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33 | I Série - Número: 057 | 26 de Fevereiro de 2011

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Desculpem, mas isto é tão evidente que se impõe com clareza a qualquer espírito!

Risos do Deputado do CDS-PP Paulo Portas.

Por outro lado, esta redução não aconteceu apenas na Administração Pública, aconteceu também nas empresas públicas. Quando se fala dos grandes salários e os dois partidos à esquerda do PS — que espectáculo! — tentam falar dos salários apenas para promover a inveja social, não estão a dar um bom contributo à nossa sociedade. É inveja social o que os senhores têm no vosso espírito: «vamos falar disto, porque há-de haver alguém que se indignará!»

O Sr. Presidente: — Queira concluir.

O Sr. Primeiro-Ministro: — A verdade é que os salários dos gestores das empresas públicas foram reduzidos em 10%, tal como os nossos salários, no Governo, e julgo que também os salários dos Srs. Deputados. A isto chama-se agir com justiça, Sr. Deputado! Não pode ver estas coisas de outra forma.
É por isso, Sr. Deputado, que lamento muito mas não posso aceitar a sua crítica. O que fizemos neste Orçamento foi defender o País, mas defender com medidas que visam promover, com equidade, os esforços entre todos os portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, pode fazer o malabarismo que quiser, mas responda à questão concreta. O Governo cortou nas comparticipações na saúde 30 milhões de euros desde Janeiro; nas despesas com pessoal cortou 8,2%; no abono de família, 16,8%; no subsídio de desemprego, 6,6%; no rendimento social de inserção, 23,9%. Porém, quando chegamos à comparação com os lucros, essa sua dependência, esse seu silenciamento, essa sua forma de estar na política e a natureza dessa mesma política, que olha para os lucros fabulosos, escandalosos, autenticamente obscenos, tendo em conta as dificuldades que estão a exigir ao povo, o senhor silencia, não diz nada, por falta de coragem de desafiar esse poder económico que,»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — »num tempo de crise, num tempo de dificuldades, não pára de ver crescer os seus dividendos, os seus lucros, o que é uma ofensa para quem vive apenas do seu trabalho, da sua pensão e da sua reforma.
Não venha com essa de que também atingiu hoje classes médias. É verdade que atingiu, mas deixou sempre intocável quem mais tem e quem mais pode»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — »e isso marca a natureza de uma política, uma política de direita deste Governo do PS.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

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