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3.º Do mesmo Ministro, remettendo uma informação do Bispo reformador reitor da universidade de Coimbra, sobre o requerimento do doutor José Pessoa Monteiro. Passou á mesma Commissão de instrucção pubhca.

4.º Do Ministro da guerra, remettendo um requerimento em que D. Josefa Benedicta de Andrade, e sua irmã D. Theresa Manoel de Andrade, religiosas do mosteiro de S. Bernardo de Tavira, pedem a continuação do abono da sua pensão. Passou á Commissão de fazenda.

5.° Do mesmo Ministro, remettendo o requerimento de D. Antonio Theresa, viuva do segundo tenente do regimento de artilheria n.º 1, Manoel Lopes Coelho. Passou tambem á Commissão de fazenda.

6.º Do mesmo Ministro, remettendo um requerimento de D. Ignez florindo de Sá Barreto, pedindo se lhe continue a abonar a pensão que percebia. Passou á mesma Commissão.

7.º Do mesmo Ministro, remettendo um requerimento de Adolfo Frederico Lindenberg, tutor dos filhos menores do brigadeiro Barão Viederhold. Passou á mesma Commissão.

8.º Do Ministro da fazenda, remettendo duas consultas da com missão encarregada da organização e fórma do lançamento e arrecadação dos impostos applicados ao pagamento da divida publica, sobre deverem ou não ser collectadas neste imposto as rendas dos seminarios, bem como entrar na junta dos juros do novo emprestimo os rendimentos dos beneficios vagos logo desde que se verificar a sua vacatura. Passou mesma Commissão de fazenda.

9.° Do mesmo Ministro, remettendo duas consultas do conselho da fazenda, e da junta dos juros, sobre a pretenção da junta da extincta companhia do Pará e Maranhão, ácerca do edificio em que estava estabelecida a mesma companhia. Passou á Commissão de justiça civil.

10.° Do Ministro da justiça, remettendo a informação do Bispo de Castello Branco ácerca das casas religiosas de ambos os sexos sujeitas á jurtisdicção ordinaria da mesma diocese. Passou á Commissão ecclesiastica de reforma.

11.º Do mesmo Ministro, remettendo a informação, e mappas ácerca dos mosteiros de S. Bernardo de ambos os sexos, que remetteu o D. abbade geral, e esmoler mór, em satisfação dos quesitos que lhe forão pedidos. Passou á mesma Commissão.

12.° Da Commissão de commercio installada em Villa Real de Santo Antonio, remettendo o resultado de seus trabalhos. Passou á Commissão de commercio.

13.º Do Juiz ordinario de Goujoim, comarca de Lamego, remettendo a copia de uma carta, que lhe dirigiu o padre Antonio de Carvalho e Cardoso, da dita villa, na qual offerecia a beneficio do thesouro publico nacional a quantia de 13$223 rs. de proprio e custas de que lhe he devedor o capitão mór da mesma villa Luiz Ferreira de Carvalho, a fim de ser arrecadada pelo thesouro como divida nacional. Não se tomou em consideração este offerecimento.

Mandou-se fazer menção honrosa de uma felicitação da camara da villa de Sangalhos, comarca de Aveiro, pelo anniversario da installação das Cortes.

O mesmo Sr. Secretario Felgueiras, dando conta do modo por que havia desempenhado a sua commissão a Deputação das Cortes nomeada para ir felicitar ElRei pela occasião do anniversario do juramento que Sua Magestade deu á Constituição, leu o seguinte discurso que o Sr. Deputado Luiz Paulino, como orador da Deputação, dirigiu a Sua Magestade.

Senhor. - He da Nação inteira que V. Magestade vai ser por nós comprimentado, pois que o Soberano Congresso, em cuja Deputação vimos, he de toda a Nação representante: feliz Rei, e unicamente verdadeiro Rei o que he, e que está com V. Magestade, que fez tanto, e por isso tanto recebe. Não trazemos a V. Magestade mascarada de lisongeiras expressões, indignas de nós, indignas de V. Magestade, a mentira, e o engano, mas sim significados na franqueza dá nossa linguagem os sentimentos congratulatorios de todo o povo portuguez de um, e outro hemisferio em memoria deste dia, no qual V. Magestade se fez verdadeiramente Rei, e se mostrou cordialmente pai. A Nação inteira reconhece o quanto deveu neste dia a V. Magestade, que nelle reconheceu tambem o que devia á Nação inteira, e com solemne juramento em assignalação de seu mais sagrado dever e vontade reuniu tantos milhares de irmãos portuguezes, que em os nascimentos, ou os empregos tem espalhado nas quatro partes do mundo. V. Magestade jurando neste dia de observar a Constituição, que a Nação se procurava dar, para segurança dos seus direitos, e do throno de V. Magestade, fez a perfeita obra de justiça, e de sabedoria; conquistou mais do que todos os seus augustos predecessores, cujos nomes a memoria dos conquistadores, e dos grandes Reis defende da voracidade dos tempos; elles deixarão aos filhos as terras que comprarão com o sangue dos pais; V. Magestade faz com que os filhos gozem em paz, e em justiça suas terras que serião já desgraçadamente divididas, já regadas com o sangue de seus pais por mãos do mais horrivel dos monstros, que podem infestar a terra, da anarquia: elles derão a este Reino muita gloria, mas principalmente daquella que se sustenta e campeã na imaginação; V. Magestade com o juramento que deu neste dia, deu tambem as mãos com a Nação, para se fazerem reciproca, e realmente felizes: elles forão assas menores do que V. Magestade; for ao sim Reis de uma Nação sempre nobre, e sublime, mas V. Magestade he Rei de uma Nação sublimissisima: nem elles, nem a Nação sabião o que tinhão, nem podião contar com o que suppunhão ter; mas V. Magestade sabe que vai ter uma Constituição, que lhe segura o throno, e a Nação sabe que tem em V. Magestade um Rei para manter, e fazer executar a Constituição, em que ella funda a sua segurança, e felicidade: nem elles se podião fiar nas expressões de seus subditos, nem estes ter segurança na volubilidade da vontade. Ah! Sr., quão equivocas, ou duvidosas nos seus motivos tem sido até agora as expressões feitas ante o throno? Quantos tem parecido curvados de respeito,