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O Sr. Prof. Dr. Eng.º José Cavalheiro: — Já agora, já não como

técnico, mas como quem acompanhou o processo nas anteriores Comissões

de Inquérito, gostava de dizer que, a certa altura do processo, julgo que no

Tribunal de Instrução Criminal de Loures, falou-se na existência de um

hipotético relatório dos serviços secretos franceses que poderia estar

relacionado com a questão da venda de amas e que estaria na posse do

Ministro Amaro da Costa.

Lembro-me de, na altura, e já lá vão muitos anos, ter perguntado ao

Deputado Pedro Roseta, que pertencia a uma dessas comissões, por que é

que não se fazia uma diligência muito simples, que era a seguinte: se existia

um relatório dos serviços secretos franceses e se havia um vestígio, que era

um fragmento queimado escrito em francês, recolhido de entre os fragmentos

recolhidos, por que é que a Assembleia da República não pedia aos serviços

secretos franceses uma segunda via do dito relatório, se é que ele existia?

Não sei se, até hoje, alguém fez esta diligência, mas deixo aqui a

pergunta.

O Sr. Presidente (Pedro Lynce): — Os Srs. Deputados decidirão se,

eventualmente, aceitarão, ou não, essa sugestão, e, depois, teremos de tirar

conclusões.

Tem a Palavra o Sr. Eng.º Nuno Cerqueira.

O Sr. Eng.º Nuno Cerqueira (Representante dos Familiares de Sá

Carneiro): — A resposta à minha pergunta é de «sim» ou «não».

É possível o rebentamento de uma granada, não de uma granada

ofensiva, que faria menos estragos do que os provocados por uma granada

defensiva, como é óbvio, como todos sabemos infelizmente, mas de uma

granada exclusivamente de fósforo, ser compatível com todas as análises e

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