O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1426 | I Série - Número 023 | 27 de Janeiro de 2005

 

não tida em conta e se foi ou não verdadeira.
Os portugueses perguntam-se, então, se com tanta "camuflagem orçamental" se justificou a contenção das pensões e a diminuição do emprego. Creio que essa é a única questão fundamental, Srs. Deputados.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Para responder, se assim o entender, tem a palavra o Sr. Deputado António José Seguro.

O Sr. António José Seguro (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Francisco Louçã, agradeço o pedido de esclarecimento que me dirigiu. Devo dizer-lhe que as nossas preocupações, quanto às execuções orçamentais deste Governo, crescem cada vez mais e fundamentam-se nos dados que, a pouco e pouco, os serviços vão libertando para o exterior.
Não sei se reparou - foi curioso - que, no pedido de esclarecimento do Sr. Deputado Guilherme Silva, a questão das contas públicas passou de relance. Apenas se referiu às questões das nomeações, porque desistiram, obviamente, de "ir a jogo".

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Aliás, o PSD estava inscrito para ser o primeiro grupo parlamentar a intervir nesta reunião, no período de antes da ordem do dia, e prescindiu, segundo as informações que me foram dadas da Mesa. De facto, não tendo assunto, não se vão inscrever - não acredito que tenha sido uma daquelas tácticas baixas de política.

Protestos do PSD.

A segunda nota tem a ver com os anúncios, com as inaugurações, com as cerimónias. Ao ter recordado a da Madeira, lembrei-me, de imediato, da dos Açores, quando, em plena campanha eleitoral, um primeiro-ministro vai anunciar, antes de o fazer no Parlamento, aquilo que era, julgava ele, a retoma económica, tendo-se, infelizmente, vindo a verificar que no terceiro trimestre do ano passado o País entrou em recessão.
Falou das fotografias enviadas para as juntas de freguesia. Sr. Deputado Francisco Louçã, não me admirava que, ao ritmo a que o despudor e a falta de ética estão - que, sejamos rigorosos, não atinge todos os membros do Governo, mas quase todos os do PSD -, um dia destes fossemos surpreendidos por sessões de autógrafos do Primeiro-Ministro nas fotografias, precisamente nas juntas de freguesia do próprio PSD.

Protestos do PSD.

Voltemos à seriedade destas questões.
Sr. Deputado Francisco Louçã, sei que para alguns partidos representados nesta Câmara a qualidade da democracia não tem importância e que para outros esse é um objectivo essencial. E sei que nesta campanha eleitoral não somos todos iguais e que há, de facto, políticos que estão interessados em debater os problemas sérios do País,…

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Mas há uns que não querem!

O Orador: - … que apresentam propostas e que não lançam "fumos" para criar, na opinião pública, a ideia de que são todos iguais e que não vale a pena ir votar.
Por isso, quero dizer com muita clareza que, pessoalmente, defendo um código de conduta para que os membros do Governo respeitem os portugueses e que, em alturas como esta, mesmo que não se trate de governos de gestão, deixem o momento político aos partidos para que, em igualdade de circunstâncias, estes possam debater os problemas do País e apresentar soluções para a sua resolução. É que estes são maus exemplos para a democracia.
Ainda por cima, acreditamos que os portugueses saberão dar a devida recompensa ao PSD, a recompensa de vos penalizar nas urnas, porque os senhores não merecem outra e, com a vossa actuação, demonstram realmente que não respeitam os portugueses.
Os portugueses são exigentes e quereriam um comportamento diferente da vossa parte.

Aplausos do PS.

Páginas Relacionadas
Página 1430:
1430 | I Série - Número 023 | 27 de Janeiro de 2005   de protocolos, quer de
Pág.Página 1430