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DOS PARES. 267

no: portanto, quando isto não seja pela intelligencia da Carta um objecto decisivo, não foi irreflectido que apresentando esta idéá á Camara; ella decidisse se a minha Proposição era verdadeira, ou falsa; proposição concebida, em que sendo este objecto pertencente ao Poder Moderador, e este representado pela Pessoa do Rei, parecia-me que não havia necessidade nenhuma de que os Ministros do Estado assistissem, não representando aqui senão como executores, ou instrumentos do Goveno Representativo.

Portanto, torno a dizer, que quando apresentei a minha opinião, não foi como um objecto decisivo; mas foi para a Camara meditando, e reflectindo o que eu disse, decidisse o mais acertado.

O SR. BARRETO FERRAZ: - Sr. Presidente, eu já tinha sido de opinião e continúo a ser:, de que a falta de um Membro da Commissão, não deve servir de motivo para em geral ss suspender a discussão; por que do contrario poderia resultar graves inconvenientes, até abusar-se, em detrimento das discussões. Mas n'este caso patticular, posso seguir outra opinião; e a minha posição particular faz, com que peça se suspenda a Sessão, em quanto não estiverem presentes os Srs. Membros da Commissão (nem supponha o Sr. Conde de Lavradio, que passa pela minha idéa a suppõsição de que elle não seja capaz de defender esse Projecto); mas eu ainda que me separei das suas opiniões, desejo sustentar as minhas na sua presença, e ainda mais, quando S. Ex.ª disse, que concordando em tudo, em alguns, Art.°s acha differença; por todas estas razões intendo, que se deve sspender a Sessão, até que estejam presentes os outros Membros da Commissão:

O SR. CCWDE DE LAVRADIO: - Parece-me, que a primeira vez que fallei, parecia oppôr-me a que se suspendesse a Sessão: eu não me opponho a isso, e julgo-o agora atendivel, visto faltarem tres Membros essenciaes da Commissão, e não estarem presentes alguns Membros do Governo. Confesso que discordo; do meu nobre amigo, o Sr. Visconde de Laborim; e quando fallo assim, parece-me que não sou suspeito, por que não tenho sido aqui o defensor dos Ministros: o meu dever é defebder o que é justo. Eu intendo que os Ministros, no meu modo de pensar segundo a Carta, tem não só o direito, mas o dever de assistir a todas as discussões da Camara; e ella deve deixalo entrar, sejam quaesquer que forem as questões para sustentarem os direitos da Corôa; e mesmo em todas as occasiões considero, que sempre a Camara tem utilidade em ouvir os pareceres dos Ministros, quando não seja senão pelo conhecimento pratico, que tem dos negocios, o qual a Camara não póde ter, e por que até elles tem conheicmento momentaneamente, do que é nceessario, e guando ha duvidas só elles as podem estar explicando por tanto, longe de ser inconveniente entrarem nesta discussão os Ministros intendo-o de utilidade publica o que hei de defender como poder; tanto mais que me parece estar ha letra, e no espirito da Carta. Sobre isto parece-me, que não deve haver discussão.

O SR. VISCOPNDE DE LABORIM: - Permitta-me V. Ex.ª dizer-lhe que eu queria, que, quando V. Ex.ª pozesse á votação - se effectivamente a discussão se deve addiar até á chegada dos Srs. Ministros, se marcasse por decencia e dignidade da Camara um prazo para o addiamento; por que eu contento-me de ser-escravo da Nação, mas não dos outros homens (O Sr. Visconde de Fonte Arcada - Apoiado.) Por tanto, pedia a Ex.ª, que marcasse um prazo - se devemos esperar até ás duas horas, ou duas e meia, e que dado este prazo, cadaum de nós se retire para suas casas - por que estar á espera, até que venham, intendo uma indignidade. (O Sr. Visconde de Fonte Arcada - Apoiado.

O SR. VICE-PRESIDENTE: - Eu intendo, que o tempo hão se perde indo para as Commissões, onde ha trabalhos urgentes. Não se espera por individuos particulares, mas por pessoas publicas; e o motivo da Conselho d'Estado é a respeito dos prezos da Semana Santa, e não póde marcar-se o tempo que ha de durar. - Parece-me, por tanto, que proponho á Camara simplesmente a suspensão, até que cheguem os Membros da camara empregados no Conselho de Estado: não temos nada com os da Commissão, por que o unico que está presente deu um voto em se-parato: por consequencia se a Camara permitte, proporei unicamente, que se espere por aquelles. Membros, e os presentes se retirem ás Commissões para os trabalhos: se chegarem antes está claro, que se reune a Camara. Por tanto, proponho a suspensão dessta Sesão, até que cheguem os Membras da Camara, que estão empregados no Conselho d'Estado, em quanto não sejam, passadas; as quatro horas, em que a Camara costuma, aabar a Sessão. - Os Srs, que approvam a proposição nestes termos, queiram levantar-se.

A Camara assim o approvou, e os Membros presentes passaram ás Commissões.

Era uma hora e tres quartos.

As tres horas e meia abriu o Sr. Vice-Presidente a Sessão, e observando quanto a hora estava adiantada, e que pouco poderia aproveitar já o trabalho quando mesmo houvessem de chegar os Dignos Pares por quem se esperava: deu para Ordem do dia o Projecto relativo á Valla da Aazambuja, e depois a continuação daquelle, cuja discussão se suspendêra. - Fechou a Sessão.

Era pouco mais, de tres horas e meia.

N.º 58 Seessão de 12 de Abri 1843.

(PRESIDIU O SR. CONDE DE VILLA REAL.)

Foi aberta a Sessão pela uma hora da tarde: estiveram presentes 30 dinos Pares - Is Srs. Duque de Palmella; Marquezes de Fronteira, das Minas, e de Ponte de Lima; Condes do Bomfim, de Lavradio, de Lumiares, da Ponte de Santa Maria, de Rio Maior, de Semodães, e de Villa Real; Viscondes de Fonte Arcada, de Laborim, de Oliverai, de Sá da