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DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS 1911

administrado que as cousas chegaram ao estado em que estão.

O sr. Sarrea Prado: - Pedi a palavra quando vi entrar o sr. ministro da marinha, porque desejo fazer uma pergunta a s. exa.

O assumpto sobre que versa a minha pergunta diz mais especialmente respeito ao ministerio das obras publicas, mas, como elle tambem tem certa relação com o ministerio da marinha, e como já não tenho maior esperança de ver aqui em breve o sr. ministro das obras publicas, aproveito á occasião de ver presente o sr. ministro da marinha para pedir a s. exa. que se informe do seu illustre collega das obras publicas, se acaso s. exa. não está habilitado para desde já informar o que ha a respeito de uns projectados pharolins para demarcação da barra do porto de Villa Nova de Portimão:

Segundo me consta, quando se fez o projecto e orçamento para uns pharolins no porto de Olhão, tambem se fez similhante projecto para a barra de Villa Nova de Portimão. Sei que os pharolins para aquelle porto da villa de Olhão já foram estabelecidos, mas é certo que até hoje ainda se não tratou de assentar os pharolins, que, pela mesma occasião d'aquelles, tinham sido projectados e orçados para a barra de Villa Nova de Portimão, onde são urgentemente
reclamados e muitissimo uteis.

E eu desejava saber se tem havido alguma rasão para esta demora, e se ella implica com o projecto geral que ultimamente foi apresentado pela respectiva commissão que foi nomeada para tratar de formular um plano geral de illuminação das costas de Portugal.

Creio que esta demora não prenderá com esse plano, porque o projecto d'esses pharolins tinha sido feito anteriormente, como o dos destinados ao porto de Olhão, que não obstante isso já foram assentes.

Em todo o caso, se o sr. ministro da marinha não póde responder desde já á minha pergunta, e estou prevendo que não pôde, peço a s. exa., como já disse, queira indagar do sr. ministro das obras publicas o que ha a este respeito, para poder informar a camara, quando o próprio sr. ministro das obras publicas o não possa fazer, tomando desde já estas minhas indicações como uma instancia pelo breve estabelecimento dos pharolins a que me refiro.

O sr. Ministro da Marinha (Mello Gouveia): - Não posso dizer ao illustre deputado senão que o governo tem muita consideração e em estudo activo a questão
da illuminação das costas do reino.

Não estou, portanto, habilitado para desde já dizer ao illustre deputado qual a rasão da demora no assentamento dos pharolins a que s. exa. se referiu.

Talvez s. exa. prevenisse o esclarecimento que deseja quando, attribui hypotheticamente a causa da demora á dependencia do estudo do plano geral da illuminação das costas, mas não o posso affirmar. O que é certo é que esse trabalho de estudo do plano geral está quasi concluido e que por medida geral ou providencia especial persuado-me de que os desejos de s. exa. não tardarão a ser satisfeitos. Prevenirei, não obstante, o sr. ministro das obras publicas das observações que o illustre deputado fez a respeito d'este assumpto, e estou certo de que o meu collega providenciará como for conveniente.

O sr. Presidente : - Vae proceder-se á eleição de um vogal effectivo da junta do credito publico.

Procedendo-se á eleição, verificou-se terem entrado na urna 67 listas, sendo 1 branca.

O sr. Presidente: - Saiu eleito o sr. José Joaquim Alves Chaves com 65 votos, e obteve 1 voto o sr. Manuel Pinto Guedes.

Vae proceder-se á eleição de um vogal substituto para a mesma junta.

Entraram na urna 53 listas e saiu eleito com igual numero de votos o sr. Maximiliano Zacharias da Costa.

O sr. Presidente: - Visto, não haver numero, vou levantar a sessão.

A ordem do dia para amanhã é a mesma que estava dada, e para a primeira parte os projectos n.º 219 e 137.

Está levantada a sessão.

Eram quatro e meia horas da tarde.

Rectificação

No discurso do sr. Dantas Baracho, à pag. 1836, col. 2.ª, lin. 46, onde se lê "magra benevolencia"; leia-se "magna benevolencia"; e a pag. 1837, col. 1.ª, lin. 9, onde se lê "homens que vivem nas fileiras do exercito", leia-se "homens que servem nas fileiras do exercito".

Sessão de 20 de junho de 1882.