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as instituições regulares não podiam existir simultaneamente com o systema representativo. As ordens regulares deixaram de existir em Portug-al e nunca mais surgirão, (apoiados) Nào falíamos dos homens, os regulares eram bons ou rnáos, como o são os indivíduos das outra* classes, não era dos homens, que vinha o mal, o vicio eia das instituições. Entro os regulares havia muitos homens respeitáveis por suas virtudes e sabedoria , e muitos homens verdadeiramente livres, que a despeito das instituições a que se haviam ligado, souberam e poderá m elevar-so acima dos obstáculos que os estorvavam. Ilepito pois, nada de recriminações, a questão das orrfetis regulares está decidida-,-acabaram e não v.ltacn mais, (apoiados)

Sr. Presidente, ostá em discussão o art. 5." do projecto dos seminários , que foi desta para a outra Casa do Parlamento, e foi ali alterado, mudando-se o verbo serão imperativo e positivo, no verbo poderão simplesmente permissivo ou facultativo. Presando-me de homem de boa fé', c por tal me honra n Camará e rne reconhece, cumpre lembrar a V Ex.*, e á mesma Camará, o que sobre a questão do* seminários aconteceu na Commissão de instrucção publica , na discussão sobre essa lei, e na sobre 03 seminários. Eu appello para a memória da Camará.

Quando se discutiu alei de instrucção publica na cornmissão respectiva , era a opinião de muitos dos meus illustres collegas que não houvesse seminários. Fortes, muito poderosas eram as razões que para isso allegavam e com que defendiam a sua opinião. Mas outros illuslres Deputados , não obstante essas razões , e nào entendendo que os prelados ordinários podessem ser privados, em uma nação, cuja religião e a catholica, apostólica, romana, do direito que tem, por instituição divina, de instruir os fieis, e com especialidade os que sê destinam ao serviço dos sanctos altares, esta Camará em sua sabedoria decidiu, que houvesse seminários. O pensamento da Camará foi e e' ainda hoje o seguinte: que todos os cidadãos tenham a instrucção primaria e secundaria nas aulas publicas da nação; e quo delias passem para os seminários, os que se destinam ao estado ecclesiastico a fim de aprender nelles as disciplinas ecclesiastictís , e que esles estudos, este ensino ecclesiastico em quanto directa e io>medialame'nte debaixo da jurisdicçâo dos bispos, o Governo tivesse a suprema inspecção e vigilância, corno lhe cabe, não para que o Governo ensine, ou faça ensinar asdi:»ciplinas ecclesiasticas ; mas pnra que observe e faça observar a maneira porque os alumnos são educados, instruídos, e para que veja, se o que se lhes ensina e' contrario ao direito publico da nação, e á tranquilidade gerai, próxima ou remota.

Quiz, a Camará, que os alumnos, que se destinam ao estado ecclesiastico estudassem dês da infância ate' que entrassem nas disciplinas propriamente religiosas nas aula* publicas da nação, paia que não tenhamos no estudo primário e secundário classes separadas, que se olhern com desconfiança, porque todas devem caminhar ao mesmo fim, que e'a felicidade fsòtore aterra, e ri felicidade na vida futura. Sr. Presidente o nosso clero hoje, com algumas, muito importantes e honrosas excepções, que se acham não só nus duas Camarás do Parlamento, SESSÃO *.°gÒ.

mas lá fora , ou teve a sua educação no tempo do absolutismo, e atterrado com os princípios liberaes, com os direitos dos povos, com o Governo repre-rentalivo, não podem amoldar-se a este systema, declaram-lhes guerra, resistem-lhe ou pelo merros olham os constilucionaes com certo horror; ou foi educado e instruído no meio das revolucçôes e da effervescencia das idéas liberaes, e parece dar a esses objelos mais attenção e cuidado, e não appare-cem no exercício das funcçôes do saneio ministe» rio, com a gravidade que, a religião e o povo por-tuguez exigem.

É preciso pois que tenhamos um clero bem educado e instruído, que por seus exemplos e doutrina dê e ensine a dar a Deos o que a Oeos e á religião pertence, aos poderes políticos, á nação c to povo o que de direito lhes pertence, obedecendo e fazendo obedecer ás leis e ás nuctoridade» por dever da consciência , corno a saneia religião manda. Firme nestes princípios, fiel a meus empenhos, amigo da minha pátria e da religião, eu partilho com os meus illuslres collegas de arnbos os lados da Camará o receio de que se abuse da instrucçâo do clero, e nunca concorrerei para que á idade a provir se deixe um legado subversivo de um clero corrompido na sua instrucçào, e que olhe com horror o systema, porque se rege Portugal. Eu sustentei os seminários, e a Camará ern sua sabedoria decidiu que os houvesse. Negsa discussão eu fui ameaçado por dois illustres Deputados, um que já estava na-quelle lado da Cambra, o Sr. Garrelt, e outro que hoje está na opposçào, de qne eu se ia victirna do meu empenho em sustentar os seminários; porque com elles viriam a nó* o* regulares.