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64 | I Série - Número: 053 | 18 de Fevereiro de 2011

O que se passou já aqui foi descrito. Aquilo que aconteceu foi que, de uma forma precipitada, reveladora de desgoverno e em tudo contrária à sensibilidade social, tantas vezes proclamada mas muito menos praticada, surgiu um despacho»

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Até parece que surge do nada!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — » que não corrige nem as desigualdades geográficas nem as desigualdades sociais, apenas abriu caminho a situações verdadeiramente preocupantes e nada consentâneas com quem anunciou que não existiriam cortes cegos na saúde, que não seria comprometida a qualidade assistencial.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Diz-se que a Sr.ª Ministra desconhece o que se passa.
Então, deixo-vos aqui alguns exemplos e algumas perguntas: quem se responsabiliza por vários doentes que, no Hospital de Santarém, na unidade de oncologia, estão a faltar às suas sessões de tratamentos?!

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Isso não é verdade!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Quem se responsabiliza por doentes operados no Serviço de Oftalmologia do Hospital de Évora, que devem fazer um seguimento pós-operatório regular e que têm estado a faltar às consultas de follow-up?!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Quem se responsabiliza pelos doentes de vários centros do distrito de Lisboa que reduziram o número de sessões de hemodiálise, com grave prejuízo?!

A Sr.ª Teresa Salgueiro (PS): — É falso!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Quem vai pagar, para além dos próprios, o impacto que estas situações terão no bem-estar e na saúde de cada cidadão?! Foi por tudo isto que o CDS apresentou o projecto de resolução e congratulamo-nos por todos os outros partidos, à excepção, de resto lamentável, do Partido Socialista, se terem apressado a denunciar esta situação de tremenda injustiça.

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Denuncie casos concretos!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Aquilo que queremos é, com certeza, revogar uma legislação que se pretende que seja melhorada e que deve ser melhorada.
Agora, o que não pode acontecer — e para isso não contarão com o nosso apoio — é que se faça uma legislação apressada, atabalhoada, com prejuízo dos mais vulneráveis, das pessoas doentes, porque para nós o sofrimento conta.
Assim não vamos no bom caminho! Assim não há Estado social! Assim não há Serviço Nacional de Saúde digno!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira.