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26 DE FEVEREIRO DE 2015

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Assembleia, alguns Srs. Deputados que teimam em não ver as consequências para o País inteiro da

construção da barragem do Tua.

Bem sabemos que esta construção foi decidida no Governo do Partido Socialista,…

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — É verdade!

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — … que, aliás, não se pronuncia sobre esta matéria, pelos vistos, o que é uma

pena. É uma pena, Sr. Deputado Mota Andrade! É uma pena porque foi a decisão do Partido Socialista.

Protestos do PS.

Mas sabemos também que o atual Governo, apoiado pelo PSD e pelo CDS, decidiu não mexer uma palha

para inverter esta situação, pese embora alguns de vós, na anterior legislatura, tenham sido até muito críticos

em relação à barragem do Tua.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — É verdade!

O Sr. Mota Andrade (PS): — Está mal!

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Essa é que é a verdade!

Depois, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, de facto, o que relatou na sua declaração política e prende-se

com o relatório só ontem homologado pelo Sr. Ministro Moreira da Silva e que ainda não é conhecido na sua

totalidade, pois conhecemos só o Comunicado de Imprensa do Ministério.

Permitam-me que faça aqui um parêntesis para dizer o seguinte: é completamente inaudito e injustificado

que o Ministro mantenha na gaveta um relatório meses a fio, até que se sinta pressionado para o homologar,

sobre um tema como este. Portanto, não se entende e vamos ver o relatório na sua diversa complexidade.

Todavia, concordo consigo, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, pois tudo aquilo que sabemos vai no sentido

de que a EDP não cumpriu com todas as suas obrigações.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — A EDP não cumpriu com o principal, que, aliás, era dito como sendo uma

questão fundamental, o plano de mobilidade. Foi dito que não iria haver qualquer problema para a população

porque haveria um plano alternativo para a mobilidade e, afinal, não há! E vem agora o Sr. Ministro Moreira da

Silva — parecendo que quer ser forte com os fortes, mas não — dar uns dias para o fazer. Se o Sr. Ministro

fosse forte com os fortes tinha, desde já, dito à EDP que tinha tido muito tempo para cumprir as suas

obrigações e não as cumpriu.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Ora, só por este motivo era possível travar este desastre, que é a construção

da barragem do Tua, que, não podemos esquecer, Sr.as

e Srs. Deputados, vai destruir uma paisagem única no

nosso País, vai destruir um ecossistema único e não podemos assistir a isto passivamente.

De facto, e com isto termino, Sr.ª Deputada,…

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Concluo, Sr.ª Presidente, aproveitando também para saudar todas e todos

que, ao longo destes anos, não têm poupado esforços na denúncia do que significa a construção da barragem

do Tua.

Aplausos do BE.