O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

( 396 )

NGJamara e verdade; os bandidos da Serra'do Algarve , tem não só infestado o Distncto de Beja, como também alguns outros; e elles teco augmentado «m numero desde certo tempo a esta parle. — Aqui foi lia pouco encontrado uni indivíduo Kitrangoiio bein conhecido na historia das nossas contendas com 'o Usurpador, e deste indivíduo tem o Governo motivo para desconfiar; porque tendo sido rToutra oc-> easião mandado sair de Portugal, agora veiu aqui pecúlio, e nào veiu aqui para visitar uma Senhora doente, corno disse nas perguntas, que se lhe fizeram ; outro motivo ^lâo pôde de-xar de ter motivado a sua vinda deGibraltar a Portugal; porquedes-"de (pouco mais au menoscombmodo o tempo.) a sua paiuda d'alli Até asna chegada a Lisboa, um maior movimento se notou nos bandidos do Algarve, e Alern-Tejo; o Governo não deixou de tirar por m-clucção que rima nova força tinham ganho esses chamados Guerrilhas, os quafs ate alh só se empregaram em roubos, e depredações, e desde então com effeito tomou essa Guerrilha uma espécie de organi-saçâo, e meios de se coi responderem ; porque quando o» Guerrilhas tem determinadoapparecer em um ponto, para alli fazerem algum roubo; nota-se que appareceui igualmente em differentes Jogares; e isto juíga-se que e para fazerem desviar as forças, que os possam atacar. O Governo, logo que soube deste facto, tomou as medidas todas que estavam na esfera das suas otlribuições, medidas que elíe crê efficazes.

Quanto ao plano mandado d*Administração Geral de Beja, o Governo entendeu que algumas das medidas alli consignadas eram até certo ponto boas, mas qae as outras nào produziriam o resultado que o Governo queria, ,e que se âe pozesàe-m em e fiei Io teriam graves inconvenientes.

O Governo determinou que a força militar estivesse n'uma constante correspondência entre a» Divisões Militares, e osDistrictos, mas 'talve/ que esta simullamedade de medidas nau possa ser tuina-da senão em certo tempo, isto e, depois,de SP fazer uma combinação para este tim» A torça militar, e a que, pôde dar garantias maioria pars a*-xfincçuo dos Guerrilhas, e para isso c preciso que as combinações sejam feilas de modo, que não deixe») nada fora de duvida; ellau ainda não podem apresentar um resultado, porque realmente desde o dia que tatás medidas foram determinadas ate' hoje, nào tem decouido tempo bastante, para as pôr em pratica, e ter" logar um movimento hiuiultuneor

Por tanto, eu posso assegurar ao Sr. Deputado e á Can.ara, que o Governo nào perdeu um ió momento em tomar todas as providencia* pnsáiveib, para obstar aos inconvenientes que se apresentaram. —-Ora o Governo não só lera tomado as suas medidas a respeito dos Guerrilhas, como também a respeito do indivíduo, que ainda agora faltei; elle apesar do disfarce com que aqui entrou, apesar do disfarce com que andava, e apesar de estar occulto n'uma cata, não pôde com tudo escapar á vigilância daa pesqus/as do Governo; posso dizer á Camará que este indivíduo está boje debaixo das vistas do Governo.

Por consequência concluindo, direi , que o Governo tem tomado todas as medidas que julga cor/-, venientes, e que contmuaia a tomar Iodas as que dever tomar, ç espero dentro em pouco ler a

facão de apresentar á Camará o bom resultado das uiedidas que o Governo tomou ; não digo que com elias s c alcance a extincçãó dos Guerrilhas, mas sirn uma perseguição continua que de ceito os ha de fa-yer dispersar. — Espero que a Camará não julgue o Goveino pouco zeloso neste negocio; elle leuj sido zeloso, e coirtinwara a !>ê-lo para impedir que continuem u»dus estes males. (Apoiados.)

O Sr. /. A. de Campos: — Sr. Presidente, eu não quero tomar tempo á Camará; não quero, nem tenho desejo de sobre este negocio fazer opposição ao Governo í o que eu desejo é tão só, e unicamente satisfazer, e dar andamento a um negocio que me foi coojnietlido pela Camará Municipal de Tavira: por esta Cambra me foi remeltida urna Representação, que vt-m acompanhada d'um relatório, no qual estão mencionados todos os casos, que alli tem tido logar, occasionados pelos Guerrilhas. Ahi se diz que têem roubado os Estanqueiros. , têem roubado cavallos, éguas, era fim têem cornmeltido toda a qualidade de atlentados. Ora eu não quero de modo algum (nem conheço as medidas que oGovernotem tomado) censurar as medidas que o Governo tem tomado; mas dizfr a Camará, que dppoi» das ultima? d.,claraçòes aqui feitas pelo Governo, p das medidas que tem tomado a esse respeito, ainda ellasnâo provaram nada, ainda não produziram., o resultado que se esperava.— Eu proponho, para dar andamento a este negocio, porque só pelo meio das in-terpellaçôes não se consegue, senão o nós satisfazermos o nosso desejo > que e fallar sobre este nrgocio, e nào pôde haver resultado algum ; eu proponho , digo, que esta Representação SP] a remettida ás duas Commiasòes de Administração Publica, e Guerra, para que ellas entre si venham a um accordo, afim de se proporem aquellas medidas que julgarem ac-certadas; sendo ouvidos todos osSrs. Deputados pelo Algarve, e Além-Tejo; (apoiados) e neste sentido faço o seguinte

REQUERIMENTO : — Requeiro que a Representação da Camará de Ta vira seja enviada, com urgência, ás Commtsíôes d'Administração Publica , B de Guerra, reunidas, a fim de que ouvindo o Governo tão pedindo os esclarecimentos que julgarem opporlu-nos, e proponham instantemente o que mais convier em beneficio da segurança publica^ noRfino do Algarve. — O Deputado pela Guarda, José Alexandre de Campos.

.As medidas que o Governo tem, e poderá tomar, serão muito boas; eu tenho toda a confiança nellas, porem entendo, que por este meio se poderá chegar a um resultado mais efficaz ; porque o Governo ha de ser ouvido, tile ha de mandar todos os esclarecimento» qje podem servir para il!u»tração da Camará. : o meu fim, e desejo, não é outro se»ão melhorar o estado daquelles. Povos. {*dpoiadas.) Eu confesso, Sr. Presidente, que me compungi.o bastante a leilura do relatório da Camará de Tavira, e to que ell;i aili diz e' realmente para affligir; porque considero quanto e' doloroso, cada um sião poder estar com socego na sua casa ; estar constante-mente sujeito a uma perseguição tena