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20 DE JUNHO DE 2015

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É por isso que, quando o Sr. Deputado Ferro Rodrigues vem citar afirmações que fiz a propósito do efeito

recessivo dos impostos, do empobrecimento do País ou do nível de exigência que precisávamos de ter…

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E o que eles disseram?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … pelo facto de nos termos comprometido a cumprir o Programa da troica que

eles negociaram não me causa nenhum embaraço. E não percebo por que é que o Sr. Deputado Ferro

Rodrigues usou tanto tempo para me citar em coisas que eu disse bem. Não percebo porquê! Na verdade,

tudo isto aconteceu desde o primeiro minuto em que tomei posse como Primeiro-Ministro! Menos de 15 dias

depois, estávamos a preparar a primeira avaliação da troica! Ainda quase não tínhamos tomado decisões e já

tínhamos de mostrar que íamos cumprir o que o Partido Socialista, no Governo, tinha negociado.

Mas, como disse, tínhamos mais ambição do que a troica na dimensão estrutural e, por isso, muito do que

de novo foi colocado no Programa, na dimensão estrutural, foi por exigência nossa, foi porque nós não

estávamos suficientemente satisfeitos com a dimensão estrutural do Programa. Infelizmente, não foi possível

obter nenhum acordo do Partido Socialista para essas revisões do Memorando que haveriam de dar mais

fôlego às reformas que estavam inicialmente previstas, nomeadamente no campo da reforma do Estado, que o

Partido Socialista nunca aceitou fazer.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas, claro, o Partido Socialista acha que cumprir os objetivos que estavam

naquela versão inicial do Memorando teria sido melhor do que revê-la. Repare o Sr. Deputado: o PEC 4, que

previa simplesmente que tivéssemos um défice de 1% dois anos depois, exigiria, sabemo-lo hoje, tomar

medidas muito mais recessivas e empobrecer muito mais o País do que aquilo que o Partido Socialista

propunha.

Vozes do PSD: — Exatamente!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas o Partido Socialista, hoje, não está incomodado em que se lhe aponte

essa incoerência. Não há dúvida disso!

O Partido Socialista acha mal que não se tenha pedido sempre, todos os anos, mais tempo para cumprir e

considera que quando negociámos metas mais flexíveis, porque cumprimos as anteriores, isso foi pior para o

País. É um absurdo! Toda esta conclusão e retórica do Partido Socialista revela apenas uma coisa, Sr.

Deputado Nuno Magalhães: o Partido Socialista não acertou na estratégia que devia seguir desde o início,…

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — Vamos ver!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e isto não tem a ver com a sua liderança, tem a ver com o Partido.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Isso!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Não era António José Seguro ou António Costa que faziam a diferença, eram,

de facto, todos os Srs. Deputados e dirigentes do Partido Socialista, que escolheram uma estratégia socialista

errada desde o princípio.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Apostaram em que Portugal falhasse as suas obrigações para que vislumbrassem a possibilidade de voltar

ao Governo e agora, que veem que não são favas contadas aquilo que julgavam ser o mais natural do mundo,

que era uma passadeira vermelha para regressarem ao Governo,…

Vozes do PSD: — Ora!

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