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II SÉRIE-A — NÚMERO 33 6

PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 550/XIII (2.ª)

RECOMENDA AO GOVERNO QUE DESENCADEIE OS MECANISMOS NECESSÁRIOS PARA A

CONSTRUÇÃO DA NOVA ESCOLA EB2/3 DO ALTO DO LUMIAR

A EB2/3 do Alto do Lumiar foi inaugurada no ano de 1986 e, até 1994, teve a designação de Escola

Secundária de D. José I. A partir de então passou a integrar apenas o 2.º e o 3.º ciclo do ensino básico, sendo

renomeada para Escola Básica 2/3 D. José I. Mais recentemente, passou a chamar-se EB2/3 do Alto do Lumiar,

na sequência da criação do Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar.

A Escola Básica 2/3 do Alto do Lumiar é a escola sede do Agrupamento, que integra ainda quatro escolas

de 1.º ciclo e pré-escolar, abrangendo um total de mil e cem alunos. Este é um Território Educativo de

Intervenção Prioritária (TEIP) desde 2010, em resposta a uma comunidade com necessidade de projetos

pedagógicos de combate ao insucesso e ao abandono escolar e de uma intervenção direcionada para a

resolução de alguns problemas económicos e sociais.

O nível de degradação da escola sede é bastante evidente, transversal aos espaços de aula e aos espaços

comuns, como cozinha, refeitório, bar, espaços de lazer e de convívio. Apesar de ter sido removido o amianto

dos passadiços externos, persiste ainda na cobertura dos edifícios. As salas de aula não têm condições mínimas

de funcionamento, nomeadamente, condições térmicas: no Inverno, o frio é insuportável; no Verão, o mesmo

acontece com as altas temperaturas. Todo o equipamento se encontra muito degradado, até porque grande

parte ainda é o mesmo desde a construção da escola.

Para além disso, este agrupamento integra duas unidades de apoio especializado, uma na área da

multideficiência e outra de surdo-cegueira congénita. No ano letivo 2013/2014, este Agrupamento de Escolas

integrou um total de 1438 alunos: 221 crianças no pré-escolar; 595 alunos no 1.º ciclo do ensino básico (26

turmas); 329 no 2.º ciclo (14 turmas, uma das quais de Percursos Curricular Alternativo); 210 alunos no 3.º ciclo

(8 turmas, uma das quais de Percurso Curricular Alternativo); 16 alunos integrados numa turma de Programa

Integrado de Educação e Formação; 67 alunos em 3 turmas de Cursos de Educação e Formação. Do universo

de crianças e jovens deste Agrupamento, 75% são abrangidos pela Ação Social Escolar, 11% são de

nacionalidade estrangeira. Importa ainda referir que apenas 12% destes alunos têm em casa computador com

ligação à internet. Relativamente às habilitações literárias dos pais e encarregados de educação, apenas 55%

responderam a este pedido de informações, sendo que destes, 1% tem formação de grau superior e 7% de grau

secundário.

Quanto ao corpo docente, 67% dos professores pertence ao quadro e 69% leciona há 10 anos ou mais neste

Agrupamento. Apesar deste contexto social, económico e cultural existe apenas uma psicóloga, uma técnica

social e 33 assistentes operacionais e técnicos. No âmbito do TEIP têm sido colocados anualmente 2 técnicos,

um de mediação escolar e outro de serviço social. Existiam ainda 8 trabalhadores a suprir necessidades

permanentes através de Contratos de Emprego-Inserção.

O estado de degradação da escola sede deste Agrupamento reflete o desinvestimento material e humano a

que esta comunidade tem sido sujeita. Uma intervenção pedagógica estruturada para a inclusão exige,

necessariamente, meios humanos em número e formação adequada. Exige igualmente condições materiais que

assegurem o funcionamento digno deste serviço público. Esta situação é particularmente grave e representa a

negação de condições para o acesso e frequência destas crianças e jovens ao ensino em condições de

igualdade, conforme consagrado na Lei de Bases do Sistema Educativo e na Constituição da República

Portuguesa.

Ao longo dos últimos anos, e particularmente nos últimos quatro anos do Governo PSD/CDS, a Escola

Pública foi sujeita a um profundo desinvestimento com reflexo negativo nas suas condições de funcionamento.

Os problemas estruturais deste Agrupamento e, em particular, da EB 2/3 do Alto do Lumiar foram ao longo dos

anos agravados, sendo que hoje a gravidade da situação exige a construção de uma nova escola que assegure

condições de dignidade a toda a comunidade escolar.

O PCP defende que sejam tomadas todas as medidas que assegurem, tão breve quanto possível, o início

da construção de uma nova escola nas mesmas instalações – que dispõe de espaço físico suficiente para tal –

e que, em articulação com a comunidade educativa, sejam encontradas soluções de transição que assegurem

o superior interesse das crianças. A construção de uma nova escola constitui um estímulo muito importante para

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