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36 | I Série - Número: 069 | 26 de Março de 2011

têm, de adquirir produtos nacionais. Chumbaram a proposta, porque isso «feria» o mercado! Ai Jesus, o mercado!!» Portanto, como se vê, há objectivos e políticas que não são verdadeiramente objectivo de desenvolvimento do País por parte de muitas forças políticas aqui, na Assembleia da República.
Mas o Sr. Secretário de Estado depois vem dizer assim: «Ah, mas nós temos instrumentos de políticas de apoio importantes». Sr. Secretário de Estado, pois sabe o que é que resulta nesses instrumentos de apoio? É que 3% das explorações nacionais «comem» completamente 60% das ajudas directas! Isto não deveria levar o Governo a fazer alguma leitura sobre a injustiça e sobre o estrangulamento à agricultura familiar?

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Agradeço-lhe que conclua, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, julgo que não é preciso dizer mais nada.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Lynce.

O Sr. Pedro Lynce (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Confesso, nas minhas primeiras palavras, que estou perplexo com o comportamento do Partido Socialista neste debate.
Se dúvidas houvesse sobre o desprezo a que o Partido Socialista votou o sector produtivo, designadamente à agricultura a às pescas, bem como às micro e médias empresas, o pouco interesse que mostrou neste debate assim o demonstra.
Apenas propaganda partidária, de altos decibéis, puro ruído, ao melhor estilo do Primeiro-Ministro, até no menosprezo e na desconsideração pelos produtores deste País, procurando esconder o seu insucesso.

Aplausos do PSD.

Não queremos, contudo, deixar passar esta oportunidade, sem recordar alguns pontos que parecem importantes.
Em Março de 2010, em consonância com o programa que foi apresentado por uma moção de estratégia que foi aprovada no congresso do Partido Social Democrata, o Dr. Passos Coelho afirmava: «A existência de um futuro para a economia portuguesa, a renovação da esperança dos portugueses exige uma alteração total do modelo de desenvolvimento, o que implica que as reformas estruturais há muito prometidas e nunca verdadeiramente realizadas tenham de ser encetadas e concretizadas com sucesso».
Ainda em consonância com o programa eleitoral do Partido Social Democrata, de 2009, o Dr. Passos Coelho dizia: «Os últimos anos fizeram o País entrar num plano inclinado que obrigará a alterar o nosso modelo económico».
Infelizmente, Portugal é hoje um país mais pobre, mais desigual, mais injusto e sem qualquer estratégia de crescimento. Portugal está hoje bem pior do que estava em 2005»

O Sr. Horácio Antunes (PS): — Não é verdade!

O Sr. Pedro Lynce (PSD): — » quando o PS iniciou uma governação desastrosa, como ç visível nas mais diversas áreas. Este é o melhor exemplo de uma má governação.
Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: O PSD há muito que vem dizendo que faltam objectivos estratégicos para Portugal, pois, na verdade, a redução do défice não o é e não é possível mobilizar as pessoas em torno de um objectivo negativo. Há que transmitir às pessoas que tal se justifica perante um futuro melhor.
O Governo tem falhado no combate ao défice público, como se prova pelas sucessivas alterações aos diversos PEC — 1, 2, 3, 4 — no espaço de um ano quando o problema real é o da despesa corrente do Estado.
Alguns invocaram a conjuntura internacional, mas a verdade é que já antes Portugal não convergia com a Europa, afastando-se, cada vez mais, dos seus parceiros europeus e mostrando-se incapaz de criar riqueza suficiente que garanta um desenvolvimento de forma sólida e sustentável.

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