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13 DE FEVEREIRO DE 2020

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Vozes do PSD: — É verdade! O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Portanto, o que temos a dizer ao Partido Socialista é que, quanto mais o

Partido Socialista fala de investimento público, menos investimento público há. Vozes do PSD: — Muito bem! O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Os Srs. Deputados dizem, de forma absolutamente contraditória, que o

investimento público registou uma enorme recuperação. Os dados, todavia, desmentem-vos. Dar-vos-ei os seguintes exemplos: em 2015, registou-se um investimento público na ordem dos 4000 milhões de euros; no ano de 2016 foram menos 1200 milhões de euros; em 2017 foram menos 700 milhões de euros do que o orçamentado, e apenas em 2019 é que estamos ao nível daquele governo que tinha uma visão dantesca contra o investimento público, que saía de um episódio muito difícil de consolidação financeira mas que, ainda assim, conseguia fazer mais investimento público do que aqueles que lhe fazem juras de amor.

Não podemos dizer que este não é um exemplo ilustrativo, porque não tem significado na vida das pessoas. Tem, Srs. Deputados! Tem significado nos barcos que não navegam, nos comboios suprimidos, nos hospitais que não são feitos,…

Vozes do PSD: — Muito bem! O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — … no Serviço Nacional de Saúde que é derrotado, nos serviços públicos

que estão depauperados. Em todas estas dimensões da vida dos portugueses, essas opções — opções conscientes e deliberadas,

opções que no Orçamento são diferentes, porque as verbas lá constam — são opções que são da responsabilidade do Partido Socialista. E o Partido Socialista vem dizer, uma vez mais, aquilo que tem sempre repetido: «este ano é que é! Agarrem-nos que este ano é que é; vamos conseguir fazer investimento público!».

Portugal tem, hoje, menos investimento público do que a média europeia— 0,7% abaixo da média europeia — e essa responsabilidade é só do Partido Socialista, sobretudo quando a carga fiscal aumenta para níveis recorde.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já devia ter terminado. Agradeço-lhe muito. Estava distraído e peço-lhe desculpa, mas tem de terminar, porque já esgotou o seu

tempo. O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Portanto, o que os Srs. Deputados do Partido Socialista deviam fazer, em

vez de trazerem aqui a questão do investimento público, era retratarem-se pelo que não fizeram. Aplausos do PSD. O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Deputado. Tem agora a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Bruno Dias, do Grupo Parlamentar do PCP. O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Carlos Pereira, da parte do PCP,

o Sr. Deputado bem sabe que nunca houve dúvidas quanto à necessidade de reforçar e apostar no investimento público como fator de desenvolvimento. E também não esquecemos que alguns dos que estão hoje, num volume de som mais alto, a reclamar pela falta de investimento são precisamente aqueles que estão na primeira linha das responsabilidades pela falência em relação ao investimento público e pela insuficiência profunda, coartando perspetivas de investimento e desenvolvimento no País, inclusive em relação à ferrovia e à rodovia,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Muito bem apanhado!

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