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10 DE OUTUBRO DE 1975 1871

O Orador: - Vivemos um momento extremamente crítico do processo político--revolucionário encetado em 25 de Abril de 1974. A capacidade do Governo e do Conselho da Revolução para imporem o respeito pela ordem e pela legalidade democráticas terá de ser o pilar sólido que possa evitar o desmoronamento dos nobres ideais da Revolução de Abril.

Uma voz: - E o Cupertino de Miranda?

O Orador: - Urge robustecer essa capacidade e a firme determinação de criar as condições de paz, ordem, respeito pelos direitos cívicos, sem os quais o País estará mergulhado a curto prazo no abismo da contra-revolução.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Minorias contra-revolucionárias, . civis e militares, com revoltante desprezo pelos anseios e pela vontade expressa pelo povo português, procuram servir interesses partidários ...

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - ... dispostas a espezinhar o interesse e a vontade popular e provocar um confronto sangrento. A acção de tais minorias, impulsionadas e controladas fundamentalmente pelo Partido Comunista, ...

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - ... desenvolve-se fomentando a desordem nas ruas e nos quartéis, provocando e atacando manifestações pacíficas de cidadãos, ...

Uma voz: - Com pistolas!

O Orador: - ... dirigindo caluniosos e falsos ataques ao Partido Popular Democrático, grande força política imprescindível à realização em Portugal de um regime de tipo socialista em tranquilidade e em liberdade.

Vozes: - Muito bem!

Aplausos.

O Orador: - Ontem no Porto registaram-se graves acontecimentos.

Uma voz: - Disparaste a pistola ...

O Orador: - Uma minoria de contra-revolucionários, aliada a alguns soldados insoburdinados, agrediu à paulada, à pedrada e depois a tiro militantes do PPD, desarmados e pacíficos, ...

Vozes: - Coitados ...

O Orador. - ... que, às dezenas de milhares, manifestavam o seu apoio firme ao Comando da Região Militar e ao cumprimento do programa do VI Governo Provisório.
A firmeza dos milhares de manifestantes, que exigiam a identificação e punição dos, provocadores pseudoprogressistas, desencadeou uma reacção delinquente por parte destes, ao dispararem sobre forças da Polícia Militar que se encontravam no local, sem a menor provocação por parte destas.

A Sr.ª Hermenegilda Pereira (PCP): - Coitadinhos!

O Orador: - O Partido Comunista e organismos seus lacaios iniciaram imediatamente, com a cobertura de alguns órgãos de informação...

Vozes: - Fora! Fora! Mentira!

O Orador:-... que despudoradamente manipulam, apesar de pagos por todo o povo português, uma campanha de falsidades e insultos, destinada a confundir a opinião pública e a criar um clima insustentável ao VI Governo Provisório.

Vozes: - Muito bem!

Outras vozes: - Vocês são o motor da reacção.

Uma voz: - O PPD tem só a fama ...

O Orador: - Que ninguém se iluda.

Vozes: - Ninguém se ilude, não.

O Orador: - Que ninguém se iluda. A manifestação pacífica ...

Grande agitação.

O Sr. Presidente: - Pede-se a atenção.

O Orador: - Que ninguém se iluda. a manifestação pacífica do PPD do Porto...

Vozes: - Armada!

O Orador: - A manifestação pacífica do PPD do Porto forneceu a oportunidade para um ataque frontal ao VI Governo, do qual o povo espera, confiante, o encaminhamento de Portugal para um autêntico regime de progresso, justiça e democracia.

Vozes: - Muito bem!

Aplausos.

O Orador: - Neste ataque é visível a mão orientadora do Partido Comunista, a quem manifestamente interessa menos um regime de evolução pacífica e democrática para o socialismo, contrária à sua concepção totalitária das vanguardas revolucionárias, do que uma agudização violenta de tensões, mesmo pelo preço eventual do retorno ao fascismo.

Vozes: - Muito bem!

Aplausos.

O Orador: - O povo português está consciente desta táctica 'dúplice - um pé discreto no Governo, toda a sua força na rua a ataca-lo. O povo português está consciente desta táctica dúplice das cúpulas do