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I SÉRIE — NÚMERO 46

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Mesmo assim, e aplicando aqui o princípio da precaução, Os Verdes vão abster-se neste novo pedido de

autorização de renovação do estado de emergência.

Aplausos do PEV.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado André Ventura, do Chega.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro e demais Membros do Governo: Todos

sabemos que este não é o momento nem o tempo de levantarmos as restrições que, infelizmente, continuam a

ser impostas aos nossos concidadãos. Não é o tempo nem é o momento, e por isso estamos aqui e continuamos

a lutar.

Mas é tempo de refletir sobre o estado de emergência que temos e aquele de que precisamos para colocar

Portugal na senda da sua verdadeira libertação.

Não podemos ter um estado de emergência em que o Estado promete liquidez às empresas e menos

burocracia, quando é o maior devedor líquido desses fornecedores e um dos maiores de toda a União Europeia.

Porque não pagou o Estado as dívidas aos fornecedores? É uma questão que, hoje, muitos dos que estão a

fechar as suas empresas se colocam.

É também o dia de perguntarmos por que razão, quando os bombeiros, e os autarcas também, alertam para

a falta de testes, cedemos testes a outros países, como ainda hoje aconteceu — e os portugueses devem sabê-

lo. Ainda hoje, foram cedidos testes a outros países, quando nós não os temos no nosso próprio território.

Mas é também o dia de dizermos que é o Estado que lucra com a crise e que não tira o IVA dos materiais de

proteção que têm de ser comprados, por exemplo, pelas autarquias. Como pode um Estado lucrar com materiais

comprados para lutar contra esta pandemia?!

No meio disto, temos o Ministro dos Negócios Estrangeiros, que alerta, e bem, os portugueses, a dizer:

«Meus amigos, não se enganem, a Força Aérea não é uma agência de viagens para ir buscar os nossos

compatriotas que ficaram presos do outro lado do Atlântico.» Não é! É para levar presos dentro do território

nacional! É para isso que serve a Força Aérea! Para ir buscar portugueses lá fora, não vão, mas para levar

presos a casa, podem contar com eles, que estão a tratar disso.

Protestos do PS.

Quando precisamos e levantamos as mãos aos portugueses confinados, criamos festivais de cultura por 1

milhão de euros — 1 milhão de euros —, quando os portugueses não têm dinheiro para sustentar as suas

empresas e as suas vidas. Como podemos viver com isto?! E como podemos permitir que, dentro disto, esta

mesma Assembleia diga agora que vamos fazer um hold on, vamos suspender tudo isto, vamos dar as mãos,

vamos pôr os cravos ao peito e vamos juntar-nos aqui para celebrar o 25 de Abril?!

O Sr. Presidente: — Obrigado, Sr. Deputado. Já ultrapassou o seu tempo.

O Sr. André Ventura (CH): — Vou terminar, Sr. Presidente, mas, antes, queria dizer isto: a 25 de Abril, os

portugueses…

O Sr. Presidente: — Obrigado, Sr. Deputado.

O Sr. Jorge Costa (BE): — Fique em casa! Não apareça!

O Sr. André Ventura (CH): — A 25 de Abril, os portugueses não querem pôr um cravo ao peito e ver a

Assembleia da República a festejar.

O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Deputado.

O Sr. André Ventura (CH): — Vou terminar, Sr. Presidente.

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