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•está em a Coallisão declarar eta seu progronmia eleitoral, que ficavam illesas as convicções, e os princípios de todos os Partidos Colligados. Sobre este principio tem a imprenso periódica fallado largamente ; e a mais severa censura tem sido feita a •estas palavras, que por ahi correm n'um papel que se diz o Programma da Coallisão.

Sr. Presidente, eu entendi que o cnírar o Partido vencido, em massa, ou em fracção na lucta eleitoral, junto com a Opposição } não resultava dahi crime a este Partido, por isí>o mesmo que eu entendo que se por ventura o Ministério athanhãa sahisse da extrema esquerda, o que se seguia e' que íiquelle lado era ministerial , e aquelle (essa justiça lhe faço) que hoje é ministerial se tornava Opposi-~ cão,- o Partido vencido não aspira ao Poder, e pela ragão das cousas, o Partido vencido é sempre Opposição. Mas, Sr. Presidente, esse Partido tem raizes no paiz , deseja o bem da sua Pátria, e por i-ss-o as medidas que sahirem do centro, da esquerda, ou da direita, que forem conducentes ao bem da Pátria hão-de ser por esse Partido apoiadas. Sr. Presidente, o outro crime, que se imputa á Colii-gação é a antinomia que parece haver em o Partido vencido entrar na lucta eleitoral franca, e leai-menle, porque diz esse chamado Manifesto da Coi.-ligação = JFVcom salvos todos os princípios dos Par-tidos= então daqui tira-se uma illação, vossos princípios são de&truidores do Throno Constitucional", vossos princípios são destruidores da Carla Constitucional; então se ficam salvos os vossos principies, vós manifeslaes que sois altamente rebeldes ! Ora , Sr. Presidente, e' necessário entrarmos nesta questão que é urn pouco seria, como Cavalheiros e Homens de .bem , eu respondo por mim , e por uma porção de Correligionários Políticos com quem vivo; mas todos devemos confessar que íia Povo etn todas as Secções da Família Portugueza , que ahi' l)ã sempre homens turbulentos, por consequência não é a protestação do-s prin.cipios desses que eu venho aqui fazer. Mas, Sr.. Presidente, que quer o .Partido vencido entrando nalucln eleitoral? Muito fácil é a resposta , ao menos direi o que eu quero, e os meus amigos políticos. Que quer a extrema Esquerda desta casa , quando se assenta aqui com um mandato do povo no tempo da Carta ? Quer com a força desse mandato fazer, coraoelle lhe incumbe, toda a prosperidade da Nação, mas entende que para chegar a este desideratum e preciso dar a máxima amplitude ao elemento democrático; eu não defenderei esta doutrina , mas ella e eminentemente filosophica , e a Carta autliorisa-a.

Que quer o Centro? Quer o mesmo que quer a Esquerda; animado de sentimentos patrióticos, taes como os da Esquerda, entende que isto se não pôde conseguir senão com os princípios reslriclarnen-te consignados na Carta, e nem Iodos querem isto. Ora agora que quer esse Partido'vencido"; o que quer a extrema Direita? Quer o uie^no, quer a ven-• tura da Pátria; mas entende, Sr. Presidente, que etn contraposição aquelle lado (esquerd .) se pré isa dar mais lustre, mais br i! lio ao Thruno; entende que é necessária a interferência da.aíla Aristocracia, ni

e ficticia ; e será islo uma utopia ? será muito èrri» bora; será isto querer reinar dez séculos no Progresso da Civilisação ? Será imuito embora, más será isto um crime? Oli ! Sr. Presidente, isso e' que eu não posso acreditar,

Ha uma questão um pouco mais grave que esta, e urn pouco mais melindrosa; eu não desejava trá« cta-la, lhas n'uma palavra ©'necessário que e&laCá-maia assente o que eu sou,-e o como eu aqui estou. Duse-se mais, Sr. Presidente, esse Partido vencido não renuncia ás suas ide'as"dynaslicas, oh ! Sr. Presidente , o Portuguez que depois da Convenção de Kvora Monte por actos explícitos declarou etie prin» cipio , o que lhe tem acontecido? tem sido fuzilados legalmente nas Praças do Algarve. Sr. Presidente, se ou, ou algum ròeu Correligionário PoJiíi-co por acções, ou por factos demonstrar que quer isto , soffra eu , ou elles essa pena ; entendo que o Poder, qUe a Nação tem direito para o fazer. MaS, Sr. Presidente, entrar no pensamento reservado desse Partido, querer tornar a Camará dos Deputados urn inquisição mais rigorosa do que a inquisição das consciências! isso não é conveniente; porque.é preciso reparar bem nos males que d'ahi podem ire-suitar ; o prescrular o coração dos ii div duos a n;n> guem é dado, não é' possível querer infringir uma, pena, querer inflingir uma censura a alguetn •, porque esse alguetn. pensa de differenle modo que ou* trem pensa.

Sr. Presidente, a Lei, o Governo, o Paíz nâô tem nada com o que se passa no meu coração: pelas minhas acções, pelos meus actos, eu sou responsa* vê! .perante a Nação, perante o Mundo inteiro.

Depois desta explicação que eu devia á Camará $ ainda que importunamente dada, e pelo que peço deâeuipa, terminarei meu Discurso, primeiramente dizendo que fica por esta expressão fixada a minha posição ; quanto ao Parecer dá Commissã<_ escrúpulos='escrúpulos' com='com' que='que' de='de' digo='digo' numero='numero' annullaçâo='annullaçâo' respeitoi='respeitoi' dos='dos' commis='âo' eleição='eleição' ilíustre='ilíustre' mim='mim' por='por' missão='missão' legal='legal' daquella='daquella' explicação='explicação' também='também' não='não' s.='s.' annulla='annulla' baixar='baixar' faz='faz' _='_' ern='ern' irrogue='irrogue' á='á' a='a' elei='elei' e='e' cadeira='cadeira' peço='peço' illustre='illustre' iíluítre='iíluítre' o='o' este='este' eu='eu' esta='esta' pjedro='pjedro' isso='isso' commissão='commissão' censura='censura' da='da' induz='induz'> tores da Estremadura de 147 a 146, entro eu pois no escrúpulo, e como estou envolvido nesse escrúpulo, não posso ser suspeito, e disse eu—-se Os Elei* tores legaes da Estremadura são 146, a maioria são 74; corno ha Deputados eleitos com 74 votos, não concebo como haja Deputados eleitos legalmente com 74 votos, tendo os do lado opposto 73; era necessário que os que tem 73 votos fizessem a renuncia generosa , e que nós não queremos de ficar com 72; assim podia ser porque 74com 72 são 146, mas 74 com 73 são 147, e isto e um absurdo. Jirn consequência disto dirá, alguém que os Deputados não são legalmente habilitados, e por isso digo eu, que o Parecer sem um addítarnento não pôde ser appro-vado , embora se vença que se annulle o EinUor de S. Pedro da Cadeira, o resultado e que senão pôde sern urna explicação duvidar da legalidade tia eleição dos Deputados da Estremadura que tem 74 votos.

', Sr. Presidente, disse eu que tinha votado contra todos os Pareceres da Coimnissão, e que votaria também coutra este; eu devo explicar o motivo por que assim dou o meu voto consctíRcioso , visto que