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24 DE JUNHO DE 2016

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A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — … Sr. Ministro, não nos deve dar as boas-vindas a um debate e a

uma defesa que sempre fizemos e de onde nunca saímos. São as pessoas que nos movem, é pela dignidade

dos portugueses que nos batemos, com realismo,…

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, está a ultrapassar todos os limites possíveis, tem mesmo de concluir.

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — … com valores, com rigor e transparência, sem promessas

irrealistas e olhando com confiança os desafios que o futuro nos trará.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para encerrar o debate, em nome do Governo, tem a palavra o Sr. Ministro da Saúde.

O Sr. Ministro da Saúde: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Permitam-me que, em primeiro lugar,

saúde o Grupo Parlamentar do CDS pela oportunidade e pelo conteúdo da interpelação que fez ao Governo,

tão diferente na qualidade de outras intervenções, não evocando para a política nem a consultadoria matrimonial

entre agentes políticos nem o azedume, que, em política, é sempre mau conselheiro.

O CDS apresentou aqui um conjunto de propostas e de ideias que, é certo, divergem em muito da nossa

própria leitura enquanto Governo, mas temos a certeza, Srs. Deputados, que é possível, com o CDS, conversar

sobre saúde em torno da Constituição da República e em termos de uma ideia de consenso que defenda os

valores sociais do Estado social.

O que talvez seja mais difícil é fazer acordo com aqueles que não veem como boa a reconciliação dos

portugueses com o Estado e com o País e não veem como positivo a criação de um mecanismo de reconciliação

dos portugueses com o Serviço Nacional de Saúde.

Aplausos do PS.

É evidente que para aqueles que estão cegos pelo azedume nada do que possa ter sido feito tem valor, mas

aquilo que o País diz e o que sentimos no País é que os portugueses confiam nas políticas do atual Governo,

os profissionais confiam nas políticas do atual Governo e isso, Sr.as e Srs. Deputados, não nos demoverá nem

um minuto daquilo que é o nosso sentido de fazer, estrategicamente, aquilo que é importante de fazer pelo País.

É evidente que, na política, há uma diferença entre a humildade e a arrogância.

Vozes do PSD: — Oh!

O Sr. Ministro da Saúde: — Da nossa parte nunca verão arrogância, verão a humildade de reconhecer

quando falharmos, mas também verão a capacidade de reconhecer aquilo que for bem feito pelos portugueses,

naquilo que resultar da nossa ação política.

E a nossa ação política é muito simples. Traduz-se em ter uma visão sistémica do sistema de saúde

português, do Serviço Nacional de Saúde, que seja baseado em três pilares essenciais: melhorar o acesso,

melhorar a qualidade e melhorar a eficiência dos cuidados de saúde em Portugal, recuperando a confiança dos

portugueses no Serviço Nacional de Saúde, mas também dos seus profissionais; recuperando o capital humano

para dentro do Serviço Nacional de Saúde; reforçando o poder do cidadão, promovendo a disponibilidade, o

acesso, a comodidade, a celeridade e a humanização dos serviços.

Temos compromissos bem firmes. O compromisso, primeiro, do rigor e da sustentabilidade económica e

financeira. É certo que passou um primeiro semestre, um primeiro semestre muito exigente, muito difícil, mas

que nos dá a confiança de que a execução orçamental será possível de ser assegurada, num quadro em que

temos a certeza de que, no final deste ano, teremos a maior cobertura de médicos de família da população

portuguesa de que alguma vez houve memória em Portugal.

Aplausos do PS.

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