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Diário das Sessões ao Senado

onze anos desterrada, deixa-a ficar na metrópole. . •

E isto traz todos os inconvenientes:

A quebra do lar, a família fica aqui em péssimas condições e o funcionário anda aborrecido, se está doente não tem os carinhos da família, desleixa-se e não desempenha o seu serviço com o zelo e •dedicação que seria para desejar. Depois vem a colonização de mestiças, a pior de todas.

£Ê isto o que o Sr.. Ministro das Colónias deseja? Não- é.

O alto espírito de S. Ex.a não o pode querer.

', S. Ex.a já disse que isto é apenas uma medida transitória, e> se se conservar durante algum tempo naquelas cadeiras, ré-' vogará este diploma. .-

Portanto, o princípio que eu defendo-é •o bom princípio, S. Ex.a o confirma, visto -que se propõe -revogar esta odiosa lei transitória de circunstância, assim que o possa fazer, muito em breve, como é de •esperar.

E, com esta afirmativa vai o meu desejo de que S. Ex.a continue 'o mais tempo possível na sua pasta e que bem depressa consiga realizar a sua aspiração, no caso sujeito que é também a minha.

O Sr. Medeiros Franco:—Pedi a pala-~vra para agradecer as expressões amáveis que me dirigiram os ilustres Senadores Srs. Augusto Monteiro e Augusto •de Vasconcelos.

S. Ex.as quiseram ser para a minha modéstia de uma generosidade e de uma .gentileza que muito me comoveram e que são por certo determinadas mais pelo pou-•co de simpatia que lhes mereço do qne pelo valor que me atribuem.

N^ão apoiados. ~

Mas, nem por isso essas palavras extremamente lisonjeiras deixam de gerar no meu espírito o melhor e o mais rendido agradecimento.

O Sr. José Pontes-:-*-Por intermédio •dos meus camaradas de imprensa, que Iam solícita e inteligentemente acompanham os trabalhos desta Câmara, acabo de receber uma triste notícia. No campo de Alverca foram vítimas de um desastre de aviação dois dos oficiais mais estima-

dos daquela- arrua, o tenente Brito e o capitão Castro e Silvai

Apresentando um voto de sentido pesar-pela perda desses 'bravos rapazes, aproveito a ocasião para repetir as consk derações que a Câmara julgou criteriosas, quando se deu um outro desastre de aviação. É que ó nosso exército não deve confiar única ' e exclusivamente nacjuele espírito de - aventura e dê audácia tradicional na gente portuguesa, mas que deve acautelar a sua vida que tam preciosa ó pára a Pátria.

Não se.pode ir para a aventura do ar, passe o termo,' contando-apenas com a audácia e o arrojo. É preciso saber sé os aparelhos oferecem as necessárias condições de segurança, e é preciso quê haja uma fiscalização eficaz. " •

Apresentando sentidamente: ó meu voto de pesar, 'não quero insistir naquelas palavras que pronunciei quando se deu o último desastre de aviarão, porque elas são dolorosas para a organização dos serviços de aviação em Portugal.

O Sr. Augusto de Vasconcelos: —Sr. Presidente: associo-me às sentidas palavras do Sr. José Pontes, lamentando a perda que acaba de sofrer o exército pela morte de dois bravos oficiais aviadores.

±L/ realmente de íastimar que estes desastres se. repitam com tanta frequência, provando que o material empregado sofre de deficiências que nos estão saindo, muito caras porque nos fazem perder valores reais como são os dos bravos oficiais que nele se transportam.

Há que tomar imediatas medidas para evitar a repetição de factos destes que enlutam o país e que o privam de homens dedicados e trabalhadores brilhantes.

Sr. Presidente: associo-me, repito, às palavras do Sr. José Eontes e ao voto de sentimento que o Senado certamente quererá inscrever nas suas actas pela perda dos dois oficiais que acabam de ser vítimas em Alverca do desastre a que se referiu aquele Sr. Senador. •