I SÉRIE — NÚMERO 18
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Este é também um Orçamento com uma política fiscal de forte apoio ao interior do País. Não queremos um
País dividido, queremos um País que cresça e se desenvolva de forma harmoniosa e equilibrada, um País coeso
social e territorialmente.
Solicitámos, assim, uma autorização legislativa que nos permita assegurar uma redução do IRC, que pode
atingir uma taxa zero, permitindo que as empresas deduzam até 20% de toda a massa salarial de emprego com
conexão com o interior. Mais emprego, mais investimento, maior coesão territorial.
Aplausos do PS.
Este Orçamento é, pois, a reafirmação da política fiscal que começámos em 2016 e que consistentemente
prosseguimos ao longo de toda a Legislatura. Um Orçamento amigo das famílias, porque dá continuidade ao
aumento do rendimento disponível também pela via fiscal, e um Orçamento amigo das empresas, porque lhes
confere um contexto de crescimento económico sustentado, melhoria das condições de financiamento,
estabilidade fiscal e incentivos fiscais ao investimento.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, a Administração Pública portuguesa merece a maior das atenções do
Governo enquanto órgão responsável pela sua gestão. A melhoria dos serviços prestados aos cidadãos não é
passível de se efetuar sem valorizar a Administração Pública e sem reconhecer o papel fundamental dos seus
trabalhadores. Também aqui virámos uma página: valorizámos o emprego público, recusamos o discurso que
dividia funcionários públicos e trabalhadores do setor privado. Todos são trabalhadores, todos merecem o
mesmo respeito.
É evidente para todos que o Orçamento do Estado de 2016 fez uma rutura na forma como a Administração
Pública e os seus trabalhadores eram tratados. Depois de cortes cegos, depois de congelamentos arbitrários, o
atual Governo e a atual maioria parlamentar que o suporta devolveram a dignidade à contribuição para a causa
pública.
Reposição de rendimentos, modernização do sistema de formação profissional, recuperação do horário de
trabalho que devolve tempo para a conciliação com a vida pessoal, renovação das perspetivas de
desenvolvimento de carreira, que, nesta Legislatura, retomam a sua normalidade, são apenas algumas das
medidas adotadas. A conjugação destas medidas, que todos concordarão que envolve um enorme esforço
orçamental, cumpre os compromissos assumidos e tem mesmo ido para além das medidas estabelecidas no
Programa do Governo em diversas dimensões. Os portugueses sabem que apenas prometemos o que podemos
cumprir.
Risos do PSD.
Não embarcamos em promessas vãs, não promovemos a simulação da devolução de uma sobretaxa, que
depois não passa de uma ilusão.
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o Programa do XXI Governo, elaborado em harmonia com as posições
conjuntas assinadas entre o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista Português e o Partido
Ecologista «Os Verdes», coloca a prioridade nas pessoas, rendimentos, pensões e outras prestações sociais,
melhorando a qualidade de vida dos portugueses.
O Orçamento do Estado para 2019 tem um enfoque especial na promoção da coesão social, no combate à
pobreza. Apenas dessa forma a sociedade pode evoluir, assumindo como prioritária a garantia de uma maior
solidariedade entre gerações e a construção de um caminho sustentável de maior igualdade. Foi por isso que,
desde janeiro de 2016, foi reposto o mecanismo automático de atualização regular das pensões. 2019 será o
terceiro ano consecutivo com aumento generalizado de pensões e o segundo em que esse aumento é superior
à inflação para mais de 85% dos pensionistas. Esta é a grande novidade desta Legislatura, que se confirma com
este Orçamento: o respeito por todos os portugueses está de volta e está de volta para ficar!
Aplausos do PS.