O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

28 DE JUNHO DE 2019

7

de Saúde do Norte), que faz referência a março de 2019? Diz que a parceria público-privada de Braga é o pior

hospital da região Norte no que toca ao acesso à saúde.

Protestos da Deputada do PSD Conceição Bessa Ruão.

Diz, ainda, que 42% dos casos considerados muito prioritários são atendidos fora dos prazos máximos, 29%

dos casos considerados prioritários são atendidos fora dos prazos máximos, 35% dos casos considerados

normais são atendidos fora dos prazos máximos, e por aí adiante. Acima da média de todos os hospitais públicos

da região Norte.

O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — Isso é mentira! Não significa isso!

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Por isso, não sei se esta negociação entre o PSD e o PS se cinge apenas a

esta ideia de proteger as parcerias público-privadas, de proteger os grupos económicos que estão por detrás

delas ou se se cinge a algo mais.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, para sintetizar, a pergunta é a seguinte: afinal, o que espera o PSD

do Partido Socialista e que negociação é esta que está a ter com o Partido Socialista para salvar as parcerias

público-privadas? Se, efetivamente, aquilo que une o PSD e o PS são apenas as parcerias público-privadas,

pergunto o que é que está aqui em cima da mesa. É um negócio, apenas? É um negócio que, no final da

Legislatura, veio unir estes dois partidos? O que é, Sr. Deputado? Elucide a Câmara sobre este assunto.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Queria apenas dar conta à Câmara de que, entretanto, houve

uma pequena alteração. Houve mais inscrições de Srs. Deputados para pedir esclarecimentos ao Sr. Deputado

Ricardo Baptista Leite, passando de cinco para nove, pelo que o Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata

deu indicações à Mesa no sentido de o Sr. Deputado responder por grupos de três, o que, como é evidente, a

Mesa aceitou.

Portanto, em vez de dar já a palavra ao Sr. Deputado Ricardo Baptista Leite para responder aos dois

primeiros Deputados, como inicialmente eu tinha referido, vou dar a palavra à Sr.ª Deputada Galriça Neto, do

CDS-PP, para pedir esclarecimentos.

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, queria felicitar o PSD por

voltarmos a debater o tema da saúde, mas, infelizmente, e lamento-o profundamente, acontece pelas piores

razões.

O Sr. Deputado traçou um retrato que é doloroso e penoso de ouvir. É, sobretudo, doloroso para os

portugueses que, em cada dia, não têm acesso atempado aos cuidados de saúde de qualidade; em cada dia,

veem os seus tratamentos e o follow-up da sua situação oncológica atrasados; em cada dia, têm atrasos nas

cirurgias; em cada dia, não veem, por parte deste Governo, uma prioridade efetiva aos cuidados de saúde, uma

prioridade efetiva ao bem-estar e às condições de trabalho dos profissionais, nomeadamente dos profissionais

do SNS, que este Governo tem destratado e que, com grande paciência e resiliência, têm sabido andar para a

frente. De qualquer forma, está à vista a conflituosidade que se tem arrastado, por inépcia e incompetência deste

Governo, ao longo de toda a Legislatura.

Poderíamos questioná-lo sobre um conjunto enorme de situações, porque a preocupação é grande, a

incompetência do Governo é ainda maior e estão a descoberto um conjunto de áreas muito, muito,

problemáticas.

O CDS tem falado, desde sempre, da questão dos doentes frágeis e vulneráveis, nomeadamente daqueles

que podem estar em situação de doença crónica e de doença terminal, em fim de vida, que deveriam merecer

outro tipo de atenção por parte deste Governo. Mas não! Precisamente porque se referiu aos cuidados

continuados, gostava que nos ajudasse a clarificar, de alguma forma, se é efetiva prioridade aos cuidados

continuados, como ainda agora disse o Sr. Deputado do Partido Socialista, ter uma lista de espera de mais de

1500 pessoas para estas unidades.