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3 DE MAIO DE 2012

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Os senhores, que nem um euro têm para instalarem uma nova cama de cuidados continuados, querem-nos

convencer que o edifício da MAC vai ser para um museu ou para uma escola de saúde?! Bom, acredite quem

quiser, mas nós não somos tolos.

A solução parece-nos muito clara: manter a Maternidade aberta, deixar a Maternidade continuar a fazer o

trabalho que faz. E o trabalho que faz não são apenas os partos, são consultas altamente diferenciadas, quer

para as grávidas, quer para os recém-nascidos ou bebés (como a Sr.ª Deputada Teresa Caeiro prefere), mas

os recém-nascidos de alto risco, de baixíssimo peso, os grandes prematuros que não têm assistência noutras

maternidades de Lisboa.

Portanto a solução deverá ser: em primeiro lugar, deixar a Maternidade continuar a fazer o que sempre tem

feito; em segundo lugar, manter a integridade das equipas, eventualmente abrindo concursos para que os

médicos, os enfermeiros e outros profissionais possam escolher outras colocações; e esperar que o hospital

de Todos os Santos abras as suas portas.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. João Semedo (BE): — Estou a terminar, Sr. Presidente.

Mas esse é outro problema do Governo: é que este Governo não tem autoridade nem capacidade para

decidir se faz o hospital ou não, tem que esperar que a Sr.ª Merkel e os seus amigos da troica digam «sim,

façam lá o hospital, que os portugueses precisam dele».

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria da

Conceição Caldeira.

A Sr.ª Maria da Conceição Caldeira (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O tema que hoje

aqui nos traz já não é novo, pois foi suscitado há mais de cinco anos pelos governos do Partido Socialista, os

quais não quiseram, ou não souberam, tomar as decisões que a situação exigia.

Mas a verdade é que, independentemente da demagogia de algumas forças políticas que exploram

compreensíveis receios e sentimentos da população, tudo fazendo para confundir as pessoas, hoje nenhum

responsável ou especialista sério põe em causa o encerramento da MAC.

Com efeito, mesmo o Bloco de Esquerda reconhece que aquela Maternidade deve fechar quando entrar

em funcionamento o hospital de Todos os Santos.

O Sr. João Semedo (BE): — Claro!

A Sr.ª Maria da Conceição Caldeira (PSD): — E aqui encontramos a primeira falácia: como é possível,

sabendo-se que o programa funcional do novo hospital de Todos os Santos prevê a realização de 3000 partos

anuais,…

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Mas para quando?

A Sr.ª Maria da Conceição Caldeira (PSD): — … pretender fazer migrar para lá a Maternidade Alfredo da

Costa, que presentemente faz mais de 5000 partos/ano?

Protestos do PS.

Seria, como diz o povo, querer «meter o Rossio na Betesga».

Daqui também se retira o primeiro corolário: não sendo possível transferir a MAC, no seu conjunto, para o

hospital de Todos os Santos, não é sério defender que tudo lá deve continuar até à abertura desse novo

hospital!

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