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SESSÃO NOCTURNA DE 14 DE JULHO DE 1890 1249

Leu-se mais a seguinte:

Moção de ordem

A camara, reconhecendo que a entidade governo não soffre solução de continuidade, e que as decisões definitivas do poder judicial devem ser acatadas por todos e cumpridas pelas partes que n'ellas são condemnadas, passa á ordem da noite. = Francisco de Medeiros.

O sr. Almeida e Brito: - Requeiro a v. exa. que consulte a camara sobre se quer que sobre esta moção recaia votação nominal.

Foi consultada a camara e fez-se a contagem dos votos.

O sr. Presidente: - Não ha vencimento para haver votação nominal.

Os srs. deputados que approvam a moção mandada para a mesa pelo sr. Francisco Medeiros, têem a bondade de se levantar.

Foi rejeitada.

O sr. Presidente: - Segue-se agora a moção mandada para a mesa, pelo sr. Elmano da Cunha.

Leu-se. É a seguinte:

Moção de ordem

A camara, reconhecendo que o governo tem em toda a consideração os legitimos interesses da industria vinicola e os do commercio, e que ha de saber resolver conformemente á justiça e ás conveniencias publicas, passa á ordem da noite.

Sala das sessões da camara dos senhores deputados, 14 de julho de 1890. = Augusto Cesar Elmano da Cunha.

Foi approvada.

O sr. Presidente: - Com a votação d'esta moção ficam prejudicadas as restantes que foram mandadas para a mesa.

O sr. Baptista de Sousa: - Parece-me que a minha proposta não póde ficar prejudicada pela votação que acaba de ter logar.

O sr. Presidente: - Desde que a camara votou uma moção que termina por que se passe á ordem da noite, todas as outras ficam prejudicadas. (Apoiados.)

O sr. Eduardo de Abreu pediu a palavra para explicações; mas como a sessão só estava prorogada até se votar o incidente, eu já não posso conceder a palavra a s. exa. sem consultar a camara.

Vozes: - Falle, falle.

O sr. Presidente: - Em vista da manifestação da camara, tem o sr. Eduardo Abreu a palavra.

O sr. Eduardo Abreu: - Referindo-se ao que dissera o sr. ministro da instrucção publica, em relação ao Porto, declara que, se pediu a palavra, não foi para dar explicações a s. exa., porque não havia motivos para isso, nem á camara, porque a não tinha offendido. Quer apenas dizer que não offendeu com as palavras, que ha pouco pronunciou, os factores illustrados e dignos do Porto. Aos arruaceiros da associação commercial é que se referiu, continuando a dizer que se lhes applique a massagem e sangria.

(O discurso será publicado na integra, e em appendice a esta sessão, quando s. exa. o restituir.)

O sr. Presidente: - A ordem do dia para ámanhã é a continuação da que estava dada.

Está levantada a sessão.

Era quasi uma hora da noite.

O redactor = S. Rego.