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13 DE DEZEMBRO DE 2014

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Como cultor da canção de Coimbra não só foi intérprete como autor e compositor. Gravou, pela primeira

vez, em 1956, vocalizando Fado da Noite e Balada do Entardecer e, em 1958, O que mais me prende ao

mundo.

Foi autor da música da Balada do 6.º Ano Médico de 1958/59, bem conhecida pelo refrão «Coimbra tem

mais encanto na hora da despedida», cuja letra é da autoria do então estudante de medicina Francisco

Bandeira Mateus.

A importância de Machado Soares, Luiz Goes e José Afonso na canção de Coimbra foi notória durante os

anos 50, contribuindo para a redescoberta das raízes populares da música coimbrã, num retorno a uma

temática que já Edmundo de Bettencourt e Artur Paredes haviam desenvolvido na década de 20: o incorporar

no género musical coimbrão temas de cantares populares dos mais diversos pontos do País.

Machado Soares, senhor de uma forte expressividade musical e depositário de uma grande veia popular,

foi uma personalidade importante como mentor de uma nova postura poético-musical, que culminaria com o

projeto, gravado em Madrid, de Coimbra Quintet, a que Luiz Goes deu voz acompanhado por António

Portugal, Jorge Godinho, Manuel Pepe e Levi Baptista.

Igualmente, nos primeiros anos da década de 60, as influências de Fernando Machado Soares se fizeram

sentir quando, aos fins-de-semana, chegado de localidades onde exercia a sua carreira de magistrado,

pernoitava na república Baco e cantava acompanhado por José Niza e Manuel Pepe, entre outros.

Juiz-Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, manteve o seu gosto de cantar até ao fim da sua vida.

Ao longo da sua vida artística, foi alvo de várias homenagens e distinções. Em 2006, recebeu o Prémio

Tributo Amália Rodrigues pela excelência da carreira artística.

Assim, a Assembleia da República, manifesta o seu pesar pela morte de Fernando Machado Soares.»

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar este voto.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Srs. Deputados, vamos guardar 1 minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Srs. Deputados, seguem-se no guião das votações os projetos de resolução n.os

1161/XII — Pelo

reconhecimento do Estado da Palestina (PCP), 1167/XII (4.ª) — Recomenda ao Governo que reconheça o

Estado da Palestina (BE), 1174/XII (4.ª) — Pelo reconhecimento do Estado da Palestina (Os Verdes) e

1173/XII (4.ª) — Recomenda ao Governo que reconheça o Estado da Palestina em coordenação com a União

Europeia (PSD, PS e CDS-PP), relativamente aos quais foi decidido que os grupos parlamentares disporiam

de 2 minutos para intervirem antes de se proceder à respetiva votação.

Em primeiro lugar, dou a palavra ao Presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades

Portuguesas, o Deputado do PS Sérgio Sousa Pinto.

O Sr. Sérgio Sousa Pinto (PS): — Sr.ª Presidente da Assembleia da República, Sr.as

e Srs. Deputados:

Preparamo-nos para aprovar nesta Câmara uma decisão histórica no sentido de instar o Governo português a

reconhecer, de forma incondicional, o Estado da Palestina com todos os atributos de soberania inerentes a um

Estado independente, de acordo com os princípios estabelecidos pelo direito internacional.

Renovamos, igualmente, neste projeto de resolução, o nosso desejo de promover o diálogo e a

coexistência pacífica entre os Estados de Israel e da Palestina na certeza de que não existe outra via se não a

negocial para garantir a segurança e a paz na região.

Pesa-me que a iniciativa que assumi, na qualidade de Presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros e

Comunidades Portuguesas, não tenha sido sufragada por todos os grupos parlamentares representados nesta

Casa.

Quero dirigir um cumprimento especial aos Grupos Parlamentares do Partido Socialista, do Partido Social

Democrata e do Centro Democrático Social pelas respetivas contribuições para o nosso texto comum,

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