. Depurado estava muito conirnovido.} não houve sol ardente, não houve casta nenhuma de sacrifícios, que eu não fizesse para esse traclado ser approvado ; elle teve 37 votos a favor e 42 contra ^ teve os 37 da opposição a favor, e os 42 do governo contra, quando a mim se me tinha declarado que procurasse o apoio dos Deputados daopposição, que coro os do governo devia contar; rnas, Sr. Presidente, ee me e' licito compàrar-me também com Buonaparte, eu direi que tinha a diplomacia euro* jjea carregando toda sobre mim ^ com os meios dê fortíssimas e riguissimas nações,, e no fim tive orneia Bòurmont. Por esta exposição se vê que terminei feliz e favoravelmente os negócios especiaes, de que fui encarregado, e que se algum deixou de ter cumprimento cabal, foi em consequência das ordens pó* sítivas do meu Governo. AIe'm destes fiz eu, Sr. Presidente, outro grande serviço a Portugal. Antes dá minha chegada ao Brasil eram os portuguezes , residentes naquelle império, insultados é cuspidos; as suas reclamações desattendidas, e o Governo Portu-guez completamentedesconsiderado. Appello para o testemunho de V. Ex.% queesieve no Rio de Janeiro^ d'um nobre Deputado que aqui se senta * que também lá esteve, e de todo* os portuguezes que, ou residiram ali, ou tem haqueila parte do mundo as suas relações. Digam elles se isto e ou não verdade? Digam também sé é verdade ou não que quatro me-zes depois da minha chegada á corte imperial,- os súbditos portuguezes hombreavam com os Jrancezes

é inglezes, eram altendidos, e o áeuGoverno respeitado, e.quem operou toda esta grande revolução? Fui eu, Sr. Presidente $ è como é então que sé vem dizer em publico que em 16 raezes que estive ntí Brasil não fiz outra cousa senão nomear uma com-missâo? Tenho.aqui um folheto em cjue eU não piíz inão^ e em quê hào ha nada escríptô por mim: é uma còlléeçãò de documentos, e só de documentos, aonde está ò pró e o contra; e em que se me fazem elogios que eu hão mereço, referihdo-se á sagacidade e habilidade com que eu negociei. Muitas mais cousas poderia eu dizer á Camará , mas na verdade estou excessivamente cornmovido, nem devo falíar tanto de mi m; è só accrescentarei que por esta parte parece-me ter satisfeito completárnente; e mostrado que não fui ao Brasil só para nomear Uma commis-são ; e a -respeito de qualquer outro ponto desta rnissâo, hão só respondi já perante quem tinha direito de me interpèllary e invocarei o testemunho do nobre Deputado que se senta daquelle lado j que então era Ministro d'Estado, (O Sr. J. A. de Campos apoiou á orador.) mas estou prompto a responder sempre em toda a parte, não só a qUem tiver direito de fne interpellar, mas a quetn o não tiver: estou pfomptd a responder não só por isso, mas por toda a minha vida publica; venha o primeiro que possa lahçar-me um labeo. .; aqui está muita gente que sabe como eu me tenho conduzido em todas as circutnstancias (apoiados): Sr. Presidente j muitas consequências poderia eu tirar d'aqui , mas àbste-"•nho-me disso * porque não quero trazer á Camará elementos de pe/turbação; a Camará terá observado que eu procuro ser polido è decente; sé o não sou. mais e' porque lá não chega a minha educação; ,mas, Sr. Presidente, * eU não costumo quebrar esses frágeis telhados, tão fáceis de quebrar, e que sehdò-o, deixariam exposta á vista do mundo toda a dei formidade, toda a hediondez das ignóbeis^ e encontradas paixôf-s que pululam , que fervemj e se debatem dentro em muitos corações. Abandono-os aos seus nojentos remorsos, se forem susceptíveis delles^ Resta-rne ainda outra parle, é posto que me ache demasiadamente coiKmo^ido, vou tractar delta, porque isso Convém a mim , e conve'm ao Ministério;