O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 88

58

Vejam aquilo que fizeram às empresas e à atratividade do investimento com a reversão da reforma do IRC

— palavra que deram e palavra que não cumpriram, palavra que leva à vida das pessoas mais desemprego e

menos investimento.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr.as e Srs. Deputados, na área financeira reina a confusão. O Primeiro-

Ministro diz que está tudo bem, o Ministro das Finanças diz que é preciso rever o cenário macroeconómico do

Orçamento porque as suas metas são inatingíveis. Têm de se entender! É muito relevante que o Primeiro-

Ministro e o Ministro das Finanças não se entendam sobre o essencial da execução da política orçamental.

E vejam também aquela que tem sido a posição do Governo sobre um assunto relevante para o nosso

sistema financeiro que é a situação da Caixa Geral de Depósitos.

O Governo, e o Ministro das Finanças em particular, tem-se comportado como um pirómano que vai

veiculando notícias às pinguinhas para a comunicação social, que vai veiculando o esclarecimento do plano de

reestruturação que está a trabalhar na Caixa Geral de Depósitos não no Parlamento mas via sindicatos, e foi

através de uma reunião com os sindicatos que ficámos a saber que está em cima da mesa o despedimento de

2500 pessoas.

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares: — Não há despedimento nenhum!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E nas políticas sociais, Sr.as e Srs. Deputados? O complexo ideológico da

esquerda radical está, de facto, muito vivo e muito atuante. Na educação, na saúde, no apoio social e no trabalho

das instituições particulares de solidariedade social, o caminho do Governo tem um sentido único.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já ultrapassou o seu tempo.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Termino já, Sr. Presidente.

Mais e mais estatização, mais e mais desconfiança sobre a capacidade e o contributo das instituições da

sociedade. Os sinais dados à sociedade e à economia são claros: está de volta o dirigismo e a estatização da

economia e dos serviços públicos. Este é o Governo mais estatizante do pós-PREC, porque o Bloco de Esquerda

e o PCP exigem…

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … e o Partido Socialista quer e escolhe as políticas propostas pelo Partido

Comunista e pelo Bloco de Esquerda.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Por isso, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, concluo dizendo que o

estado da Nação é o seguinte: o Partido Socialista não deitou um muro abaixo,…

O Sr. Presidente: — Tem mesmo de concluir, Sr. Deputado Luís Montenegro.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … o Partido Socialista saltou o muro para o lado de lá, deve assumir essa

responsabilidade, deve assumir perante os portugueses as consequências da opção e das escolhas que só o

responsabiliza.

Risos do Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro ri-se mas, infelizmente, a fatura vão ser os portugueses que vão ter de a pagar, no

futuro.

Páginas Relacionadas