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I SÉRIE — NÚMERO 108

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para este Parlamento porque significa que poderemos, se calhar, ter discussões mais positivas e mais produtivas

— que o PSD critica este Governo por não aumentar suficientemente a despesa pública.

Portanto, o Sr. Deputado já pôs de parte a questão dos salários, das prestações sociais, do RSI, do CSI, das

pensões, isso, repito, já pôs de parte, do que se queixa é do resto. Só que, Sr. Deputado, lembramo-nos muito

bem do que é que o senhor andou aqui a dizer sobre o resto. Não era que a despesa nem a educação não

decresciam o suficiente, nem era que não se tinham contratado professores em número suficiente e também

não era que no SNS não tinha havido uma contratação suficiente de médicos, de enfermeiros, de técnicos de

diagnóstico. Não era esse o seu discurso, Sr. Deputado. O seu discurso era o de que para aumentar os salários,

para satisfazer as clientelas — leia-se, a esmagadora maioria dos portugueses —, tínhamos cortado nesses

serviços todos e vem, agora um ano depois, dizer que não aumentámos o suficiente? É preciso mais?

Ó Sr. Deputado, ainda de lembra da sua política e do seu discurso e do que prometeu a Bruxelas? Onde é

que estava a despesa a crescer na saúde? Onde é que estava a despesa a crescer na educação? Onde é que

estava a despesa a crescer na proteção civil? Não estava em lado nenhum, está agora no seu discurso porque

o Sr. Deputado tem o descaramento de inverter completamente o seu discurso, aproveitar-se de duas tragédias

e vir aqui tentar tirar dividendos políticos disso, Sr. Deputado!

Aplausos do PS.

Protestos do PSD, batendo com os pés no chão.

É isso que o Sr. Deputado faz por oportunismo de transformar o estado da Nação, que é o contrário do que

o senhor andou a apregoar durante um ano, e, à boleia de dois incidentes que nada têm a ver com nenhuma

política deste Governo, vem tentar dizer que se fizeram cortes onde eles não aconteceram.

Protestos do PSD.

Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente Jorge Lacão.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado João Galamba, peço-lhe o favor de suspender um pouco a sua

intervenção, pois quero apelar aos Srs. Deputados que façam o favor de gerar condições na Sala para que o

orador se possa fazer ouvir. Não lhe devolverei a palavra, pedindo-lhe desculpa antecipadamente, enquanto

essas condições não estiverem reunidas.

Vozes do PSD: — Oh…!

Pausa.

Queira continuar, Sr. Deputado.

O Sr. João Galamba (PS): — O Sr. Deputado veio criticar áreas que sempre combateu, e dou um exemplo:

os salários não crescem o suficiente, o salário médio baixa. Sr. Deputado, se a sua proposta de não aumento

do salário mínimo tivesse vingado pode ter a certeza que o rendimento dos portugueses não aumentava tanto

e o salário médio ainda baixava mais, pela simples razão de que os milhares de empregos criados, com salário

mínimo ou sem salário mínimo, cresceram, face à sua governação.

O Sr. Deputado quer mudar de discurso? Quer defender uma subida de salário mínimo? Então defenda-a,

mas tenha a coragem de o fazer e não aponte, apenas, indicadores que, se o senhor estivesse no Governo,

seriam muito piores!

Aplausos do PS.

Na saúde, no ano passado, houve o maior aumento de sempre de recursos. Não aumentámos apenas os

salários dos médicos e dos enfermeiros, aumentámos o número de médicos e enfermeiros. O Sr. Deputado, se

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