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0011 | II Série A - Número 022 | 07 de Dezembro de 2004

 

Não sabemos o que sucedeu no Sabugal após a decadência do império romano. São desconhecidos quaisquer traços da presença de outras comunidades populacionais externas, neste período intermédio.
A vila do Sabugal, propriamente dita, terá sido fundada na 2.ª metade do século XII, tornando-se concelho através do monarca leonês, D. Afonso IX, cerca de 1190. O castelo e as muralhas terão ocupado o ponto mais alto da colina da antiga povoação. A vila rapidamente se foi espraiando pela encosta nascente, para fora da cerca. O Sabugal mantém, ainda hoje, a muralha leonesa, onde destaca na extremidade noroeste, o seu castelo.
Os monarcas leoneses demonstram com esta construção virada para poente, a preocupação na defesa deste território face aos portugueses. Portugal tenta, por outro lado reocupar estas terras alegando a sua posse ancestral. D. Dinis manobra o jogo com a confirmação dos foros leoneses, em Novembro de 1296 e estabelece também aqui a primeira Feira Franca do país. É com este monarca português que se retoma, no ano seguinte, este território, através do Tratado de Alcanizes, em Setembro de 1297.
O Sabugal é coroado então com imponente torre de menagem, no seu antigo castelo, considerada uma das mais belas de Portugal, pelas suas cinco quinas, ocupando com notoriedade toda a colina sobranceira ao rio e avistando as extensas terras de Ribacôa até à raia. O reinado de D. Dinis constituiu um momento de desenvolvimento e prosperidade da vila.
Mais tarde novo impulso foi dado por D. Manuel, confirmando todos os privilégios da região de Ribacôa, através de novo foraI em 1515 e efectuando obras de beneficiação no castelo e vila.
Tinham razão os monarcas portugueses em fortalecer e guarnecer esta praça militar, dada a importância estratégica do local, facto atestado pela frequência com que o local foi utilizado como ponto de entrada e saída de exércitos inimigos de Portugal.
Durante as invasões francesas, o Sabugal também foi alvo da presença e saque das tropas francesas em retirada, e aqui deu-se até a importante batalha do Gravato, resultando numa vitória para as tropas inglesas e portuguesas.
O Sabugal conserva algum património construído digno de visita: a Igreja Manuelina da Misericórdia, com a pedra leonesa das medidas-padrão e uma interessante cachorrada; a Igreja Matriz de S. João, datada do século XVIII; a Torre do Relógio, que serve de porta de entrada à vila amuralhada; a casa dos Britos, nome dado à casa da família dos Costa Fraião, onde destaca a sua ampla escadaria; o Largo da Fonte; e a réplica do antigo pelourinho no largo do Museu.

Sortelha:

A aldeia amuralhada de Sortelha está situada num ponto elevado, a 760 m de altitude, numa região de terrenos graníticos e relevos acidentados que marcam o limite da meseta ibérica e início da depressão da Cova da Beira. A sua posição periférica e de passagem entre estas duas unidades morfológicas permitiu que uma diversidade de comunidades se estabelecesse na região, desde a Pré-História até aos nossos dias. Destacam-se sobretudo as qualidades minéricas dos seus solos, como factor de incremento para uma ocupação primitiva.
Identificam-se diversos vestígios da presença dessas culturas e civilizações remotas. No Castelejo foi descoberto e escavado um povoado da época do Bronze Final; o Cabeço de São Cornélio seria um castro da Idade do Ferro; as minas da Carrasca e da Tapada do Pessegueiro (Quarta-Feira) foram exploradas desde a Idade do Bronze, durante o domínio romano e até aos nossos dias. Dentro da mina da Carrasca foram recolhidos, no passado, alguns machados de pedra e bronze, testemunhos dessa intensa actividade.
Dois lugares são conhecidos com ocupação romana: a Quarta-Feira e o Bandurro (Ribeira da Nave). Neste lugar foram encontradas quatro aras romanas, com inscrições dedicadas às divindades lusitanas de Quangeio e Vordo. As pedras almofadadas existentes na Casa da Cerca, no arrabalde de Sortelha, terão sido trazidas no passado deste local. A leste de Sortelha, passaria também uma importante via romana, de ligação entre a serra dos Mosteiros (Santo Estevão) e a Guarda.
Somente na época da reconquista e do repovoamento medieval, em que toda esta região passa por um processo de reordenamento do espaço e de redistribuição das populações, D. Sancho I, o povoador, funda um castelo no cabeço, desabitado de Sortelha, protegido por uma cintura de muralhas. A escolha do local deveu-se a motivos militares, de modo a garantir as condições mínimas de segurança e defesa do território. D. Sancho II reforça a política de favorecimento

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