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I SÉRIE — NÚMERO 39

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Os Srs. Deputados acham que não foram enganados? Qual foi o anúncio que foi feito previamente ao ato

eleitoral, no sentido de criar uma coligação deste tipo?

Por isso mesmo, Sr.ª Deputada, a alternativa é conhecida dos portugueses, foi escrutinada pelos

portugueses. Nós assumimos as nossas ideias, os senhores é que não assumem as vossas.

Os senhores, apesar de estarem contra aquilo que é a matriz principal do Partido Socialista, estão

coligados com o Partido Socialista. Então, de duas uma: ou os senhores têm vergonha das vossas ideias e

querem desistir delas, ou o Partido Socialista entende hoje absorver as ideias do Bloco de Esquerda.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Já está a baralhar as ideias!

O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — Está tudo baralhado!

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Para terminar, Sr.ª Deputada Joana Mortágua, e porque a Sr.ª

Deputada falou no que é que o Bloco de Esquerda mudou de ideias, daqui, deste Plenário, para a sala da

Comissão, quando aqui se comprometeu a aprovar a constituição de uma auditoria externa e depois, quando

chegou à sala da Comissão, esqueceu essa promessa?

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Isso está resolvido!

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Falou verdade quando? Falou verdade aqui ou falou verdade lá?

Essa desistência de uma auditoria externa vai ser cobrada ao Partido Socialista? Quais são as razões da

desistência dessa auditoria externa? Fará parte do acordo? É possível que faça parte do acordo.

É sério da parte do Bloco de Esquerda não querer uma auditoria, tal como se comprometeu, e ainda que

não se tivesse comprometido?

A transparência e a verdade material não devem ser apuradas através de uma auditoria externa? Talvez

seja melhor ir pelo caminho da auditoria externa e não estar sistematicamente a denunciar o sistema bancário

como o causador de todos os males. Não podemos fazê-lo se, depois, não recorrermos aos instrumentos

adequados para efetivamente fiscalizar esse mesmo sistema bancário.

Sr.ª Deputada Ana Catarina Mendonça Mendes, não há amnésia deste lado e também não há amnésia

desse lado. E, não havendo amnésia desse lado, a Sr.ª Deputada Ana Catarina Mendonça Mendes lembra-se

bem daquele dia em que o partido a que pertence, o Partido Socialista, assinou o Memorando de

Entendimento e trouxe a troica e as medidas de austeridade.

Mas, mesmo antes de assinar esse Memorando de Entendimento, mesmo antes desse dia, em 2011,

lembra-se com certeza quando, em 2010, cortaram salários, apesar de, primeiro, em 2009, os terem

aumentado.

O Sr. João Oliveira (PCP): — E quem é que pôs esse artiguinho? A Sr.ª Deputada também votou esse

artiguinho!

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — E porquê? Porque é que, primeiro, os aumentaram? Porque estavam

em vésperas de eleições. E ainda assim não conseguiram o resultado ideal nessas eleições. De facto,

aumentaram os vencimentos dos funcionários públicos, aumentaram as pensões dos pensionistas e, a seguir,

foram a votos. Depois de irem a votos, saiu o resultado que pretendiam. E o que fizeram depois?

Precisamente o contrário: cortaram salários e cortaram no sistema nacional de saúde. Quer que lhe responda

por que é que entendemos que o nosso percurso é um percurso social-democrata? Porque, apesar dos

constrangimentos que herdámos, apesar daquilo que tivemos de fazer, nós não fomos além da troica.

Vozes do PS: — Não!…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Por que é que a Sr.ª Deputada usa essa expressão?!

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