O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

24 DE DEZEMBRO DE 2016

3

O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, Sr.as e Srs. Funcionários, Sr.as e Srs. Jornalistas, declaro aberta

a sessão.

Eram 10 horas e 5 minutos.

Peço aos Srs. Agentes da autoridade o favor de abrirem as galerias.

Vamos dar início à sessão com a apreciação da petição n.º 540/XII (4.ª) — Apresentada por Helena Pinto e

outros, solicitando que os responsáveis pela prática/tradição «queima do gato» sejam punidos e a tradição seja

abolida, conjuntamente, na generalidade, com o projeto de lei n.º 361/XIII (2.ª) — Altera a Lei n.º 92/95, de 12

de setembro, proibindo expressamente práticas gravemente lesivas da integridade física dos animais, como a

«queima do gato» e o tiro ao voo de aves libertadas de cativeiro com o único propósito de servirem de alvo

(PAN).

Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado André Silva.

O Sr. AndréSilva (PAN): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Saúdo os peticionários da iniciativa que

hoje se debate e que dá corpo à indignação pública relativa a uma prática que viola gravemente os direitos dos

animais, a «queima do gato».

Não temos dúvidas — esperamos não estar enganados — de que todos os representantes nesta Assembleia

eleitos pelos cidadãos concordarão com os peticionários, inscrevendo expressamente na lei a proibição destes

comportamentos.

Mas há outras práticas que perpetuam atentados contínuos à integridade física dos animais.

A prática do tiro ao voo, vulgarmente designada por «tiro ao pombo», apesar de proibida em vários países,

como Inglaterra, França ou Luxemburgo, é ainda considerada um desporto em Portugal. Esta prática consiste

na largada de pombos de cativeiro para que os participantes possam atirar ao alvo, o pombo que está a voar,

com o único objetivo de o matar. A pessoa que matar mais pombos é a vencedora.

Para esclarecimento sobre o que é o tiro ao voo, faço um resumo muito breve e esclarecedor: as aves criadas

em cativeiro são transportadas durante centenas ou milhares de quilómetros até ao local do evento e confinadas

dias a fio a jaulas sem entrada de luz e com carência de comida e água; momentos antes do evento são-lhes

retiradas as penas traseiras para que o seu voo seja dificultado; o primeiro momento em que estas aves

conhecem a liberdade é também aquele em que lhes é tirada a vida. A maior parte dos animais não tem morte

imediata, ficando a agonizar, com hemorragias internas e lesões várias, até ao momento em que finalmente

morrem, demorando isso o tempo que demorar. Numa prova de tiro ao voo são mortos até 5000 animais para

divertimento de uma dúzia de pessoas.

Trata-se de uma violência injustificada contra os animais que não corresponde à nobreza e à saúde física e

mental que se associa à prática desportiva.

Estas práticas são a expressão da barbárie e de um total desrespeito pela integridade física dos animais e,

mesmo apesar da sua bestialidade evidente, devido ou a uma omissão legal ou à pouca vontade das entidades

fiscalizadoras ou judiciais, são a realidade que podemos e devemos hoje mudar.

Sr.as e Srs. Deputados, já dizia o poeta que era urgente chamar o amor e destruir o ódio e a crueldade, que

era urgente convocar a alegria e semear searas de esperança!

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. AndréSilva (PAN): — Que estes dias sejam um momento de reflexão sobre a forma como nos

relacionamos com os outros e que no Dia de Reis possamos aqui, juntos, elevar a condição da dignidade

humana.

Aplausos do BE e de Deputados do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Silvano.

Páginas Relacionadas
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 33 4 O Sr. JoséSilvano (PSD): — Sr. Presidente, Sr.a
Pág.Página 4
Página 0005:
24 DE DEZEMBRO DE 2016 5 O combate aos maus-tratos a animais é uma exigência de civ
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 33 6 A questão em concreto foi tratada nos tribunais
Pág.Página 6
Página 0007:
24 DE DEZEMBRO DE 2016 7 os direitos comuns à água e à propriedade pública da água
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 33 8 O contexto legislativo alterou-se e hoje não de
Pág.Página 8
Página 0009:
24 DE DEZEMBRO DE 2016 9 âmbito da tarifa social para o setor da água, de modo a qu
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 33 10 Posso referir aqui várias dificuldades. A sabe
Pág.Página 10
Página 0011:
24 DE DEZEMBRO DE 2016 11 O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, peço-lhe que continue a
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 33 12 necessariamente com o interesse público». Conc
Pág.Página 12
Página 0013:
24 DE DEZEMBRO DE 2016 13 A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Aquilo que pretend
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 33 14 A Sr.ª Secretária (Emília Santos): — Sr. Presi
Pág.Página 14
Página 0015:
24 DE DEZEMBRO DE 2016 15 O Sr. Luís Graça (PS): — Sr. Presidente e Sr.as e Srs. De
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 33 16 que se querem apropriar de uma riqueza que é d
Pág.Página 16
Página 0017:
24 DE DEZEMBRO DE 2016 17 A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 33 18 direito de as famílias escolherem qualquer out
Pág.Página 18
Página 0019:
24 DE DEZEMBRO DE 2016 19 Sr.as e Srs. Deputados, tal como sempre assumimos, em con
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 33 20 Ninguém tem liberdade se é obrigado a aceitar
Pág.Página 20
Página 0021:
24 DE DEZEMBRO DE 2016 21 A Sr.ª Ana Virgínia Pereira (PCP): — A educação é um elem
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 33 22 as crianças e jovens a essa educação de excelê
Pág.Página 22
Página 0023:
24 DE DEZEMBRO DE 2016 23 O Sr. Presidente: — Para uma segunda intervenção,
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 33 24 O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputa
Pág.Página 24
Página 0025:
24 DE DEZEMBRO DE 2016 25 escola pública, promover o sucesso escolar e tornar os ór
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 33 26 Sr. Presidente, Srs. Peticionários: O PS não c
Pág.Página 26
Página 0027:
24 DE DEZEMBRO DE 2016 27 O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 33 28 A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Até na qu
Pág.Página 28
Página 0029:
24 DE DEZEMBRO DE 2016 29 aplicadas as mesmas normas que se aplicam no ensino públi
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 33 30 isso que tivemos os resultados que tivemos no
Pág.Página 30
Página 0031:
24 DE DEZEMBRO DE 2016 31 Protestos do PSD. Mais: tiveram oportunidad
Pág.Página 31