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87 | II Série A - Número: 025 | 30 de Outubro de 2014

embora com evolução diferenciada entre os Estados-membros, esperando-se um crescimento mais forte do Reino Unido, Suécia, de alguns países do Centro e Leste da Europa e dos Países Bálticos, e mais fraco para o conjunto da área do euro.
Este crescimento manifesta, ainda, um abrandamento face à década de 2000, refletindo políticas económicas menos expansionistas fruto das correções de estrangulamentos estruturais e de desequilíbrios internos e externos, bem como de alguns riscos geopolíticos em alguns desses países.
As perspetivas económicas mundiais apresentam um nível de incerteza elevado a si associadas. O aumento das tensões geopolíticas na Rússia, a imposição de sanções por parte dos EUA e da União Europeia (UE), do embargo desse país às importações de determinados produtos alimentares da área euro e dos países que impuserem sanções, podem afetar a recuperação do crescimento económico mundial. Também os conflitos geopolíticos existentes nos países principais produtores de petróleo (Iraque, Líbia, Ucrânia e Rússia) poderão provocar perturbações na oferta de petróleo e alterar os preços, no sentido da subida, contrariando a actual tendência descendente.
No caso da zona Euro, assistiu-se em 2014 a uma diminuição dos riscos financeiros associados às dívidas soberanas, resultante de medidas convencionais e não convencionais de cedência de liquidez mediante a aquisição de ativos do sector privado não financeiro, por parte do Banco Central Europeu (BCE), evitando a escassez de financiamento das diferentes economias, mas também os progressos conseguidos na construção da União bancária (Mecanismos Únicos de Supervisão e de Resolução).
No entanto, o crédito concedido ao sector privado da economia da área euro, embora apresente uma melhoria ao longo de 2014, continua a evoluir negativamente, tendo a contração dos empréstimos concedidos às empresas não financeiras e às famílias diminuído na área do euro no conjunto dos sete primeiros meses de 2014.
O PIB G20 cresceu 3,3% no 1.º Semestre de 2014 em termos homólogos, à semelhança do que aconteceu no semestre anterior. O PIB da área do euro aumentou 0,9% em termos homólogos reais (0,1% no 2.º Semestre de 2013), associado à recuperação da procura interna e à melhoria das exportações.
O mercado de trabalho melhorou, tendo o emprego crescido, em média, 0,2% em termos homólogos, invertendo a quebra registada nos dois últimos anos. A taxa de desemprego média da área euro desceu para 11,5% em agosto (12,0% em média, em 2013). Refere-se que se regista uma perda do dinamismo da economia da área do euro, à qual poderá não ser alheio o acréscimo de riscos geopolíticos, determinando uma deterioração da confiança das empresas e dos consumidores da área do euro, bem como a interrupção da evolução ascendente dos respetivos indicadores, desde o início de 2013 até meados de 2014.
Em 2014 prevê-se que a taxa de inflação aumente ligeiramente na generalidade das economias avançadas para 1,6% (1,4% em 2013); enquanto deverá diminuir para 5,6% (5,9% em 2013) para o conjunto dos países emergentes e em desenvolvimento, sendo de assinalar a continuação de taxas elevadas em alguns países da América Latina, da Ásia e Rússia.
Na área do euro, a taxa de inflação média deve diminuir 0,5% em 2014 (1,3% em 2013) em linha com a evolução da atividade económica, de descida dos preços nas matérias-primas energéticas e alimentares e da apreciação do euro face ao dólar.
Tal como em 2013, a generalidade das economias avançadas manteve uma baixa taxa de utilização da capacidade produtiva, contendo as pressões inflacionistas, determinando para a generalidade dos países, em especial da zona do euro, uma política monetária acomodatícia em 2014.
Até ao início de outubro de 2014, os Bancos Centrais do Reino Unido, dos EUA e do Japão mantiveram as taxas de juro diretoras ao nível do final de 2009, próximas de zero. Em junho e setembro do 2014, o Concelho do BCE decidiu reduzir a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento em 20 p.p. (para 0,05%), a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez em 45 p.b. (para 0,30%) e a taxa aplicável à facilidade permanente de depósito em 20 p.b. para um valor negativo (para -20%), valores historicamente baixos.
A Reserva Federal dos EUA, tal como o Conselho do BCE, reiteraram a expectativa de manutenção das taxas de juro oficiais nos níveis atuais durante um período de tempo alargado, tendo em conta o baixo crescimento da economia real da área do euro, os progressos ainda insuficientes no mercado de trabalho e a contenção da dinâmica monetária, sem pressões inflacionistas significativas.
É de salientar que, no início de setembro, o Conselho do BCE decidiu iniciar a aquisição de ativos de sector privado não financeiro (instrumentos de dívida titularizada), no sentido de facilitar o aumento de novos fluxos de crédito à economia e também adquirir uma carteira abrangente de obrigações hipotecárias e obrigações sobre o sector público (covered bonds), denominadas em euros e emitidas por instituições financeiras

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