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I SÉRIE — NÚMERO 8

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A discussão, nesta semana, entre os partidos da esquerda foi esta: «Casamos ou somos só amigos?» —

esta foi a discussão entre VV. Ex.as. «Somos só amigos, não é suficiente para casar», «Eu até gosto dele, mas

não é suficiente para me casar».

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Coscuvilheiros!

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — Mas os senhores enganam, os senhores querem enganar os

portugueses! Porque os senhores casaram-se num casamento original, com muitos nubentes, numa cerimónia

envergonhada, da qual até eu, que não tive intervenção, sei a data: 10 de novembro de 2015! Foi uma cerimónia

envergonhadíssima, sem assistência, mas os senhores casaram-se, no dia 10 de novembro de 2015.

Mais: renovaram os votos!

O Sr. Adão Silva (PSD): — É verdade! Três vezes!

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — Renovaram os votos a 16 de março de 2016, renovaram os votos a 29

de novembro de 2016 e renovaram os votos a 27 de novembro de 2017. Vejam bem, os senhores que andam a

dizer que não querem casar-se! Os senhores gostam deste casamento, quiseram este casamento e vão

continuar este casamento.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Tanta ciumeira!

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — Só que os senhores não querem assumi-lo publicamente, porque se

sentem envergonhados.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — São casamentos a prazo!

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — Sentiram-se envergonhados aquando da assinatura, sentem-se

envergonhados agora, porque se sentem envergonhados com o que os portugueses estão a sentir no dia a

dia…

Aplausos do PSD.

… com as manifestações terríveis das dificuldades que os portugueses sentem. E isto é o que vos preocupa,

Sr. Deputado.

Como disse, os Srs. Deputados param em 2015. O Sr. Deputado João Paulo Correia referiu algumas das

medidas que tomaram agora, mas, Sr. Deputado, se assim é, por que razão temos esta convulsão social?

Porque é que temos greves? Nós tivemos, de facto, greves, mas as greves não eram, essencialmente, por causa

dos serviços públicos; o que nós temos, hoje em dia, são greves em defesa dos serviços públicos, nos próprios

tribunais, em todas as instituições, com demissões «em barda» nos hospitais, nos centros de saúde. E porquê,

Sr. Deputado? Porque os senhores fizeram uma opção e têm de a assumir. Inicialmente, cativaram e cortaram

no investimento público e esse corte tem uma consequência evidente e está no resultado das vossas políticas,

é uma opção vossa — do Bloco de Esquerda, do PCP e do Partido Socialista. Isto incomoda-vos muito!

Ainda a propósito dos serviços públicos, hoje mesmo, saiu uma notícia do Tribunal de Contas Europeu que

alerta para a lenta execução dos fundos comunitários. Vejam bem!

O Sr. Paulo Trigo Pereira (PS): — Portugal é dos países que tem melhor execução! Está a faltar à verdade!

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — O Sr. Primeiro-Ministro, para justificar o mau investimento público em

2016, disse que era uma questão de transição: «A coisa não correu bem, porque, de facto, tivemos uma

transição difícil».

Dados de hoje dizem-nos que estão por executar 8817 milhões de euros, alertando para a lenta execução.

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