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7 DE MAIO DE 2016

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O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª PaulaSantos (PCP): — Vou terminar, Sr. Presidente, dizendo que todos nós sabemos — e ainda bem

que a Sr.ª Deputada Ana Rita Bessa fez referência à natalidade — que houve redução, infelizmente, da

população escolar. Mas por que é que essa redução só tem de ter impacto na escola pública? Por que é que

esta a realidade do nosso País não pode ter impacto na escola privada?

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª PaulaSantos (PCP): — Sr. Presidente, concluo dizendo que ficou bem claro neste debate que a

preocupação do PSD e do CDS não é com os professores, com os pais e muito menos com os estudantes,

porque se fosse tinham investido na escola pública, não tinham contribuído para o seu desmantelamento, e o

que está aqui subjacente é, de facto, a defesa de uma perspetiva, a privatização da educação.

Sr. Presidente, agradeço a sua tolerância.

Aplausos do PCP, do BE e de Deputados do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Nilza de Sena.

A Sr.ª NilzadeSena (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Centremo-nos na natureza deste

debate.

Ao contrário do que os partidos da esquerda e da extrema-esquerda hoje trouxeram a debate, não está aqui

em causa discutir a liberdade de escolha.

Protestos do BE.

O debate de hoje não foi sobre a qualidade de ensino e também não foi sobre a eficiência de recursos

públicos, como quis fazer crer o Sr. Deputado Porfírio Silva.

O que está hoje em causa é o bom nome do Estado, porque, ao invés de o Estado cumprir a sua palavra e

permitir que o sector e as populações se possam ajustar devidamente, escolhendo o ensino público, gratuito e

de qualidade para os seus filhos, o Estado quebra compromissos abruptamente, imprevisível e

precipitadamente, introduzindo instabilidade na vida das famílias, dos alunos, dos professores, como tem sido,

aliás, apanágio deste Governo.

O que está aqui em causa, Srs. Deputados, é a violação do princípio de confiança e o Estado como pessoa

de bem.

Protestos do PS e do BE.

Srs. Deputados, a perspetiva que hoje trespassa neste debate, promovida pelo lado esquerdo das bancadas

parlamentares, é a seguinte: os partidos que às quartas e quintas-feiras defendem os trabalhadores, promovem

um despedimento coletivo, um despedimento em massa, que é proposto com esta medida; os partidos que às

quartas e quintas-feiras defendem que há muitos alunos e que é preciso redução do número de alunos por

turma, vêm aqui hoje dizer que há menos alunos. O que está em causa também é, dramaticamente, uma

profunda insensibilidade social …

Protestos do PS, do BE e do PCP.

O Sr. Presidente: — Peço às Sr.as e aos Srs. Deputados para deixarem que a Sr.ª Deputada Nilza de Sena

conclua a sua intervenção.

Pode continuar, Sr.ª Deputada.