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19 DE OUTUBRO DE 2017

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que permitam arrancar com um novo modelo. Mas não o devemos adiar para um próximo orçamento, temos de

começar a fazê-lo já na discussão do Orçamento de 2018.

É agora que todos temos obrigação de corresponder não só às memórias das vítimas, não só à dor de quem

sofre, mas, também, à competência e ao saber técnico de quem os Srs. Deputados e o Conselho de Reitores

designaram para estudar e fazer o que foi recomendado que fizéssemos. Digo isto com o à-vontade de o

Governo não ter tido nenhuma representação nessa Comissão. Mas sabemos bem que para agir bem é preciso

agir de acordo com o melhor conhecimento científico. É esse conhecimento, seguramente, que temos no

Relatório e é esse que temos que transformar em ação. É isso que devemos fazer e, pela nossa parte, é nisso

que estaremos concentrados.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda continua no uso da palavra, pelo que tem

a palavra a Sr.ª Deputada Catarina Martins.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o País olha com muita expectativa

para o que sejam essas decisões e esses passos concretos já a muito breve trecho.

Não há desculpas para falhar, mas também não há desculpa para quem, nada fazendo para resolver os

problemas estruturais da nossa floresta, para os quais contribuiu decisivamente, aproveita para explorar as suas

consequências.

Uma coisa é promover a monocultura do eucalipto e a extinção dos serviços florestais, a herança deixada

pela ex-ministra Assunção Cristas, outa coisa é diminuir a mancha contínua de eucalipto e pinheiro e investir na

vigilância da floresta.

Há uma diferença entre atacar direitos básicos dos bombeiros, como fez o anterior Governo, ou dar-lhes mais

meios e formação.

Vozes do BE: — Muito bem!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Há uma diferença entre ter a proteção civil e a floresta refém de interesses

privados, tal como têm feito sucessivos governos do PS, do PSD e do CDS, ou fazer as escolhas difíceis para

responder pelo interesse público. Essas são as escolhas que contam e é por essas escolhas que o País avalia

o Governo.

A moção de censura do CDS é-nos apresentada por Assunção Cristas, a «ex-ministra dos eucaliptos», que

pessoalmente teve a tutela da política florestal durante quatro anos.

O Sr. Presidente: — Já ultrapassou o seu tempo, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Estou quase a terminar, Sr. Presidente.

É chocante que venha invocar as responsabilidades dos outros a mesma Deputada Assunção Cristas que,

enquanto ministra, foi responsável pela liberalização total da expansão do eucalipto. Quem agora censura é o

mesmo partido que, na sequência da tragédia de Pedrógão, não fez uma única proposta para a reforma florestal.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Estou mesmo a terminar, Sr. Presidente.

Esta moção de censura, anunciada no primeiro dia do luto nacional, é um truque grotesco.

A exigência, hoje, do PSD, de uma moção de confiança é de um ridículo intolerável.

Aplausos de Deputados do PS.

A exploração da vulnerabilidade do País é deplorável e os portugueses não a vão esquecer.

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