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51 | II Série A - Número: 102 | 23 de Abril de 2009

Em 1406 D. Marinha Afonso, com o consentimento de seu marido, fez doação ao Mosteiro de Seiça dos seus bens móveis e de raiz em Tavarede e outros lugares, para ser ―familiaira‖ do convento, ser participe das orações e boas obras deste e ser sepultada, se o viesse a requerer, no mosteiro.
Desde muito cedo foi Tavarede um couto e concelho, a que D. Manuel I deu foral, em Lisboa, em 9 de Maio de 1516.
Por essa altura foi fundada por António Fernandes de Quadros a ―Casa de Tavarede‖, que seria titulada pela família Quadros até ao terceiro conde de Tavarede, extinguindo-se o título com o falecimento deste último em 1903.
No séc. XVIII havia aqui três ermidas do senhor do Areeiro, do senhor da Chã e de Santo Aleixo (esta, da Universidade), todas bem dotadas de rendas, por doações, mas das quais só havia ruínas nos fins do séc.
passado, bem como do mosteiro de monjas Franciscanas de Santo António, de Nossa Senhora da Esperança, fundado em 1527, com protecção de D. João III.
O concelho de Tavarede acabou em 1834, extinto pelo Liberalismo. Já desde o decreto pombalino de 12 de Março de 1771, que criara a Comarca da Figueira da Foz, pertencia a esta, contrariamente ao privilégio antigo do couto.
A ―Grande Enciclopçdia Portuguesa e Brasileira‖ registava para Tavarede os seguintes lugares: Azenhas, Caceira de Baixo, Carritos, Casal da Areia, Casal da Quinta e Casal da Robala, Chã, Condados, Esperança, Ferrugenta, Matioa, Peso, Saltadouro, Senhor da Areeira, Tavarede e Várzea.
Tavarede dista três quilómetros da Foz do Mondego e juntamente com São Julião, Buarcos, Vila Verde e São Pedro, está incluída na área urbana do concelho da Figueira da Foz.
Tavarede ç tambçm conhecida pela ―Terra do Limonete‖, termo originado numa lenda que tem como protagonistas uma moura encantada e um cavaleiro cristão. Este último estava ao serviço de Cidel Pais, senhor que tinha Tavarede sob sua protecção. Segundo consta, ia o cavaleiro a caminho de Coimbra para participar na tomada desta cidade aos mouros quando, no monte de Santa Eulália, encontrou refugiadas numa gruta oito mouras encantadas, ali presas por um feitiço que seu pai, um chefe árabe, lhes havia lançado para não caírem em poder dos cristãos. Uma delas, de nome Kadija, explicou que o seu feitiço seria quebrado, assim um príncipe lhe repetisse três vezes: ―sois bela como o Sol‖. O cavaleiro logo quebrou o feitiço, dizendo a frase, ao que adiantou: ―A terra para onde te levar aquele que vier desencantar-te será uma terra aprazível, rica de plantas aromáticas entre as quais uma de cheiro rústico e agradável, persistente e suave, que lhe dará nome e alcançará fama‖. Assim se associou Tavarede aos cheiros aromáticos do limonete.

2. Situação geográfica e caracterização geral Tavarede é uma das dezoito freguesias do concelho da Figueira da Foz encontrando-se incluída, juntamente com São Julião, Buarcos e São Pedro, na sua área urbana. Tem uma extensão de 9,70 km² de área e encontra-se situada a sensivelmente 3 kms do centro do concelho da Figueira da Foz.
Situa-se a Nordeste de S. Julião, a Noroeste de Vila Verde, a Oeste de Brenha e de Alhadas, a Sul de Quiaios e de Brenhas e a Leste de Buarcos e de São Julião.

3. Caracterização demográfica Tavarede tem, segundo o CENSUS de 2001, 7722 habitantes, com uma densidade populacional de 796,1 habitantes/km².
Em 2004 o número de eleitores era de 7000.

II — Caracterização social, cultural, económica e populacional

4. Monumentos

Paço de Tavarede O Paço de Tavarede é o ex-libris de Tavarede. Mandado edificar no século XVI por António Fernandes de Quadros, 1.º Morgado de Tavarede, um fidalgo de ascendência espanhola que prestou serviços distintos à

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