O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Pois, com relação a nós, . quando vemos que o Ministério vem propor á Camará as reformas da Carta quejOjPaiz, reclama, havíamos de negar o nosso apoio a esse Ministério? Não Senhor (Apoiados). Se a reforma da Carta, tão reclamada pela Naçào, fosse proposta pelo illustre Deputado, havia de S. Ex.a ter por isso deste lado da Camará o mesmo tranco e sincero apoio ( /Jpoiados). Se nós o não déssemos, faltaríamos ao nosso dever, ao dever de honra, fal-tcriamos ao nosso Paiz e ú dignidade do Systema Representativo (Apoiados).

Tudo o mais que temos dado ao Governo, o que fcC ? De'mos os nossos agradecimentos ao Governo pelos esclarecimentos que introduziu, no Systema Eleitoral : no voto da Resposta ao Discurso da Coroa, lirnitarno-nos a significar o agradecimentos, c reconhecimento da Camará pelos melhoramentos que o Governo introduziu no Sy.stema Eleitoral, e a boa fé corri que o tinha levado á execução : eis o nosso voto. Expressámos que tinha-mos confiança neste Ministério, porque julgamos que elle pôde bem gerir os negócios públicos. A Camará será sempre justa, e nunca subserviente ( /Ipuiados).

Nós dissemos: quanto aos actos passados do Ministério havemos de examinal-os com imparcialidade e inteire/u ; quanto aos actos futuros havemos desejar muito concordar com as medidas que o Governo propuser á Camará. É iito o que podia dizer, é neste sentido o seu apoio. Nem podia ser d'oulro modo: uma Camará liberal e independente, não pôde dar urn apoio que seja adulador, parcial e subserviente (Apoiados). Seria um apoio deshonroso para quem o prestasse, e para quem o acceitasse

_

Se houver algum ponto em que desgraçadamente as nossas opiniões não se: conformem, a Camará liado fazer o seu dever f Apoiados) j o Ministério tem na sua mão os meios de remediar os inconvenientes que d'ahi possam resultar.

Desta maneira tenho explicado o meu pensamento, e .devo ler convencido o nobre Deputado de que 'elle- não f i justo para corn este lado da Camará, quando procurou achar contradicção no que realmente a não havia.

E não, Sr. Presidente, porque eu me envergonhe de me ter ufuitas ve/es contradicto. Quando estou monos {Ilustrado e lenho urna, opinião, e depois sigo outra, ha nisto uma contradicção; mas esta contradicção honra sempre o horncm que muda do opinião (Apoiados). Eu com 4-7 annos de idade, sou obrigado a ter mais experiência e a saber mais do que quando tinha 20 annos; o tempo não devo passar em vão por cima de um homem publico. Se não se pôde mudar de opinião, então não serve de nada a discussão (Apoiados).

Com°esla explicação, pois, cuido ter satisfeito o nobre Deputado. (O Sr. Ávila: — Apoiado).

J\. li. O Sr. Deputado não viu este discurso.

Houve-se a matéria por discutida — E pondo-se logo á votação o

Parecer da Commissâo — foi approvado.

O Sr. Ferrer (Para explicações): — Visto que o nobre Deputado daquelle lado nu: poz em discussão, espero que a Camará tenha para comigo a benevolência de prestar-me attenção por alguns minutos. intendi) que u minha insignificante pessoa não valia V 01.. :!."— M A isco— 1852.

a pena de ser discutida, nem agora tomar, tempo « Camará: entretanto aind;» que os homens públicos não valham tanto como o nobre Deputado, porque os seus conhecimentos já lhe tem oblido situações rnais elevadas do que aquellas a que eu tenho chegado, comtudo os rnais pequenos lêem obrigação de pugnar pelo seu bom nome, sendo nesse pequeno nome que eu faço consistir Ioda a minha fortuna.

'Eu não julgava que fosse necessário apresentar um programma da minha Política, principalmente na situação obscura em que estou collocado; entretanto visto que fui chamado a este campo, fal-o-hei com franqueza e lealdade — Um homem que lem consumido a sua vida r»*um ramo dos estudos — o do Direito' Publico Universal e Politico—já se vê quo lem princípios muito absolutos, e convicções muito profundas: um homem nestas circumstancias não e fácil classifica-lo .nesta ou naquella fracção de um Partido; porque as opiniões dos homens, o modo de ver as cousas, os sentimentos do seu coração e a reflexão do seu espirito, mudam, de homens para homens, como as fisionomias. Muitas vexes prestando altenção ás questões que se ventilam nesta Cumaru, parece-me- que a razão está do lado E»querclo, e outras vezes que está do lado Direito. E eis-aqui porque não dou direito a ninguém para me arrumar para qualquer lado da Camará.

Já que fallei deste modo a meu respeito, direi mais — Por vezes tenho procurado estudar a Política dos diíferentes lados da Camará ; sendo na verdade a que merece maior analyse a dos extremos, porque conhecida esta, fácil será conhecer a do centro. E quer V. Ex.a saber para que ? Para saber aonde me hei de collocar : pois declaro que ainda a não pude conhecei bem. Eu esperava ver apresentar ao lado Esquerdo da Camará, opiniões muito diversas rlaquellasque' lêem sido sustentadas ; mas na verdade tem apresentado as opiniões mais moderadas, mais racionaes, o mais filosóficas, nas questões que Icem aqui sido ventiladas, que podia apresentar: honra Ih'1 seja feita nesta pa'ile: ppre'iii aquelle lado da Câmara (apontando para o lado Direito) não o comprchendo, c muito menos o illuslrc Depuladn-que me poz em discussão. Quando esta Camará toda, pelo menos o lado Esquerdo e Centro, procura vir a vias de conciliação, quer sustentar uma Política de moderação e tolerância, e quer, para asr-im dizer, fundir a Representação Nacional quanto for possível, n'urn só pensamento, é nessa occasiân que aquelle lado diz — Que quer definir a sua situação.—J E não levo. a mal qutr aquelle lado da Cornara (pieira definir a sua situação; mas o que não comprehendo, e o modo comi . Por ora ninda o não vi drtcnninar ti sua Política; apenas se manifestou um pouco rnais claramente sobre b artigo da Carta que estabelece o pmc«*«<_ daqui='daqui' governo='governo' do='do' pelo='pelo' mais='mais' camará.='camará.' apresentado='apresentado' avança-='avança-' aquelle='aquelle' de-vem='de-vem' um='um' conservadores='conservadores' tirar='tirar' vir='vir' contentou='contentou' ttsquerdo='ttsquerdo' em='em' passar='passar' idcas='idcas' ao='ao' acto='acto' apresenta='apresenta' aquelles='aquelles' _.riso..='_.riso..' política='política' direito='direito' sua='sua' que='que' foi='foi' senhores='senhores' addicional='addicional' uma='uma' devem='devem' amplo='amplo' se='se' disse='disse' apontando='apontando' para='para' outro='outro' camará='camará' ordinário='ordinário' queria='queria' deve='deve' ora='ora' _='_' amplas='amplas' tag0:_='_:_' a='a' de-prin-.cipios='de-prin-.cipios' quer='quer' os='os' e='e' assim='assim' conclusão='conclusão' o='o' p='p' lado='lado' moderados='moderados' occupar='occupar' lodavia='lodavia' quem='quem' reforma='reforma' da='da' esquerdo='esquerdo' quanto='quanto' xmlns:tag0='urn:x-prefix:_'>