O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2120 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002

 

Portanto, faltando à verdade das promessas eleitorais, não pode ter nem a credibilidade nem a confiança dos portugueses!

Aplausos do PS.

Estamos a discutir o Orçamento do Estado para 2003 e estamos também, na base disso, a analisar a execução orçamental de 2002. A execução orçamental de 2002 já tem uma boa parte de responsabilidade deste Governo e este Orçamento para 2003, digam o que disserem, é da única e exclusiva responsabilidade da coligação que, neste momento, está no poder em Portugal. Não queremos ter nada que ver com essa responsabilidade!

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

O Sr. Fernando Pedro Moutinho (PSD): - Mas têm!

O Orador: - Srs. Deputados, ouçam o Sr. Presidente da Assembleia da República, porque parece que foi para os senhores que ele falou.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Ferro Rodrigues, permita-me que o interrompa para lhe dizer que me dirigi a toda a Câmara, indiferentemente,…

O Orador: - Com certeza.

O Sr. Presidente: - … e também ao Governo, como é natural. É minha obrigação como Presidente da Assembleia da República.

Aplausos do PSD e do PS.

O Orador: - Acho muito bem.
Sr. Presidente, sem dúvida que fazer um Orçamento para 2003 não é tarefa fácil para qualquer governo - temos essa absoluta compreensão. Porém, é preciso dizer que a verdade, a tal verdade de que fala o Sr. Primeiro-Ministro, é que os grandes objectivos deste Orçamento teriam de ser, em primeiro lugar, o de devolver a confiança aos portugueses; em segundo lugar, o de partilhar sacrifícios, que são inevitáveis mas que devem ser partilhados; e, em terceiro lugar, o de ter prioridades bem claras.
Ora, o que acontece neste Orçamento, a verdade, é que, nestas matérias, há falhanços absolutos: a confiança está cada vez mais baixa - não apenas medida pelos indicadores mas pelo conhecimento empírico e pelos contactos que, ao longo do País se fazem com empresários e trabalhadores -, o sinal dado ao investimento público é extremamente negativo, a facilidade com que o Governo admite a não utilização de fundos comunitários nos investimentos feitos pelas autarquias, por exemplo, ao abrigo do novo Quadro Comunitário de Apoio, é, do meu ponto de vista, absolutamente inacreditável, para além de haver uma autêntica espoliação das pequenas e médias empresas em sede de IRC.

O Sr. António Costa (PS): - Muito bem!

O Orador: - Portanto, a confiança só fica prejudicada com este Orçamento.
Também os sacrifícios não estão partilhados. Os sacrifícios destinam-se fundamentalmente aos mais desprotegidos, não só em matéria de impostos sobre o trabalho, como o IRS. Por outro lado, aumentam-se os benefícios fiscais, numa autêntica contra-reforma fiscal que este Orçamento faz ao serviço do capital bancário, do capital financeiro mais forte neste país.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

Não há qualquer preocupação de combate à evasão e à fraude fiscais.
Os senhores bem podem vir falar-nos dos "amanhãs que cantam", mas a verdade é que as metas para 2006 não são aquilo que dizem. Quem ouvir falar da convergência das pensões mais baixas com o salário mínimo nacional pensará que faz parte do Programa do Governo que, em 2006, não há nenhuma pensão abaixo do salário mínimo nacional. Ora, como sabem, isso é totalmente mistificador. Nada disso acontece, nem sequer no Programa do Governo!
Por conseguinte, falar de uma coisa que não é verdade é uma forma de tentar mandar para a frente uma situação que, depois, não se vai concretizar. A menos que não aumentem o salário mínimo nacional…! Se o salário mínimo nacional ficar paralisado, então, as pensões crescerão 4 ou 5% e, se chegarem ao salário mínimo nacional, será por más razões!

O Sr. António Costa (PS): - Muito bem!

O Orador: - Mas nós iremos apresentar alternativas aquando do debate na especialidade.
Agora, o que está em debate é o Orçamento do Governo, na generalidade, e as nossas alternativas procurarão aumentar a confiança, melhorar a distribuição dos sacrifícios e ter prioridades mais claras.
Sr. Primeiro-Ministro, quero dizer-lhe o seguinte: não conte connosco…

O Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - Para desgraça já bastaram seis anos!

O Orador: - … para sermos cúmplices de uma política que, em vez do choque fiscal que foi prometido, apenas acarretará um brutal choque de desemprego para a sociedade portuguesa.
Ainda está a tempo de mudar alguns aspectos deste Orçamento. Contamos que tenha consciência disso.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro. Dispõe também de 5 minutos.

O Sr. Primeiro-Ministro: - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Ferro Rodrigues, V. Ex.ª começou por

Páginas Relacionadas
Página 2114:
2114 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   admitidas, as seguintes
Pág.Página 2114
Página 2115:
2115 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   da verdade, do rigor, d
Pág.Página 2115
Página 2116:
2116 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   O Orador: - Segundo: o
Pág.Página 2116
Página 2117:
2117 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   É um Orçamento cujo déf
Pág.Página 2117
Página 2118:
2118 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   Aplausos do PSD e do CD
Pág.Página 2118
Página 2119:
2119 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   O Sr. Honório Novo (PCP
Pág.Página 2119
Página 2121:
2121 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   falar na questão da con
Pág.Página 2121
Página 2122:
2122 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   Permita-me, também, que
Pág.Página 2122
Página 2123:
2123 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   à posição do Partido So
Pág.Página 2123
Página 2124:
2124 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   própria Comissão Europe
Pág.Página 2124
Página 2125:
2125 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   Aplausos do PSD e do CD
Pág.Página 2125
Página 2126:
2126 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   O Orador: - Foi propaga
Pág.Página 2126
Página 2127:
2127 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   Protestos do PCP.
Pág.Página 2127
Página 2128:
2128 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   que vai manter, renovar
Pág.Página 2128
Página 2129:
2129 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   Sr. Presidente, se me d
Pág.Página 2129
Página 2130:
2130 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   faz que as áreas escolh
Pág.Página 2130
Página 2131:
2131 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   mas esqueceu-se que est
Pág.Página 2131
Página 2132:
2132 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   Tem a palavra, Sr. Depu
Pág.Página 2132
Página 2133:
2133 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   aligeirar a carga fisca
Pág.Página 2133
Página 2134:
2134 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   O Sr. Guilherme Silva (
Pág.Página 2134
Página 2135:
2135 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   que tomámos a favor da
Pág.Página 2135
Página 2136:
2136 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   O Sr. Lino de Carvalho
Pág.Página 2136
Página 2137:
2137 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   feito aqui e o que a Sr
Pág.Página 2137
Página 2138:
2138 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   página III-19 e a compa
Pág.Página 2138
Página 2139:
2139 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   O Sr. Fernando Pedro Mo
Pág.Página 2139
Página 2140:
2140 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   Aplausos do PS. É
Pág.Página 2140
Página 2141:
2141 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   Mas a Sr.ª Deputada tam
Pág.Página 2141
Página 2142:
2142 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   Risos do PSD e do CDS-P
Pág.Página 2142
Página 2143:
2143 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   A Oradora: - Era isto q
Pág.Página 2143
Página 2144:
2144 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   e de correcção dos dese
Pág.Página 2144
Página 2145:
2145 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   O Orador: - Mas sejamos
Pág.Página 2145
Página 2146:
2146 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   rendimento disponível,
Pág.Página 2146
Página 2147:
2147 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   No que concerne aos pag
Pág.Página 2147
Página 2148:
2148 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   O Sr. Jorge Neto (PSD):
Pág.Página 2148
Página 2149:
2149 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   fugir à tradição, depoi
Pág.Página 2149
Página 2150:
2150 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   efeitos negativos de um
Pág.Página 2150
Página 2151:
2151 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   aqueles que não compree
Pág.Página 2151
Página 2152:
2152 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   Despesas em Bens e Serv
Pág.Página 2152
Página 2153:
2153 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   O Orador: - Sr.ª Minist
Pág.Página 2153
Página 2154:
2154 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   no passado, e com isso
Pág.Página 2154
Página 2155:
2155 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   de que Alberto João Jar
Pág.Página 2155
Página 2156:
2156 | I Série - Número 052 | 23 de Outubro de 2002   propostas de lei de Orç
Pág.Página 2156