I SÉRIE — NÚMERO 67
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O Sr. Ministro da Administração Interna (Eduardo Cabrita): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs.
Deputados: Uma saudação muito especial ao Sr. Presidente. É um gosto vê-lo aí, ao serviço da República, e
em boa forma.
Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, agradecemos ao Grupo Parlamentar do CDS-PP a oportunidade que nos
dá de, tendo discutido aqui, na semana passada, o Relatório da Comissão Técnica Independente sobre os
incêndios florestais de outubro, hoje, ainda mais detalhadamente, falarmos daquilo que deve mobilizar todos os
portugueses: preparar o futuro, responder à dimensão daquela que foi uma tragédia que marcou o País entre
junho e outubro, construir o consenso nacional em torno da prioridade à prevenção, da prioridade à preparação
para o combate, à dotação da proteção civil com todos os meios necessários para uma resposta nacional aos
incêndios florestais.
O Governo percebeu o resultado dos Relatórios da Comissão Técnica Independente. Adotou as suas
conclusões, tal como havia já lançado, atempadamente, a reforma da floresta, tal como coloca como prioridade
a valorização do interior e a promoção do seu potencial económico.
Aquilo que estamos a fazer, desde 21 de outubro, no quadro da reflexão sobre as conclusões do primeiro
Relatório da Comissão Técnica Independente é, a tempo, recuperar o tempo daquilo que nunca tinha sido feito,
é fazer tudo aquilo a que os portugueses nos obrigam, a todos, para uma resposta adequada àquele que é um
grande desafio nacional.
Aplausos do PS.
Estamos a fazê-lo desde o Conselho de Ministros extraordinário de 21 de outubro, na ligação entre prevenção
e combate, na profissionalização do sistema, no trazer especialização e conhecimento ao sistema.
Estamos a fazê-lo cada dia, a cada hora, esperando o contributo de todos, esperando também o contributo
da Assembleia da República.
Fizemo-lo ainda na fase de especialidade do Orçamento do Estado, adotando aqui o conjunto de medidas
necessárias que a urgência determinou, criando meios, criando instrumentos de ação, criando meios financeiros
adequados para a resposta necessária.
Estamos a fazê-lo, desde logo, mobilizando esses meios logo no início do ano.
Estamos a fazê-lo, de facto, num novo papel definido, quer para a Autoridade Nacional de Proteção Civil
(ANPC), quer para o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Estamos a fazê-lo criando, desde logo, a estrutura de missão que antecipa a AGIF (Agência para a Gestão
Integrada de Fogos Rurais)enquanto estrutura de suporte técnico e de coordenação estratégica do combate
aos fogos rurais.
Estamos a fazê-lo, como bem reconheceu, num novo papel reforçado da Guarda Nacional Republicana, quer
na sensibilização, quer no combate.
Estamos a fazê-lo no novo papel das Forças Armadas.
O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Não fez nada! Não fez nada! É só blá-blá-blá!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Estamos a fazê-lo, já, adotando, pela primeira vez, uma diretiva
operacional única que nunca existiu mas que já existe e está publicada desde 1 de março, …
Aplausos do PS.
… adotando a tempo um sistema de gestão de operações que incorpora a articulação entre comando ao
nível nacional, regional e local, em diálogo com a Liga dos Bombeiros Portugueses, em diálogo com todas as
instituições do setor. O CDS está distraído. Saiu já ontem em Diário da República.
Fazemo-lo preparando a nova diretiva operacional nacional e a nova diretiva financeira, em diálogo com a
Liga dos Bombeiros Portugueses, que será concluída nas próximas duas semanas na Comissão Nacional de
Proteção Civil.
Mas estamos a fazê-lo, antes de mais, colocando a prioridade absoluta na prevenção, e essa é uma grande
vitória dos portugueses. O que aconteceu com a prevenção neste inverno foi, como disse o Sr. Presidente da