O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

29 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011

O Sr. Honório Novo (PCP): — Ah!

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — O Sr. Deputado Honório Novo sempre defendeu isso. Essa é uma questão que o PCP sempre defendeu e, portanto. há coerência.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Não tenha vergonha de o dizer!

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Mas nós também sabemos que o Partido Comunista é sempre coerente. E quando digo que é sempre coerente é no sentido de que, quando defende uma coisa, a defende até final.
Agora, com o Bloco de Esquerda não ç a primeira vez» Mesmo em relação a esta matçria do BPN, eu, que estava a ficar convencido de que aquilo que pretendiam era descobrir toda a verdade e saber o que se está a passar, quanto é que os contribuintes vão pagar, qual é o «buraco negro» do BPN por causa da sua administração actual, chego à conclusão de que assim não é, continuam a fazer campanha eleitoral e a querer saber algo que tem a ver com uma campanha eleitoral que decorre nesta altura.
Deixe-me que vos diga uma coisa, Sr. Deputado José Manuel Pureza e Srs. Deputados do Bloco de Esquerda: essa maneira de fazerem política, essa utilização do Parlamento para fazerem campanha eleitoral à custa de algo que vai ter uma gravidade enorme para todos nós, para todos os cidadãos, seja de que partido for, é algo que, para nós, não é aceitável.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Discutimos, hoje, duas iniciativas do Bloco de Esquerda, a saber, um projecto de lei, que se propõe alterar a lei-quadro das nacionalizações, e um projecto de resolução, que pretende recomendar ao Governo a definição de condições de transparência para a actuação pública na gestão do Banco Português de Negócios e para a decisão do seu futuro.
Estas duas iniciativas, cujas preocupações, de resto, Os Verdes acompanham de perto, procuram, por um lado, reforçar o indispensável interesse público no regime jurídico de apropriação pública por via da nacionalização e, por outro, impor a necessária transparência na gestão do BPN e na decisão relativamente ao seu futuro.
De facto, quando, há dois anos, o Governo do Partido Socialista procedeu à nacionalização do BPN ou, melhor, à privatização de muitos, muitos dinheiros públicos, tudo se passou como se não houvesse um interesse público a ponderar e a garantir. Não só a protecção do interesse dos contribuintes não foi salvaguardada como a dimensão dos riscos que, para os contribuintes, esta operação comportava não foi sequer avaliada. Os riscos não foram avaliados, apesar dos alertas, inclusivamente do alerta que constava do parecer da Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República.
Dois anos depois, os portugueses ainda não perceberam por que razão é que têm de ser eles, com os seus impostos, a pagar a irresponsabilidade de alguns.
Com toda a legitimidade, os portugueses interrogam-se sobre os motivos que os obrigam a proteger os interesses dos accionistas, que se decidiram por uma política que passou, inclusivamente, por crimes contra a economia do País.
Na verdade, o que o Governo fez foi obrigar os portugueses, através dos seus impostos, a proteger os interesses de banqueiros, que arrumaram com um banco em centenas de milhões de euros. Premiou-se a irresponsabilidade, o crime e a especulação com milhões e milhões de euros. O Governo premiou a gestão danosa, como que a dizer: avancem sem medo porque, enquanto houver lucros, continuam a reparti-los entre os accionistas e, quando for necessário, o Estado estará cá para repartir os prejuízos por todos os portugueses.
Trata-se de um processo que mostra bem que, para alguns, há sempre dinheiro aos milhões, nem que para isso seja necessário ir buscá-lo aos salários de quem trabalha, às reformas, às famílias com mais dificuldade ou aos beneficiários dos apoios sociais.

Páginas Relacionadas
Página 0007:
7 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 Pedro Filipe Gomes Soares Pedro Manuel
Pág.Página 7
Página 0008:
8 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 como tinha sido aprovado a requerimento do
Pág.Página 8
Página 0009:
9 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 Afirmou, então, o Bloco de Esquerda no Ple
Pág.Página 9
Página 0010:
10 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Sr. Preside
Pág.Página 10
Página 0011:
11 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 Um Bloco de Esquerda que, de resto, tem m
Pág.Página 11
Página 0012:
12 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 Olhe, Sr. Deputado, o que eu sei é que na
Pág.Página 12
Página 0013:
13 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 Vozes do PSD: — Muito bem! O Sr. M
Pág.Página 13
Página 0014:
14 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 Sabe porquê, Sr. Deputado? Porque eu não
Pág.Página 14
Página 0015:
15 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 Percebo a vergonha do PSD em toda esta ma
Pág.Página 15
Página 0016:
16 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 Ora, a responsabilidade limitada tem uma
Pág.Página 16
Página 0017:
17 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 O Sr. Presidente: — Também para pedir es
Pág.Página 17
Página 0018:
18 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): —
Pág.Página 18
Página 0019:
19 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 Foi também assim que actuámos quando exig
Pág.Página 19
Página 0020:
20 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muit
Pág.Página 20
Página 0021:
21 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 Vozes do CDS-PP: — Muito bem! O Sr
Pág.Página 21
Página 0022:
22 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 Vozes do CDS-PP: — Muito bem! O Sr
Pág.Página 22
Página 0023:
23 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 Registamos, assim, que, hoje, muitos mais
Pág.Página 23
Página 0024:
24 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 parte, como se sabe, do espólio da Comiss
Pág.Página 24
Página 0025:
25 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 digo-lhe, Sr. Deputado Francisco Louçã, q
Pág.Página 25
Página 0026:
26 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 É que já passaram mais de dois anos e nad
Pág.Página 26
Página 0027:
27 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 de 45000 milhões de euros para 3000 milhõ
Pág.Página 27
Página 0028:
28 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 Vejam bem, Srs. Deputados: como é possíve
Pág.Página 28
Página 0030:
30 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 Trata-se de um escândalo que, somado à re
Pág.Página 30
Página 0031:
31 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 contribuinte, é um valor superior ao ajus
Pág.Página 31
Página 0032:
32 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 Mas espanta ainda mais, pela cegueira sec
Pág.Página 32
Página 0033:
33 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Foi este o
Pág.Página 33
Página 0034:
34 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 O Bloco de Esquerda diz que os responsáve
Pág.Página 34
Página 0035:
35 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011 sempre, queremos mercados regulados, quer
Pág.Página 35