19 DE DEZEMBRO DE 2015
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aposta nas energias renováveis, que, ao contrário do que tem sido dito, aumentou o seu peso na eletricidade
de 45%, em 2011, para 64%, em 2014;…
O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — Exatamente!
O Sr. Manuel Frexes (PSD): — … o alargamento da tarifa social de eletricidade e a dinamização na
mobilidade elétrica; o corte de 4000 milhões de euros nas rendas excessivas de energia e o reforço das
interligações energéticas europeias, entre várias outras iniciativas.
Essas reformas não só deram resultados visíveis para todos os portugueses, como são reconhecidas
internacionalmente pelos líderes das Nações Unidas, da OCDE, do Banco Mundial e de vários governos
mundiais.
Podemos dizer com orgulho que Portugal lidera esta área a nível mundial e que isso só foi possível porque
houve a coragem de fazer as reformas estruturais e a ambição de querer ir mais longe.
Creio que os bons resultados alcançados desmentem categoricamente todos aqueles que agora dizem mal
do anterior Governo lá fora, o que é, no mínimo, lastimável e lamentável, pois prejudicam objetivamente a
imagem, a reputação e a credibilidade de Portugal na cena internacional.
Celebrámos com a sociedade civil um verdadeiro pacto social: o Compromisso para o Crescimento Verde,
subscrito em abril passado pelo Governo e por uma centena de organizações, nomeadamente a Quercus, a
CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal), a CIP (Confederação Empresarial de Portugal), entre outras
instituições empresariais, ONG (organizações não-governamentais), fundações, academia e demais
instituições científicas e ambientais.
Esse documento, que infelizmente as bancadas que agora suportam o Governo não quiseram subscrever,
estabelece reformas, metas e iniciativas bem concretas, as quais já estão em curso.
Sr. Ministro, dado que conhecemos bem a retórica deste Governo, mais propensa à revisão e à revogação
do que à construção e à ação, gostaríamos de saber, e por isso perguntamos, o seguinte:
Vai o Governo manter ou revogar o objetivo de 40% de renováveis no consumo final de energia e 80% na
eletricidade até 2030?
Vai ou não reduzir o consumo de energia em 30% e promover a redução das perdas de água de 35% para
20%?
Vai ou não manter a reforma da fiscalidade verde, incluindo a taxa de carbono e os incentivos à mobilidade
elétrica?
Vai ou não continuar a apostar na recuperação do litoral, onde têm sido feitos, nos últimos dois anos,
avultados investimentos?
Vai ou não manter a aposta nas interligações elétricas, depois do acordo histórico alcançado pelo Governo
português na União Europeia para que Portugal se possa tornar um exportador de eletricidade renovável, sem
onerar o consumidor?
Sr. Ministro — e termino —, Portugal é hoje respeitado e admirado pela sua ação neste domínio, liderando,
pois, os movimentos verdes mundiais. É importante saber se o Governo, mais concretamente V. Ex.ª, quer
manter Portugal na liderança agindo e construindo, em vez de entravar ou retroceder.
Aplausos do PSD, do CDS-PP e do PAN.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, a Mesa, como é habitual nestes debates, embora o tempo regimental
seja de 2 minutos por cada pedido de esclarecimento, uma vez que a ultrapassagem desse tempo é
descontada no tempo global do partido, não vai levantar problemas quando excederem esse tempo. Foi por
isso que a Mesa não chamou a atenção ao Deputado Manuel Frexes, que usou da palavra durante mais de 4
minutos.
Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Costa.
O Sr. Jorge Duarte Costa (BE): — Sr. Presidente, Sr. Ministro do Ambiente, registo o seu cuidado na
avaliação dos resultados de Paris. Não faltou, nos últimos dias, quem quisesse confundir desejos com
realidades, promessas com resultados.