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30 DE OUTUBRO DE 2018

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Aplausos do PS, com Deputados de pé.

O Sr. Presidente: — Sr. Ministro das Finanças, inscreveram-se, para pedir esclarecimentos, 25 Srs.

Deputados. As respostas ao primeiro Sr. Deputado de cada bancada parlamentar serão dadas individualmente,

como acordado. Assim sendo, teremos, em primeiro lugar, pedidos de esclarecimento de sete Sr.as e Srs.

Deputados das diversas áreas parlamentares e, depois, teremos três rondas de pedidos de esclarecimento por

parte de seis Srs. Deputados.

Peço ao Sr. Ministro que programe bem, «financeiramente», as suas respostas.

Para pedir esclarecimentos, tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado Adão Silva.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro das Finanças, pode o Sr. Ministro negá-lo, mas este

é um Orçamento com uma marca: a marca do eleitoralismo.

Vozes do PS: — Ah!…

O Sr. Adão Silva (PSD): — Eleitoralismo do Governo, do Partido Socialista, do Bloco de Esquerda e também

do PCP. Todos à canelada, às vezes, às claras, às vezes, por baixo da mesa. Todos a pensarem, sobretudo,

nos seus proveitos eleitorais de outubro de 2019. Todos a esquecerem o papel essencial que deve ter qualquer

orçamento rigoroso, digno e transparente: ser um instrumento de construção do futuro de Portugal e de todos

os portugueses.

Mas não! Este é apenas um Orçamento do eleitoralismo, em companhia de responsabilidade limitada.

A palavra de ordem deste Orçamento é: iludir! Iludir os portugueses, até onde for possível, porque, depois

de outubro, acabam as ilusões e quem vier que feche a porta. Depois de outubro de 2019, chegará a fatura das

ilusões com as quais se sustenta a gerigonça.

Protestos do PS.

Tudo na melhor cepa socialista. Tudo como aconteceu no Orçamento do ano eleitoral de 1999, com António

Guterres. Tudo, e mais alguma coisa, como aconteceu no Orçamento para 2009, com José Sócrates.

O Partido Socialista é useiro e vezeiro em prometer mundos e fundos, na véspera das eleições, para depois

meter Portugal no fundo, no buraco, sobretudo para pôr os portugueses a pagar a austeridade.

Aplausos do PSD.

Se, no passado, tudo acabou em tragédia, em 2019, tudo acabaria numa farsa, citando o vosso amigo Karl

Marx.

O Sr. João Oliveira (PCP): — A sua amizade com o Marx era a anedota que faltava!

O Sr. Adão Silva (PSD): — E nós, Partido Social Democrata, não queremos que os portugueses voltem a

cair nas armadilhas dos Orçamentos eleitorais socialistas e nos interesses míopes dos seus parceiros de

Governo.

Por isso, denunciamos que este Orçamento é pura negociata eleitoral. E o futuro dos portugueses? —

perguntamos nós. Isso pouco interessa neste Orçamento.

Que fique bem claro: nestas negociatas da gerigonça, os portugueses não podem ser uma pechincha, uma

moeda de troca.

Nós, Partido Social Democrata, temos a certeza de que os portugueses aprenderam com os erros dos

Governos socialistas do passado e não vão cair nesta cartilha de ilusões desencontradas que é o Orçamento

para 2019.

Nós temos a certeza de que os portugueses não aceitam esta política da «chapa ganha, chapa gasta», onde

o futuro fica adiado.