O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

29 DE NOVEMBRO DE 2017

11

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Vânia Dias da Silva (CDS-PP): — Assim, sem pareceres, sem uma única linha sobre o que entendem

as pessoas, temos apenas que confiar na palavra do Governo. E, Sr. Secretário de Estado, compreenda que

isso não nos é possível fazer sem mais.

Quanto à substância da questão, este é um caminho que até admitimos possível, até porque no decreto-lei

autorizado vemos que há um esforço de se tentar a legalização no sentido de que só será possível o pagamento

voluntário da coima pelo mínimo se houver a autorização do autor e, portanto, saudamos essa questão, mas —

e este é um grande «mas», Sr. Secretário de Estado — isto implica efetiva fiscalização pela IGAC.

Sabemos que já hoje a IGAC não tem meios para fazer frente às suas necessidades. Com mais esta

atribuição de competências, é evidente que faltarão os meios à IGAC para agir e, Sr. Secretário de Estado,

compreenderá também que não é admissível que queira ver uma iniciativa deste género aprovada sem que

sejam dados os correspondentes meios.

Portanto, o que lhe pergunto é se, de facto, vai haver meios suficientes e se vai dotar a IGAC desses meios

necessários para que seja feita esta fiscalização. Para tanto, só vislumbramos dois caminhos: ou faz uma

retificação ao Orçamento para que esses meios constem do orçamento da IGAC ou, então, já está derrotado à

partida e sabe que está a fazer uma alteração legislativa que depois não vai ter pernas para andar porque, na

verdade, não vai ser possível fiscalizar e vai piorar muito o estado de coisas.

O Sr. Presidente: — Já ultrapassou o tempo, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Vânia Dias da Silva (CDS-PP): — Sr. Presidente, para concluir gostava que o Sr. Secretário de Estado

nos dissesse como tenciona resolver a questão, porque se na teoria a coisa até pode resultar, na prática

sabemos que não vai resultar.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, a Mesa não regista inscrições. Será que vamos passar a um ponto

posterior da ordem do dia? Ou será que há inscrições de última hora?

Pausa.

O Sr. Deputado Pedro Delgado Alves acabou de se inscrever para uma intervenção.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Secretários de Estado:

Efetivamente, a matéria que é hoje trazida a debate enquadra-se num movimento mais abrangente que, aliás,

já se iniciou há mais tempo e que aqui vem trazer uma dimensão igualmente importante, que é a do plano

sancionatório, mas que, em bom rigor, mais não é do que uma adequação e uma melhoria da eficácia da

resposta sancionatória a um problema com o qual os vários operadores já se deparam no terreno.

Em primeiro lugar, é um bom princípio do direito penal, ou seja, não se identificando nem uma necessidade

nem até um juízo de proporcionalidade que justifique a manutenção de uma dimensão sancionatória penal, opta-

se por aquele regime que é mais adequado ao princípio da censurabilidade do ato, por um lado, mas também

por aquele que, precisamente, se revela mais eficaz e mais adequado para servir o propósito do fim da sanção

que está em cima da mesa.

Porém, é um bocadinho estranho ouvir a Sr.ª Deputada Vânia Dias da Silva dizer que o Governo pede um

cheque em branco, quando o cheque vem praticamente todo preenchido.

A Sr.ª Vânia Dias da Silva (CDS-PP): — Não vem, não!

O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — Vocês não sabem!

Páginas Relacionadas
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 21 16 Relativamente à IGAC, e respondendo à Sr.ª Dep
Pág.Página 16
Página 0017:
29 DE NOVEMBRO DE 2017 17 Sem prejuízo de outras iniciativas já tomadas ou em curso
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 21 18 A gestão dos conflitos de interesse mereceu em
Pág.Página 18
Página 0019:
29 DE NOVEMBRO DE 2017 19 vagamente inspiradas na diretiva dos mercados e intermedi
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 21 20 Há outras propostas que vão ao encontro de pro
Pág.Página 20
Página 0021:
29 DE NOVEMBRO DE 2017 21 Todos sabemos que o sistema financeiro tende a ter uma ex
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 21 22 A Sr.ª CecíliaMeireles (CDS-PP): — Sr. Preside
Pág.Página 22
Página 0023:
29 DE NOVEMBRO DE 2017 23 Também não faz sentido que a supervisão se resuma àquilo
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 21 24 Não raras vezes, pedem ao PCP que justifique o
Pág.Página 24
Página 0025:
29 DE NOVEMBRO DE 2017 25 Vimos no BES, vimos no BANIF, vimos nos Estados Unidos, v
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 21 26 fiz –, mas também não me parece sério desvalor
Pág.Página 26
Página 0027:
29 DE NOVEMBRO DE 2017 27 Mas, Sr.as e Srs. Deputados, não estranhamos! Este é o me
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 21 28 O Sr. Paulino Ascenção (BE): — Vivemos numa cr
Pág.Página 28
Página 0029:
29 DE NOVEMBRO DE 2017 29 Dei-me ao trabalho de ler os códigos de conduta de todos
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 21 30 Aplausos do CDS-PP. O Sr. Preside
Pág.Página 30
Página 0031:
29 DE NOVEMBRO DE 2017 31 O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Antes de passarmos ao p
Pág.Página 31