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16 | I Série - Número: 098 | 2 de Julho de 2009

um conjunto de indicadores de confiança a melhorar; quando temos notícias de que, nos Estados Unidos, a economia está a dar sinais de reanimação; quando constatamos que o sistema financeiro está a viver melhores tempos (em Portugal, neste momento, não temos problemas ao nível do sistema financeiro, como tínhamos há meia dúzia e meses atrás, com dificuldades de liquidez); quando temos taxas de juro que baixaram e spreads que têm baixado consecutivamente, desde o início do ano; quando temos indicadores, em Portugal, de que a confiança está a melhorar, o Sr. Deputado quer que eu diga aos portugueses: portugueses, isto está mau e vai ficar pior, porque os indicadores que melhoram indicam que vai piorar?!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Não, não é isso que eu quero!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Não, Sr. Deputado, não me peçam esse exercício de «realismo», porque isso não é realismo.
Sei o que preocupa as várias bancadas da oposição ao criticarem estas observações, quase num clamor: «Não, não! Por favor, não nos tirem a crise,»

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Engana-se!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — » porque a crise ç o cavalo que queremos cavalgar nesta demagogia e neste populismo de ataque ao Governo»!

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, é preciso apontar aos portugueses um caminho de esperança, mas com realismo. E, com certeza, não podemos esconder aos portugueses a dificuldade do momento que temos, que vamos ter ainda dificuldades, mas que há sinais positivos que apontam para o fim dessas dificuldades. É isto que temos de dizer aos portugueses. E temos a responsabilidade de o dizer! Quero tornar muito claro, Sr. Deputado, algo que já disse várias vezes, e que repito para que não haja dúvidas (porque gostam de me pôr na boca o que eu não digo): não defendo um aumento de impostos para corrigir a situação orçamental. Já o disse e digo-o aqui novamente.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Só perguntei!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Entendo, pois, que não deve haver aumento de impostos na saída da crise para resolvermos os problemas orçamentais que tenhamos pela frente.
Quanto à questão do fundo imobiliário, há já dois fundos com 400 casas que estão a operar no mercado. É a informação que posso dar-lhe, Sr. Deputado.
Sr. Deputado Honório Novo,»

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — E a COSEC?

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — » temos um dos sistemas de apoio ao desemprego que ç dos melhores da OCDE, como já aqui foi afirmado por várias vezes, e temos mecanismos de apoio aos portugueses que tenham o infortúnio de vir a estar, ou que estejam, numa situação de desemprego.

O Sr. Honório Novo (PCP): — E os 300 000 que nem sequer têm isso?!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — A propósito da pergunta que formulou sobre o comportamento do sistema financeiro, também devo dizer o seguinte: o Banco de Portugal tem responsabilidades sobre esta matéria, o Banco de Portugal tem de acompanhar a acção dos bancos neste domínio e tem de velar para que as regras e os contratos sejam cumpridos.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Também «lava as mãos»?