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I SÉRIE — NÚMERO 79

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O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — A discussão que agora ouvi sobre se é turismo religioso, se é turismo

cultural… Olhando, por exemplo, para os Caminhos de Santiago, porventura, diria que é turismo religioso, mas

se fizer os Caminhos de Santiago, parar numa boa estalagem e fizer um grande almoço já é turismo

gastronómico!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Se estiver na montanha, os exemplos são vários: pode ser turismo de

montanha, turismo de natureza, turismo gastronómico, ou o que entenderem. Não deixa de ser, num chapéu

mais lato, como dizia bem a Sr.ª Deputada Ana Drago, algo que se mistura entre o religioso, a fé e a cultura. E

é bom lembrar que quase 75% do nosso património é religioso.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Portanto, o turismo é todo religioso!…

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Penso que é importante, e foi esse o espírito que presidiu ao projeto de

resolução que apresentámos, criar e reforçar a diversificação de oferta turística portuguesa em grandes linhas.

É por isso que o turismo de saúde abarca um conjunto vasto de matérias e o turismo religioso abarca não só a

vertente das romarias — como foi dito, e bem —, que tem, ela mesma, uma componente de religioso e outra

de profano. Além de que o turismo abre a possibilidade de haver uma requalificação urbana e do património,

devendo até haver uma política virada para a classificação de patrimónios mundiais. Sei que o Governo

prepara, por exemplo, juntamente com a Secretaria de Estado da Cultura, que os Caminhos de Santiago

possam vir a ser património mundial.

Portanto, isto significa algo muito simples, significa tentar fazer uma requalificação da oferta, conseguir

mais dormidas, mais rendimento per capita e mais visitantes, logo, mais-valias, mais economia e explorar todo

o potencial do turismo.

Obviamente, o turismo religioso não se fica por Fátima, é muito mais vasto, abrange quase todo o País.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — O Cristo Rei, em Almada!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — De facto, o turismo religioso não se fica, apenas e só, por determinadas

zonas do País, inclui os caminhos Marianos ou judaicos, com forte presença em todo o território nacional.

Portanto, esta parece-me ser uma aposta do Governo num setor que tem potencial. Gostava, pois, que

pudéssemos fazer esta discussão, não tentando «inventar a roda» nem querendo trazer a discussão de saber

quem descobriu um qualquer setor do turismo, mas olhando para as melhores práticas mundiais. E as

melhores práticas mundiais europeias dizem-nos que países como a Croácia, por exemplo, com dimensões

muito menores do que a nossa e com uma economia mais débil, conseguiram, através do tal turismo cultural e

religioso, um crescimento do turismo.

Protestos da Deputada do PS Hortense Martins.

Vejam o que acontece no México, em Lourdes, na Catalunha e em Santiago de Compostela! São zonas

turísticas que complementam, em muito, esta componente religiosa e que têm tido procura. Estes países têm

sido não só emissores como recetores, em grande dimensão, dos principais mercados que procuram este tipo

de produto.

Para nós, CDS, este é apenas um aspeto importante, que não resume todo o Plano Estratégico Nacional

do Turismo — não podia. Mas não queremos ficar, apenas e só, pelo Sol e o mar; não queremos ficar, apenas

e só, pelo turismo da saúde, outro setor que considero relevante, pois Portugal tem das melhores e maiores

termas da Europa, pelo que deve haver um grande incentivo nessa promoção. Portugal também tem na

gastronomia um potencial enorme, tem na sua paisagem um potencial enorme, tem um maior número de

horas de Sol, tem uma temperatura média e, obviamente, tem de tirar todo o proveito disso.

Querer encontrar em cada um desses setores uma marca perece-me excessivo. Temos de ficar nas

grandes marcas, nas marcas que são de «chapéu». Esperemos que, daqui a dois anos, possamos olhar para

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