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O Sr. Aguiar: — Parece-rne que não devo dizer nada; mas sempre observarei que, o que o Sr. Deputado pertende não tem relação com o qne se trata: se o Sr. Deputado pertende que os orçamentos estão em estado de entrarem amanhã em ordem do dia, bem; senão, não sei para que vem esta questão. (

O Sr. /. A. de Magalhães': —Não posso deixar de fallar, e permitla-me a Gamara, porque a vejo impaciente de terminar este incidente por ter ter dado a hora; mas depois do que disse o Sr. Deputado por Aveiro, que acabou como fazendo uma gravíssima censura a esta Camará, não posso deixar de dizer duas palavras. O Sr. Deputado ha de lembrar-se do que aqui se passou ha oito ou dez dias; ha de recordar-se que os ministros disseram que tinham alterações a propor nos orçamentos; que as Commis-sões disseram que, quando os podeasem rever em geral , não podiam com tudo lavrar um parecer em quanto essas alterações não apparecessem. Então como se quer lançar uma censura sobre as Commis-sões e sobre a Gamara? Parece-me que o illustre Deputado deve estar satisfeito, e que devemos pôr fora de questão está lembrança.

Ora agora, quanto ao que disse o Sr. Deputado por Portalegre, devo dizer que me não consta que o Governo adherisse ás alterações da Cormnissão; mas quando o tivesse feito, não me consta que o tenha feito ás muitas alterações, que aqui se tem apresentado na discussão, e por consequência e' uma razão ainda mais para o Governo dever ser ouvido. (Rumor).

. O Sr. P residente :~S&o tantos os Srs. Deputados inscriptos para fatiarem nesta questão, -que a ,sessão durará ate á noite.

O Sr. José Estevão:—EIÍ requeiro que V. tíx.% seguindo a marcha dos outros parlamentos , todos os dias determine que a mesa comrnunique aos Srs. Ministros a ordem do dia da sessão seguinte.

O Sr. Presidente:—Isso não «stá em discussão.

O Sr. José Estevão: —HL* um requerimento que ' eu faço , mais nada.

O Sr. B. de Leiria: — Pedi a palavra para dizer ao nobre Deputado que aComnaissâo deguerra, embora saiba ou não saiba que o Governo tenciona apresentar algumas alterações ao orçamento, está trabalhando seriamente sobre elle.

O Sr. Gorjão:—Como membro dá Commissão declaro que não vi lá nenhum dos Srs. Ministros a approvar as alterações, que se fizeram ao projecto, não lhes ouvi dizer que subscreviam de cruz a tudo qiie nós propomos, mas o contrario, ouvi dizer aqui na Camará ao Sr. Ministro da Justiça, que o ministério não tinha assistido á discussão por que tinha muito que fazer, e que S. Ex.a então presente, não fallava sobre a matéria por estar muito incomrnoda-

do, e nessa mesma occaaião não declarou que o Ministério a julgava desnecessária para restituir as propostas queemittiu, e para a qual certamente teve razões e dados em que se fundasse. - O Sr. /. M. Grande: — Aqui não se discutem projectos do Governo, mas sim projectos apresentados pelas Gommissões.

O Sr. Sousa e Azevedo:—Para uma explicação, que tenho tanto direito como o Sr. Deputado que acabou de fallar, e o Sr. Deputado por Portalegre disse que aqui não se descutiam Projectos do Governo, pois está enganado, que o próprio Regimento lhe marca o processo, e andamento, e a discussão de imensos Projectos nunca deve abátrahir-sé de sua origem, como é tão obvio, que dispensa demonstrar-se. Agora pelo que respeita a dizer o Sr. Deputado que o Governo approvou as alterações, que a Commissâo fez ao seu Projecto, só se isto, teve logar em particular para com o Sr. Deputado, porque na Commissâo, de que tenho a honra de ser .membro, não apareceu tal declaração; nem membro algum do Governo a fazel-a vocalmente, e muito menos teve logar nesta Gamara (vozes—votos, votos.

Procedendo-se á votação, não se achou na Sala numero sufftciente de Srs. Deputados. -

O Sr. Presidente:— O Presidente tem auctori-dade para dar a ordem do dia (apoiados).

O Sr. José Estevão: — Pois que faz V. Ex.*. nesse logar? V. Êx.a e'que deve designar a ordem dó dia.

O Sr. Presidente:—Mas como houve questão, julguei dever propor á Gamara. A ordem do dia para amanhã e' a costinunção da discussão da lei do censo eleitoral. Está fechada a Sessão. — Eram 6 horas e meia da tarde.

Discurso do Sr. Castello Branco a que se refere a nota posta a pag. 182 desta Sessão.

O Sr* G* C. Branco;—Eu não posso considerar a prestação dos Egressos como uma renda, visto que alguns dos Egressos não tinham bens; não pôde por isso a sua prestação ser considerada como renda ; e por isso mesmo não podem os Egressos deixar de ser considerados como empregados públicos, co« mo na realidade o são ; e até porque a lei lhes es-tabeleceo a obrigação de coadjuvarem os Parochos. Os Egressos são coadjutores natos de todos os Parochos nas ParochJas aonde residem; assim como o outro coadjutor que tem uma côngrua se considera empregado publico; e se lhe da o direito de votar, também o Egresso que tem uma côngrua, e é coadjutor do Parodio se deve considerar como empregado publico, e não como renda.

N: 11.

Presidência do Sr. Pinto de Magalhaess

.bertnra-^-K hora e meia da tarde,-'Chamada — Presentes 108 Srs. Deputados* Vol. 4.°—Julho—1840.

-t— Áppròvada sem discussão. - CORRESPONDÊNCIA.

- CORRESPONDÊNCIA.