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(i-âo )
crupulo em o tornar cíãro a to'daò as inteligências i e esta a minha opinião, faça a Camará o que quizer.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra p Sr. Ministro da Fazenda, para uma explicação.
O Sr. J. da Silva Carvalho: —Mas eu tinha-a pedido para um requerimento.
O Sr. Presidente : — E' costume dar-se a pdavra aos Sis. Ministros antes da votação, quando a pedem para uma explicação.
O Sr. Ministro da Fazenda: — Eu entendo que não pôde dar-se a observação que o Sr. Deputado Seabra-acabou de mencionar, porque para os géneros que vierem pelo Rio Douro abaixo serem nacionalisr-dos, e sabirem livres de direitos, é neces-saiio que paguem o direito de consumo, seto o que não são nacionalisados. Todos os geneios naciona-lisados suppoem-se terem pago direitos de consumo, e nVèse caso, pelas nossas Leis, tem uma exportação hvie: por consequência , parece-me que não pôde ha\er duvida alguma, e ate assento que será desnccessaiio o addilamento lembrado pelo Sr. Deputado que o apresentou.
O Sr. Silva Carvalho : — Eu não queria pedir a V. E\.tt que consultasse a Camará se a matéria estava discutida ; o meu Requerimento tendia a outra cousa, e depois d'clle deffirido, o Sr. Ministro da Fazenda podia explicar-se; nem eu havia de ser tão docortèz que depois d'um Ministro da Coroa per-tender dar urna explicação, eu o quize^se inlnbir d'isso: o que eu qnena pedir a V. t£x a era, que consultasse a Camará sobre se entendia que se devia psorogar esta Sessão até que se discutisse esta matei ia. a matéria é muito importante, e eu entendo mesmo que a Camará ainda não está habilitada para poder decidir: poitanto, o que peço a V. E<_.a que='que' a='a' e='e' proiogar='proiogar' p='p' sobre='sobre' consulte='consulte' discuta='discuta' se='se' ate='ate' camará='camará' matéria.='matéria.' sessão='sessão' deve='deve'>
O Sr. J. A. d"e Magalhães: — Eu quero op-pôr-me a que se prorogue ã Sessão; esta duvida proposta pelo Sr. Deputado Seabra e de muita transcendência ; é preciso meditar sobre ella ; é preciso combina-la Com o Regulamento que oindà ha pouco passou : então eu requeiro que isto tique para a Sessão d^amanhã, porque não se pôde decidir agora. (Apoiados)
O Sr, Gavião:—Eu também sou cTopinião que esta matéria e' muito grave; e então pedia a V. Ex.* que consultasse a Camará , se assenta que 03 addi-lamentos vão á Comrnissão para 03 considerar, e apresentar aqui o seu Parecer, (fozes — não — não.)
Decidio-se que se não prorogasse a Sessão,
O Sr. Presidente: — Váe lêr-se a Comrmssão de Forúes, que é composta dos Srs. Bispo Eleito de Lenia, J. B. Felgueiras, João Hlias, Souza Azevedo, J. M. R. Vieira de Castro, L, Tavares ds Carvalho e Costa, V. F. Novaes.
Por esta occasião é preciso que a Camaia determine, se quer destinar um ou dois dias cada sernu-na, pafa os trabalhos das Commíbfões. (vozts — -um dia.J
Deddio-se que esse dia fosse—Qua'rta$ feiras.
O Sr. Roma: — No Diário do Governo veio im-preasa unicamente uma das Propostas do Sr.Míms-tio da Fazenda; eu julgo que é dt: muita importância a publicação das outra», e então proponho que se imprimâo todas.
O Sr. Ministro da Fazenda: — Todas hão de ser publicadas.
O Si. Secretario Sã Fargas:— Só veio impressa uma, porque foi essa unicamente que a Camará determinou que se imprimisse, (vozes — todas — todas.)
O Sr Presidente: — A'manhã é dia df Comissões. — Está levantada a Sessão. —Eram mais de quatro horas-
N." 15.
te 20- ire Janmu
1841.
D,
Presidência do Sr. Pinto de Magalhães.
"epois do meio dia, não estando na Salla numero siífíieiente de Sr*. Deputados, disse: O Sr. Presidente: •—Faltam alguns Srs. Deputados para se poder tomar deliberação; mas como ha muito que fyzer nas Com missões, e não parece justo que sfjauí relaidadob esses trabalhos »ó peta falta tTalguns Srs. Deputados, a approvação da Acta fi-
cará para amanhã, e a Assembleia vai resolver-se em Co m missões (apvindos).'
A ordem do dia para amanhã e na primeira parle a discussão da Resposta no Discurso do Throno, e na segunda parte algun* Pareceros , que são unicamente de remessa ao Governo.— A Assenibléa vai dividir-se em Commibsôeá.— lira meio diaeum quarto.
C,
ia
Presíãenoâa do Sr. Pinto de Magaliiães.
te 21 te 3anár0.
hamàcíi— Presentes 72 Srs. Deputados, Abertura — Onze horas e três quartos. Acta — Sobre acta dê 19 disse. O Sr, Rolha : — No fim da Sessão cTante hon-tem de cuja Acta se tracta, propuz eu, que se imprimissem no Diário do Governo as outras Propos-
1841.
tas do Sr. Ministro da Fazenda apresentadas com o Relatório, poi isso que somente se havia impresso a Proposta relativa aos Foráes: e se me não tn-gano creio, que a Camará approvou o meu reque» rimenlo, rnas esquecêo lançar-se isso na Acta.....
O Sr. Secretario, Peixoto: — Não se tomou votarão a esse respeito; houve um assenso, mas não houve votação.
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vido votação; entretanto se se não votou, eu faço novamente o requerimento.
O Sr. Presidente: — Está-se em duvida se a Camará deteiminou ou não na Sessão d'anle hontecn que fossem impressos todos os Projectos apresentados pelo Sr. Ministro da Fazenda corri o seu Relatório ; eu tomo nova votação.
£tecidio'$e que se imprimissem todos
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lamente a dar-vos conta dos factos mais importantes que contêm o Orçamento da receita e despesa do Estado para o anuo económico de 1841 a 1842 que Desta occasião vos e apresentado.
Pelo referido Orçamento e desenvolvimentos, que o acompanhou», conhecerá a Camará , 1.° Em quanto é avaliada a despeza ordinária e constante do referido anm> económico. 2.° Quanto importa a'des-peza extraoidmana. 3.° Quae» os recursos e ineioà propostos para fazer face a urna e outra.
O mappa comparativo N." l, da despeza Publica ordinária e constante ofíeiece um aagmenlo sobre a que ullunaujenle se havia Orçado para o corrente anno económico de 500:693/058 réis, que na maior parte explicita pelo accresciino de despezade 240:728^448 réis, q«if no Ministério da Guerra se lorna indispensável , considerando a forca do Exercito no estado completo wn que se acha calculada.
A despeza do Capitulo de Encargos Geraes pequenas alterações apiesenta na sua totalidade, uma vez reduzidos a metade os juros da nossa divida externa, entretanto incluem-se no mesmo Capitulo , algumas addiçees; que ou não figuiavam, até agora nos Orçamentos anteriores, ou nelles apparece-ram diffetentemente collocadas.
No Ministério das Justiças dá-se o augraento de despeza de70:Q62$44l reis que particularmente provêm de vencimentos de Empregados de Repartições extinctasdependentes do mesmo Ministério, outr*o-ra abonados pela Folha dos Encargos Geraes do Estado.
As Forças marítimas foram calculadas segundo o -armamento provável das Embarcações de Guerra, e com attenção ao augmento de praças do Batalhão Naval — entietanto no Orçamento, do Ministério da Marinha apenas figuram pequenos accrescimos xle despeza que pelo M A deápeza do Ministério do Reino bavia sido calculada no respectivo Orçamento sem attenção ás diversas icducções que piecisamente hão de verificar-se por eíTeito das Propostas de Lei, que já se acham em discussão nesta Camará, e bem assim da que hoje vos é apresentada sob n.°2, para a eliminação da verba relativa ásGuaulas de Segurança Publica creadas por Carta de Lei de 2£ de .Fevereiro de 1833. —Em taes circunstancias enteadeo o Cru-., veroo que podei ia sem.prejuizr» do serviço effecíuar na despeza Orçada paia esíc Ministério uma diminuição de £23:848$904 reis vindo asaim a ficar reduzida a l:294:o.87$8lO re!s— quantia excedente á do ultimo Oiçamento em 65:OSU$034. No Ministério da Fazenda a meu Cargo figura também um au^meuto de dtspeza, de 43:598^801 reis proveniente da .nova-organização que vão ter as Alfândegas menores, porem confio que as medidas de reforma que tenho a propor-vos n'outros tatnos do Serviço fiscal dependentes do mesmo Ministério produzíião uma economia que -compense essa diferença. . Em consequência de se haverem pieenchido al-.g»a>aa Legações Diplomáticas, cujas deapezas não figuram nos Orçamentos anterioies do Ministério dos Negócios Estrangeiros, foi mister inclui Ia no actual, eievando-o por isso a uma só m ai a maior r3:684$896 reis do que a do antecedente Orça-. jxiento. O Governo tem a convicção de se haver occupa-, do com o maior cuidado e escrúpulo em realizar nos diveisos íamos do publico Serviço todas a&eco-nomias que julgou compatíveis com a execução do mesuio Serviço—porem não hesitou igualmente em vos propot aquelles augtnentos de despeza em, que conheceu um Caracter de utilidade e justiça. —Mies-te sentido comparando o Governo a importância total da despeza Orçada para o próximo fuluro anno económico, ,com as somnias eflfectivauiente entregues aos diversos Ministérios, no anno económico antecedente de 1839 a 1840, cuja Conta hoje offe-rece á vossa consideiação, não duvida reputar suf-ficienle a mencionada dcspeza , e fixa-la como base doa meios de receita e que cumpre attender para lhe fazer face. Bem conhece esta Camará que da deficiência de taes meios, tem resultado uma accumulação de divida que teria consideravelmente tornado mais def-ficeií as finanças do Paiz, se osystema dos Empréstimos por Operações mixtas , adoptado desde o anuo de 1836, não tivesse trazido áCapitalisação uma somiiia aproximadamente igual ao alcance annual que tem constituído o déficit entre a receita e dcs-peza publica. — E' porem tão gravoso este meio de attenuar os males resultantes de similhantç déficit» que não julgo possível caminhar n'um tal systerua sem giande eiró e discredito —e neste sentido considero indispensável, que sem reccoirer a empiesií-inos, as mais da» vezes, ou quasi sempce ruinosos — procuramos nos nossos lecursos, os meios deque precisasnos [>aia destruir por uma vez aongem dessa acoumulação de divida que noa arruina , e que reprodu^itulo-se annualmente pude bem depressa tornar-se uui mal irremediável. A nossa receita publica calculada na presença do que tem produzido os rendimentos dos ultiirios ânuos, não pôde estimar-se em mais que 8.630:225^043 reis, entrando nesta sornraa a De'-dtna predial, industrial, e de juros pela quantia de 1.600:000^000 de reis que e' o mais a que podo chegar nominalrnente , em quanto se continuar no defeituoso rnethodo de lançamento ale agora observado. Todos vós conheceis, Senhores, que não e pos-sivel com esla somai* fazer face ás despegas que o serviço publico torna necessárias. Que nenhum Governo pôde resistir ao Cuuipre«uos pois sahir desta posição ião violenta e fatal ,- e íractar com disvelo de estabelecer nas nossas de&pezas toda a economia que não prejudique o ST-r ir iço publico, procurando corn cfíicacia encontrar os jneios de as satisfazer pontualmente logo que eSlas não sejam susceptíveis de diminuição.
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•meios que julga menos onerosos aoPaiz, paracon-aeguir tào importante fina. '
Pelo mappa comparativo N.° 3, da receita orçada, conhecerá a Camará ter sido calculada o mais aproximadamente possível da verdade, tendo-se ern vista os resultados do seu prodi\cto nos annos anteriores, e a quantia em que fará estimada no ultimo Orçamento. A differença para •menos que se nota no referido mappa,, provêm principalmente da diminuição de 124:254^117 re'is, que tem tido o rendimento das Alfândegas, apezar de ser calculado, pelo que tiveram nos dois annos anteriores, que bem podem considerar-se de rendimento médio.
Esta diminuição seria de grande fortuna para o Paiz, se podesse ser attribuida ao desenvolvimento da nossa industria, porém supposto o numero dos nossos Estabelecimentos já avulte bastante, nem por isso nos devemos lisongear com similhánte idéa, que também se contradiz tendo em attençào a base de noâbos direitos de consumo. A decadência pois do rendimento das Alfândegas é forçoso attnbui-la á immensa inlroducçào de mercadorias feita cm fraude dos respectivos direitos.
Para evitar este gravíssimo mal, tractou o Governo em virtude dos poderes de que as Cortes o invisliram, de organizar as Alfândegas menores do Reino, e de completar um systema de fiscali-saçào nas duas grandes Alfândegas de Lisboa e Porto, que auxiliando os meios que applicou ás primeiras, se torne ao mesmo tempo menos oppressivo para o Commercio, e mais efficaz em seus reultados.
No entretanto , Senhores, se as medidas fiscaes poderem por algum tempo sustentar a receita das Alfândegas, devemos contar que o desenvolvimento da industria do'Paiz, ha de necessariamente diminui-la, e reconhecer que muito convêm auxiliar desde já essa receita , restabelecendo alguns dos direitos que as matérias brutas pagavam anteriormente, quando a no>*a .industria tinha a competir coro uma importação muito menos onerada que actualme.qle.
Debaixo destes princípios, tenho a honra de offerecer á vossa consideração a Proposta de Lei n.° 4, pela qual são elevados os direitos de algumas matérias brutas, ao que aproximadamente pagavam antes de se achar ern vigor a Pauta , e espero desta medida, se for adoptada, que a receita das Alfândegas venha a receber um augmen-to de 140:000/000 de réis, que já vá» calculado com a devida separação Jio Orçamento que hoje vos apresento.
Este recurso porém tão parcial e contingente não basta para vencer asdi.fficuldades em que nos achámos: precizâmos d'u ma nova receita que orce por 600:000,|000 rs.-, e não permiltindo o estado do Paiz que se ^levq a-mais de l:9CK>;OpO^OOO rs., o prnducto da Decima.,,ainda nos deixa na necessidade de buscar moios que produzam uma nova receita de 300:000JÍOOG rs.
Já no Relatório que vos apresentei em 17 de Fevereiro do anno passado, expuz as grandes difficul-dades que offerece o estado do Paiz para se levantarem novas Contribuições sobre o consumo. Os immeiiso« encargos M-irucipae» que pezara sobre os Povos, e que já principiam a estorvai o Commercio interno, tornam quaai impossível a adopção de Pot. 1.° — Janeiro-—1841.
quaesquer medidas capazes de produzir por meid de novas Contribuições indirectas o rendimento que falta para igualar a receita com os nossos en* cargos ordinários e constantes. E' pois forçoso recorrer a meios permanentes de receita, que não podendo obter-se por novas imposições sobre o consumo do Paiz, é indispensável que consistam na revogação de uma medida que affectou na sua origem os interesses de muitas famílias — annulnu a hypotheca da nossa,divida consolidada — deixou a receita publica sem os recursos que lhe serviam de garantia — e gravou o Thesouro com o encargo de amplas compensações fáceis de prornetter, masqua-si sempre impossíveis de cumprir.
Fallo, Senhores, do Decreto de 13 d'Agosto de 1832, cujos inconvenientes tem esta Camará altamente reconhecido, e que debalde tenta remediar, por isso que sempre terá de deixar na incerteza, ou pelo menos desfalcados, e sem compensação os direitos adquiridos por titulo de compra ou por Contractos particulares.
•. JSão ha duvida que os Foraes pela sua natureza oppressiva deviam ser modificados; um voto geral assim o reclamava desde muito tempo, mas essa modificação podia fazer-se na escala que o bem publico aconselhasse, sem offender , como pelo referido Decreto se fez, os interesses da Fazenda Publica, e os dos particulares annulando d'envolta com os Foraes, os emprasamentos e subemprasa-mentos de bens provenientes da Coroa, em cuja disposição veio a comprehender todos os Contractos, por isso que incumbindo ao Senhorio uma prova, que as mais das vezes se confunde na obscuridade de séculos, obtinha por esse meio deixar a terra livre ao possuidor segundo a intenção do mesmo Decreto ; ao possuidor que a n ao tinha pago. , Uma medida que como esta prejudicou a uns Proprietários em beneficio gratuito de outros, não podia por tanto deixar de causar urn abalo na fortuna publica, que teria graves consequências se a todos não animasse a convicção de que .uma tal desigualdade e deslocação de interesses nào deixaria de ser pelas Cortes um dia opportunamenteattendida e providenciada.
O Governo pois meditando seriamente sobre os meios de remediar este embaraço, e procurando desvanecer a incerteza ern que se acham os direitos de tantas famílias, fixando ao me«mo tempo a sorte dos Foreiros que em grande parte se reconhecem devedo-rçs, e que só temem ser obrigadas a pagar n'urn dia as rendas de annos, entendeu que devia trazer á ap-provação desta Camará a Proposta dr. Lei n."5, que tende a declarar o Decreto de 13 d*Agosto de 1832, de uma maneira justa, que firme o direito de propriedade de todos com a necessária attençào ao pretérito, e que ao mesmo passo, que afiance uma receita para o Thesouro, o isetnpte de occorrer a. pé*-sadas compensações.
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;Estes siacrifreios, Senhewá, que a» circumetancia.*; pubhcas reelatoat#r são Verdadeifarhente de pequena monta , se eonsidfrarmè* o importante fim a que sp dirigem, qual o de obstarem á continuação de. uta áysietmi de decepção que pode acabar pOf nòsarroi-nar. —Os meios ftâo serão talvez os milhares, porém a vossa sabedoria o&Ãubslitttirá por outros tnerwj^ôfi*-rosos, sé o vosso zelo ppd*»f dèscubri*lrtó, na certeza de que sef&o seinpre beai acèertos pelo Governa, uma Vez quê produsam igual reeeíía,
:A Junta do Crddito PubUco coMinua a offereeer no Orçamento da próxima futuro áfttto económico suficientes meios de occorrer aos éftcargos da divida interna consolidada, e-muito mais atnpla será a garantia de sua dotação, se por ventura as Propostas que o Governo teve a honra de apresentar-vos era 31 de Julho dó anno passado, ,pàra a millior arrecadação do Imposto do Sello, e daâ transmissões da propriedade merecerem a approvaçâo das Cortes.
Reèta-me tratar da despesa extraordinária que na conformidade do disposto na Carta de Lei de 8 de Outubro ultimo, de?e ter pagamento no anno económico próximo futuro, pela quantia de 380:714/97$ féis. —Não existem rneiosalgnnsextraõrdinario»ooin que possa satisfazer-se esta despesa — recor fer n?stf ouso a um empréstimo que produzisse a referida quantia , e dilatasse o seu pagamento por u-m numero de ânuos tai que fizesse menos sensível eble entiorgo, se-riu talvez ú medo toais adoptavel; porém é claro que sem o estabelecimento de uma nova Imposição não ta ver ia em que fundar esse empréstimo, que te*íia dê Fepetir*fc<_ de='de' no='no' obrigação='obrigação' prfefivel='prfefivel' novas='novas' governo='governo' satisfazer.='satisfazer.' qie='qie' temos='temos' dividas='dividas' essa='essa' pot='pot' arino='arino' maieone-rosas='maieone-rosas' ê-x-tror='ê-x-tror' um='um' o-='o-' _='_' corno='corno' á='á' ã='ã' j-uiga='j-uiga' e='e' mentç='mentç' tébelecimenko='tébelecimenko' o='o' p='p' creíiçâo='creíiçâo' temporário='temporário' seguinte='seguinte' râè='râè' isst='isst' encardo='encardo'>
• Pôde orçap-id em 130 contos c}e téi* o p
dos. Bens Ndèionaes que hãd dê ser postos á vhtída nó pr&ximo futuro anno económico em q-ufc o Bariecr de Lisboa já deve estar pago da importância dos Contractos que lhe attnbuiram este r^eiírso, vindo «lie àã
A restante quantia entendo o Governo qoe'dHrérá eon^eguir-se pOt ãià Sacrifício a q«e todríseoirc^rfam, «egurido os interessem qu^ ihes lia de a «AC» «ira ir <_ que='que' de='de' aystema='aystema' ver='ver' governo='governo' tih-ihof='tih-ihof' í='í' fazenda='fazenda' _.='_.' o='o' p='p' espera='espera' adoptado.='adoptado.' _='_'>
- Conheço""^ttè os Verícilentos dos Sefridíiréà-do Estado, <_3 cjaáes='cjaáes' dimuiiia='dimuiiia' e='e' ícorwtáísão='ícorwtáísão' e.atrasb='e.atrasb' ainda='ainda' xeessivòâpòdem='xeessivòâpòdem' daé='daé' incerteza='incerteza' áesfíth='áesfíth' dbs='dbs' lixvgé='lixvgé' págíiitif='págíiitif' criais-='criais-' dri='dri' reduzidos='reduzidos' to='to' pela='pela' cortsiderar-se='cortsiderar-se' inactivas='inactivas' _='_'>tos, queossujeita a pesada<_ offereço='offereço' com='com' de='de' estado='estado' anno='anno' qiíe='qiíe' teífldado='teífldado' soífressern='soífressern' fíòvo='fíòvo' descontos.='descontos.' do='do' filha='filha' deixarão='deixarão' n-âste1='n-âste1' _1841='_1841' damais='damais' até='até' um='um' provideiicíts='provideiicíts' rrãò='rrãò' pprataçâoj='pprataçâoj' voí-a='voí-a' naçào='naçào' tal='tal' jtftoa='jtftoa' como='como' biotivos='biotivos' reservo='reservo' gravosa='gravosa' em='em' anno-proxitrio='anno-proxitrio' económico='económico' ao='ao' coínpensaçà='coínpensaçà' sujeitarem='sujeitarem' ás='ás' já='já' oppor-tonaménteme='oppor-tonaménteme' aprisenlar-vo9='aprisenlar-vo9' que='que' ínfalivflrriertte='ínfalivflrriertte' no='no' osven-deitóefttos='osven-deitóefttos' aliviar='aliviar' difficeis='difficeis' cessar='cessar' dos='dos' se='se' pítrece='pítrece' disse='disse' _1s4s='_1s4s' para='para' circurnslari-tiitíg='circurnslari-tiitíg' presenteke-lalorio-='presenteke-lalorio-' d.is='d.is' meios='meios' éèntido='éèntido' ocofron-te='ocofron-te' dothjjsouro='dothjjsouro' _='_' tão='tão' a='a' á='á' b='b' systema='systema' ontítobo='ontítobo' os='os' saerineíátm='saerineíátm' e='e' poraerio='poraerio' oovérno='oovérno' é='é' ftinccionarios='ftinccionarios' eh-='eh-' togar='togar' p='p' diinínuiçâo='diinínuiçâo' confio='confio' beoeficn='beoeficn' hào='hào' futuro='futuro' todos='todos' possa='possa' quanto='quanto' agora='agora'>
que aliás deve contrahir, para safisfazef
de»peza extraordinária.*— Pela Proposta de Lei n.° 7 que tenho a honra" de apresentar-vos , rs^-tabelece^-se um desconto temporário e proporcional etti todos os vencimentos. a corgo do Estado > pertencentes aos mezes que deeorruto de Julho do pró-xinio futuro anno económico eno diante, o qual se realisàrá á rnedtda que tiver 'Ioga? o pagamento dos referidos vencimentos, segundo a esewla que o r«-gular, devendo o producto deeta contribuição ser appl içado ao pagamento do sobredito encardo exr traordinario , pelo tempo que 'foi necessário paraô solver.
Tal e' a forma porque o Çoverno satisfaz ao díf-ficil dever que a sua posição lhe incumbe apresen-tando-.vos a Proposta de Lei n.° 8 do -Orçáiliecto Geral do Estado para o anno económico Secretaria d4 Estado dos Negí>cbs'da Fazenda em 14 cie Janeiro de 1811. = Fíwido Rodrigues- Pereira tFerra%. • '' .' • Propotta dê Lei do Orçamento para o anno ebont* mico de 1841 a 184&. : CAf ítuto 1.°— -Das Deapezass' ' - - yVrligo l.° A despt*za ordinária do Estado para o a n ri o económico de 1841 a 1842 é fixada !Hi'boiu-mâ total" cíe dez mil quinhentos e doze eo-ntoá 'VhntQ è dois mil trezentos sincoénla e oito r^isrj e repartida entre os diversos serviços e Ministeriios ipt^a 'fÓP-ma 'con&taMe ,dò Mappa' n." l ^oiri às 'se § 1."' A Encargos Geraes dois^ínU t?eíén4f»« siri-coonta e um tíontos seiscentos é oko mit quinhentos é s^ncoenta réiá (<_35Í:_608-550 p='p' tag0:_='_:_' reje.='reje.' _='_' xmlns:tag0='urn:x-prefix:_'> § 2.° Ao Ministério dos Negócios dtffleinó 'mil duzentos ;novert ta e quatro conlos oitenta e s«le tail d«»2 re'is. ' Ao Ministério d<ís tag2:_833='_492:_833' _3eiseralo3='_3eiseralo3' duzseritos='duzseritos' trez='trez' quinhentos='quinhentos' arez='arez' cefltòfr='cefltòfr' dtífr='dtífr' dafzenda='dafzenda' justiça='justiça' ministério='ministério' tag1:de='é:de' _4.='_4.' ârèfcerrtos='ârèfcerrtos' _='_' negótíiívs='negótíiívs' setenta='setenta' e='e' quatro='quatro' _67d='_67d' féis.='féis.' níegócíoá='níegócíoá' contos='contos' mil-='mil-' noventa='noventa' ao='ao' treà='treà' p='p' quarenta='quarenta' três='três' _-mil='_-mil' téu.='téu.' _-e='_-e' trinta='trinta' _72='_72' íòcentos='íòcentos' vinte='vinte' féb.='féb.' xmlns:tag1='urn:x-prefix:é' xmlns:tag2='urn:x-prefix:_492'> ^ 5.° Ao Ministério dos Negócios -da G«V«rf & tr&s hiií cento oitenta e cinco, éontoa a^tífcentíví rti^n-ta. e ôírto mil trezento^noviénia eéois réis. (8il85í7&S^39â Veí*).' '• -' _'-'• '•' ' ' •' i '.' : ' '^ 6.° 'Ao 'M;fftistèr?d: dos Negoeioé da Márfiv^à é Ultramar íríi-l^cehto d doze cbntoê nove ct?ní>6« e vinte e' Aete niíl sete «efttds f quaPéivía^é seVá''reis> § 7.° Ao Ministério dói Negoôios duzentoi e nove contos r>»ve't!eflt-6í mil^ sete centos •' §'8'/"" A' J.unt-a db Creditei -Publteo 'titil ,ce*lrt 6 qirareht-a e ti^ contos' tfezéncoâ seleflta V doíi mil
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tos oitçnta contoe lete centoi quatorzte mil nove cen>« tos se-tenta e cinco réis. (380:714^975 reis) constante do iVíappa n.° 2 com appiicaçào ao pagamento das reclamações Inglezas que -se vencem durante ô mesmo anno económico segundo o respectivo ajuste. CAPITULO 2.* — Da Receita.
Art. 3.* A receita ordinária do Estado para o anno económico de .1841 a 1842 e authorisada pela «omma de dez mil quinhentos e dois contos vinte e cinco mil e quarenta e dois réis (10:502:025 $042 réis) segundo & 'M n p pá n.° 3 e será arrecadada na conformidade das Leis com a dUtincçâo e applica-coes «pguuues
^ 1.* Ao pagamento dos Encargos Ordinários do Thesouro nove mil trezentos cincoenla -contos duaefHos vinte e cinco inil e quarenta e doia reis, (9:350:225)1042 réis),
§ 2v Ao pagamento das Encargos da Janta dó Credita Publico mu cento cincoenta e um contos e oito cento* mil róis (1:151:800^000 reis).
Art. 4.° A receita extraordinária do referido anilo económico e aiitliortsada peta som ma de trezentos «'òitenia cortíos sete centos' qualorze mil nove centos satenia e cinco re'ii ^380:714^975 re'is) segundo oMappa n.° 4; e será arrecadada na corifor-iií idade da reápeetiva Legislação, e ap p l i cada especialmente ao^ pagamento da quota das reclamações Irvglezas de que traeta o artigo 2.° da prrsente Lei.
Art; 5.° As «mithbuições publicas directas-, ou indirectas de qualquer titulo ou denominação, que sejam a\éità d'aqtttHas authortsadas pela presente Lei, íicam expressamente prabibidaa; e as Ãuthondades e Empregados que as exrgirem serão tidos por con» cucioaano*: exceptuàô-se as impoarçoe* tocaes que estiverem ou forem applicadas u qualquerjestaljeie-citueritu -publico, ou d« beneficência, QU qu« por titulo legitimo se destinarem ao pagamento dos fin-•cargos das Municipalidades.
, Q A, P i T u L o 3.°^-n Oispasiçoeí Geraes. ' Ait. 6.*- O Go terno obtervará a maior exacti-
Ari. 7.° Fica revogada -toda » Legislação em contrario. — Secretaria à'Estado dos Negócios da Faít-ndíi 14 de Janeiro-de 1341. — Florida Rodri* gues Pereira Ferra*. * . '
SeHhores~-A exf>eriea«i« de'dois anívoe tem aios* trado , que o» Corpos da í^sgtíraíiça Publica » crca-dos peh» Carta de L/ai de M de Fevereiro de 1838, não correspondem, nem pôr sua df frttuosa orga^M «a^âo poderão jánaaiâ corresponder, ao* fi«s da sua instituição. - , -
Accresce qae o estado d^j Th^z^uro nâa permitte a. despesa de quasi cem contos de réis annuaes, por um sef viço, que mtílhor poda ser feita pelos Cor» pôs do ExGícito, com p«quen'usimo augia^nto Por «atas considetftçòea, o Governo tem a honra d*apresentar-vos a seguinte • FROVOSYA i>£ ]>EI___Artigo 1.* Ficão cjxfcinetos os Corpot» de Segurança Publica, creadoc peln ta de Lei de 82 de fevereiro dê Ait.* 5!.* Os Offidiaes dos ditos Corpos, regressarão ao Exercito , na situação que por direito lhes competir. Art.° 3.° Os Officiae* inferiores, e Praças de pret que tivessem passado do Exercito para os Corpos de -Segurança Publica, voltarão aos Corpos a que pertenciam , ou a qualquer outro Corpo do Exercito , que prefiram. Art.° 4.° Todaa a« Praças de pretj que não estiverem comprehendyias na disposição do Artigo ante-•cedente, poderão, querendo , passar para qualquer Corpo do .Exercito * onde «erão considerados como voluntários, e se lhes levará em conta o tempo q ie houverem servido nos Corpos de Segurança Publica,; ficando, os que assim ô nào fizerem , sujeitos ao ser-viço militar para qwe fôrero hábeis, segundo as suas circumstancias > e em conformidade das Leis. Art.° 5.° Ob Com,tnandantes dos reffendos Corpos de Segurança, farão entrega dos Armamentos, Equipamentos, Munições, e mais Material Militar dos -refferidos Corpos, ao Comtnandante da respectiva Divisão Militar. §.° 1.° O Arcbivo, Livros, e mais papeis da Secretaria, ficarão depositados na Administração Geral competente. §.° 2.° OsOavaHos que se acharem era estado dê servir aos Corpos de Cnvallaria do Exercito, serão jtfualtnente entregues aos Commantarttes das DivU &5es Militares, precedendo avaliação e liquidação ^ afirn de se virificarem as ihdemntsações a que as Praças possam ler direito; vendendo-se em hasta pwblica os Cavallos que não se acharem em estado de serviço. Art.° 6.° O Serviço de policia que estava com* mettido aos Corpos de Segurança Publica, será d'ora em diante feito pelos Corpos do Exercito. Ait.° 7." Os Corpos destinados para o Serviço de policia, ficam dependentes, qnanto d ordeni do í>«rviço, dos Admaistradores Gera s dos Districtos, receberão as ordens, e instrucçdes neces* 8.° O Governo procederá á organisaçâo dtís regulanientas necessários » para que a presente Lei prompla , e inimidiata execução. Art.* ^j° Fica revogada a Legislação em coa-.= Secretaria d'Estado doa Negocio* da Fav zenda «em 11 de Janeiro de 1841. ;= Flórido Rodrigues Pereira Ferraz. -, , ^ PBXIFOSVA* — Artigo l.° Fica subsistrado/ a abo-liç/io dc>9 F«faes dados pelo« Heis, pelos . rios da Coroa, e por quaesqjuer outros f>m quanto estabelecem : . §. 1.° Leia ou Regulamentos particulares para certas povoações, ou tefrilorios; .honras; coutos ; privilégios ; e isenções de jurisdicção^ ou administração ordinária, ou dos tributos e encargos públicos e geraes. §. 2.° A obrigação de morar pessoalmente em certas terras ou casaes ; 09 serviços pessoaeS , e os direitos bannaes. §; 3." A reserva da propriedade e uso exclusifrô das agoos das ribeiras, nos navegáveis, ou cau> daica ; e o direito de pastagens em terfas , em que a Coroa ou os Donatários não tivessem- domínio útil , mesmo quando desses direitos se tenha feito emprazamento.
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estado, industria, ou trabalho ;"ou á produc-de certos territórios de domínio particular e
alheio.
Art. 2.° Os'direitos poéticos jurisdiccionaes, ou fiscaes, mencionados nas Ordenações e Leis do Reino , ficam subsistindo nos termos em que são regulados ppla Constituição e Leis vigentes; e as"doa-ções qne delles se houverem feito ficam revogadas sem indemnisaçâo, e conservados aos Donatários os títulos puramente honoríficos. ' Art. 3." Os-impostos sobre certas povoações es-peciaes , e quaesquer prestações incertas piediaes , ou agrarias, de qualquer espécie ou denominação A'rt. 4,° As tenas ou propriedades do d §. 1." São doações de juro e herdade, ou perpetuas, as que tiverem sido feitas para sempre aos Donatários, e seus descendentes e •succehsorps , ou a corporações de mão morta, sem restricçuo §. 2."-Se as terras doadas se acharem arrenda? das por certa e determinada renda , ficando livre í»o Donatário' a escolha dos Colonos, es^as terras ficam sendo patrunoniaes do Donatário; no caso contrario, se a distribuição dessas tornas tivesse tomado ao tempo da publicação do Decreto de 13 de Agosto de 1833 a natiireza de árrendauienlos perpétuos ou de longo prazo, as terr.is as^ioi distribuídas ficarão pertencendo _sos Ç,olmios, ou la-r vradores que as possuíam , ficando 'á succivssno e transmissão destes bens regulada pelo direito.com- Ar-t. 5." As doações de propriedades ou terras cie Comtnen^ak ou Capéllas, ou de quaesquer outras propriedades, ou terras ,da Coroa «u-du-Fazenda', pórVidas §. 1." São consideradas doaco.es temporárias e limitadas ás .vidas dos áctuaes possuidores y as que houverem sido -feitas com a clausula indefinida de em guunto for vontade ou mercê (T L,l-Rei, t oaj cni-tta siiDiihante. * ~ . §. Q." A snccessão ^os bens mencionados neste artigo, en> quanto não reverterem á Fazenda- Pu* blica , será regulada'nos. termos da Lei mental, e das que J h e eram apphcaveis. ,. : . £ Art.. 6.* As doações feitas por Alvará de denuncia 'ficam em seu vigwv, e continuarão a ser concedidas 'nos ter«H>s pre.scriptos nas Leis vigentes. Art. 7." Os Donatários da Coroa e Fazenda , perpétuos' ou temporários, que eràtn obrigados a encartar-se, e o não tiverem feito, deverão fazâ-lo , e pagar os Direitos respectivos dentro do prazo de utti armo, contado da publicação da presen>-le Lei, sob pena de ficarem os bens doados, ipso jure, incorporados na Fazenda; ou de se proceder contra elles pelo valor dos sobreditos bens , no caso de já os leYcm alienado. Art. 8.° Ficam subsistentes, e no estado em que se achavam estabelecidos antes do Decreto de 13 de Agosto de 1832. §. 1.° Os encargos reacs legitimamente impostos rias terras e propriedades do domínio da Coroa ou Fazenda, doado de juro e herdade, ,ou por vi-dag, ou tempo limitado, ou fossem impostos em beneficio da Fazenda , ou de terceiros §. 2.° Os furos, censos, ou pensões, que não tiverem origem em titulo genérico, mas foram estabelecidos pela concessão de certas terra* ou pró» pnedades, ou pela consignação delias em contractos especiaes, emphyte.uticos, ou censiticos, e que actualmente se acham encorporados na'Fazenda, qualquer que fosse a pessoa que os estip"ulou, ou o mudo por que a Coroa ou Fazenda os tenha adquirido , ou a natureza dos bens pensionados. $. H.* Os foros, censos, ou pen&ões certas impostas pelos Reis, ou Donatários da Coroa , .011 por Senhorios particulares em bens q no fossem vendidos ou trocados pela Coroa, ou-pelo£. Dpnata,-4-1 os , ou Foreiros legitimamente authoristidos; e as pensões, impostas, ou estipuladas, ain.da que por titulo genérico, em jusla compensação de.íiespezas feitas eru serviço e interesse, corn.mu.ov dos-pensionados. t ' « . • ' §. 4.° Os contractos de subeinpbyteusc ^.ceoso, ou bubreriso," que os emphyteutaa, ou per*$jona-do3 da Coroa ou Fazenda li verem .estipulado com lt/rce;ras .pessous. . • , , ,. §. b." O» foros, censos., è pensões', que o§.Con-ventoseC4sas Religiosas existMíiU'&í as. Igrejas, CoU legiadaè, Cabidos, Mitras, Semiòàriòs/JVJiiiencor-dia», llospitaes, Albergarias, Camarás Munici
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Camarás, ou pelos preços correntes nos mercados, no referido frmpo. " • '
Ait. 11.° Se a producção d<_ corresponder='corresponder' de='de' fic.nárft-riv='fic.nárft-riv' anno='anno' parto='parto' pensão='pensão' prudente='prudente' gêrahifhte='gêrahifhte' pensãt='pensãt' do='do' louvados='louvados' mais='mais' mesmo='mesmo' dw='dw' irregutiírrmífttí='irregutiírrmífttí' annual='annual' llieita='llieita' totalidade='totalidade' tem='tem' dfve='dfve' co--='co--' patíè='patíè' em='em' euíarão='euíarão' an='an' ao='ao' maiores='maiores' _3='_3' oert-soes='oert-soes' praticará='praticará' foros='foros' spgondo='spgondo' panhão='panhão' fe='fe' rocúlidfds1-='rocúlidfds1-' faz.='faz.' que='que' k-ifu-vt='k-ifu-vt' for='for' períodos='períodos' pçílcluo='pçílcluo' perúãò='perúãò' doirs='doirs' os1='os1' vencerem='vencerem' annnç='annnç' logar='logar' qivtíor-responda='qivtíor-responda' por='por' se='se' nos='nos' acu1-tura='acu1-tura' anho='anho' dividirá='dividirá' avbht.oa='avbht.oa' _='_' a='a' certas='certas' os='os' colheita='colheita' porem='porem' e='e' ou='ou' i='i' quando='quando' o='o' frheirbv='frheirbv' urn='urn' todo='todo' dtft='dtft' regulares='regulares' cada='cada' ese='ese' to='to' pratica='pratica' amim='amim' da='da' incerta='incerta' çbtn='çbtn'>L
Art. 12.° S «nilliantettienié 'ssYárá a rèdutèijâo'(foi impostos ou prestac,ò>s incertas, a'vYéq^eriniísn~f;o;idd Donatário, ou do Fureiro, 'rivaqueHés DisVriHoVorf*-de por Foral e uso antigo j fundado títri 'título g&rf«-rico, se paga ração dfe iodos ou ptfrte^dos^friíctos q« §, wnico. Havendo contestarão sòbfé a justiça o\i legalidade do arbMratrteftrto),' poderà-ó os intèressàaoB interpor recurto para o Cpnselfto . - '• - Art. romeltidt Aiillioridadi» Administrativa: e pelo ro su passarão ai partes interessadas o<_ p='p' que='que' para='para' dociíiueritoií='dociíiueritoií' seus='seus' requererem='requererem' títulos.='títulos.' _='_'> Art. 14.° Os contractos empliyteuticos fitíamdcs--' do a publicação dcista Lei com a natureza- dh» fa-t^o-zms secvilares hereditários; e os censittcoá cota a natureza do een&o'f^rúirel. §. J.° Os emjJhyteutàs1 qáe preferirem conservara natijje/a de seus prasds etn vidrasse livrb nortiieaçíVÍÍ-dí»voruo fa/.rr dentro de ura anno novo eaiprastaíften-VJ ciVi» as flausuias,'e*envfe«tierora do antigo', e châi o »ub:v'>io fô(lío, «u/|Serr*ãò; nràá farfleceodo õ eouphy-' leula t;:-íi parentékíncf^riaíeírb' ou sèg^ítidd %tao, é' icndr os bons qtic-çothtítuifem a praso, dtí^jíhssar n parentes em terceiro gráo, ou a estranhos, ou-sendo por execução arrematados perdera a natureza cte vi'f díià, e ficarão ctfrjsírfe^ados na regra geral*- §. 3.° O 'direito dominical de Juetuô>a fica clo era todos os ditoè contracto*, bem -como-o cortas de iriadeira^ ou o de pastagens, que nhorios directni teiervn'ssem. '' n' l* ' §. 3.° O laud^òriô tíràf uris' eoutro« prasos fioalrV-duzido á quaretitfna 'etn fooMs bs caso?, em qiil' ou-' tf o maior fo«>e d*tí*idoit .•'<_ _-='_-'> - Ari. 15.° Osíóróà, censos"/e ptfíisws «ei t>aii provenientes ou de FofaPí',' ÒTJ 'de 'doaçr^s' de terras da Coroa e Fazenda1,4 ííé;j<írnfou no='no' de='de' pertençtlm='pertençtlm' temporárias='temporárias' uasas='uasas' serão='serão' caritiade='caritiade' religiosas='religiosas' parte='parte' oàem='oàem' tag1:di='lietxla:di' oor='oor' fafn-da='fafn-da' publrco='publrco' litlerarios='litlerarios' on='on' _='_' _4tr='_4tr' foroiroá='foroiroá' publica='publica' á='á' pelos='pelos' oonatano-i='oonatano-i' ou='ou' respectivamente='respectivamente' donatano='donatano' pios='pios' tíquatíjfter='tíquatíjfter' misericórdias='misericórdias' rendas.='rendas.' p='p' veia='veia' pa='pa' ivslabelocimeritui='ivslabelocimeritui' qtrer='qtrer' abs='abs' muray='muray' polo='polo' otitroa='otitroa' serviço='serviço' remi='remi' vinte='vinte' lodo='lodo' ioiportan-cia='ioiportan-cia' oud='oud' xmlns:tag1='urn:x-prefix:lietxla'> Art. 16." A re-íitsçito dos foros, censos, e pensões, pa.>-as a dinheiro, será' foita no Tlwsouro Publico, bem como a dos que forem pagos em géneros, cuja iinpoitahcia para esse fun será reduzida a diniuriro pelo termo médio do que tiverem valido n&s,prece» dentes cinto jfrnnos, «*^uF*do as-taríf»*-dás rol. l,°— Janeiro — 1841. ou-ftít-stia faUa, pólos preços do& -rnerr.ados naslo-catrdfidea. • - ' •-..•>. O Goveçno deterririBapá- as medidas. que^ com ««giyr-ttnça -d*s -diru-Uos ublica f'*ê. d'à f b-po* ura proce&ao iBiropl es., qàe toda*' as- cònwuódidades -atos Foreiros. for recfaerida eeffecloa-goâ*fâo <à p='p' foioiros='foioiros' o='o'> beneficio de |)agar quatro das vinte rendas em Ew>fio, ser-llíes-bâo <íerrdfis _.vin='_.vin'>te 'rcnsdas nu e passando e*te tempo,' todas «á ^agíií a dinheiro 'Cotrcnfe.íerrdfis> '-•§. unit»o.: 8e-^nssados dous annos, e depois de intimados os foretros, róo qutzM-ãm lemír as pensões, 'Ou db n sete' -que pagarem á F,t2«nda,, se-rào-oy mfesníos fortfs .-vendidos ' e m hasta publica pela.im-i portancia de vinte rendias,- e «m lauJ-emioi ' • i .01 O produlcto das renwasões terá as-áp-seguinte*: *• ij -- •.,,,» 'l .*'''§«; as foTQgy-Câbsos, <_.ni de='de' phtcuizam='phtcuizam' amortisaçào='amortisaçào' pelo='pelo' remrsão='remrsão' prco='prco' penflvrerniíia-v='penflvrerniíia-v' denpíième='denpíième' perterfóe-á='perterfóe-á' dívida='dívida' _='_' íí='íí' á='á' eaienda='eaienda' os-sojbredd-íis='os-sojbredd-íis' ptiblica='ptiblica' cuando='cuando' ki-sua='ki-sua' ou='ou' pa-nções='pa-nções' qtm='qtm' m='m' o='o' xlerna='xlerna' igual='igual'>roí péi tençam a Cofôa .ou Faxbrrd-a por mercês temporárias, on a casas Rt-ligiosas, Mitras, Mizencor-JU-iòs , e quaosquer ostros Kblabeleci-, -Li l teia r i os.-* ou-de- caridade, on de co , o preço deí- renmáíio scuí ernpie-gadb $kn apólices d-e divida .fundada! a cargo da Jurfta drvCrfdito Publico-, te serâojavc-rbadas afa-\rarUí<_3 a='a' de='de' donatários='donatários' referidos='referidos' e='e' pensõos='pensõos' lixo='lixo' produzir='produzir' rendimento='rendimento' essas='essas' corporações='corporações' v='v' o-u='o-u' um='um' lhes='lhes' t-='t-' _-i-iial='_-i-iial' _='_'>u toros que se bõuyerern remido. •' f1, 3.'9 Os foros ou pensões de bens da Coroa re-de rações incertafe impostas por titulo ge-Aterra o' reviveis por vin-t^ rendas a favor dos juro « herdade: mas quando nesses estiver §. 4.° A. moída papel "provoíniente das remissões dos-foros, Censos, ou*põnsõesj quando essa remissão tenha logur no primeiro e segundo anno, será enlfegae-na Junta da Credito Publico, para ser aínoftisada eom as sojemn idades da Lei. {Arl. <_20. com='com' remissão='remissão' etn-phyteutafc='etn-phyteutafc' dos='dos' stiíb-ertiphyteuttts='stiíb-ertiphyteuttts' dos-='dos-' sub-emphyteutas='sub-emphyteutas' domínio='domínio' dessa='dessa' haverá='haverá' se='se' emphytetitas='emphytetitas' para='para' c-mphytoiitas='c-mphytoiitas' não='não' ftiç='ftiç' pêra='pêra' _='_' fita='fita' pehís='pehís' a='a' ser='ser' pelos='pelos' sfwhorios='sfwhorios' remis-='remis-' os='os' e='e' ou='ou' soja='soja' a-='a-' fazenda='fazenda' quando='quando' o='o' p='p' ella='ella' ípóde='ípóde' senhorios='senhorios' directo='directo' doa='doa' requerida='requerida' foros='foros'> Art. 31. ° O^Hforos ^'censos , e pensões, tanto as que estivarem estabelecidas por contractos emphy-teuticos, como por doações, ou aquellas, a que tiverem sido reduzidas as .rações incertas impostas por titulo genérico , que não fossem pagas desde n
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(í W* )
Ji-
publicação do Decreto de 13 «h*
e cuja arrecadação pertença aoThesouro,
duztdas a tsesí quartas partes , utt* »d>s ç
paga em moeda papel , e as dufl
tulos de divida fundada, ou n^Q fundada
a. 1833. Qua-ndo alguns dos ,foro^
censos, ou pensões tenbana andado arr-e«í atados ,
o Governo , segando os casos ocGOCivjnlçs tornará
para a eua decisão as providencias -que julga* de
just ca. ' ' • •
Art. 23.° Os Donatários e FWeiros ou Pérsio-nados d.a Coirôa , que* já tiverem. 'Sido, i dos pelo Estado doí^fofos-, úmisos,- ou pí lhes pertencia rn, e foram -exli natos pelo, i-3 de Agtosto de 183$,,' -oão. tem djreào, a i;e€eb.er os dito* foros, censos, ou pepsòfls, , íyue, ficam- r
•/Art.1 23/ Aos Foreirog, ouPensjpéadf)%qjijf de-" pois da publicação do Decreto d»13;de Agasto -.dffy l832'.nâo tiverem pago os foros-,' o,u pensões. patti-culares. ou pat rimou iaes , para tjrte não legísi
Art. 04. ° As Leis estabelecidas para conseuva,-<ão herdade='herdade' zenda='zenda' herdades='herdades' dei='dei' rins='rins' dos='dos' do='do' eravijijcias='eravijijcias' fa-='fa-' das='das' ler='ler' aneiidanentos.í='aneiidanentos.í' qm='qm' tnesioa='tnesioa' etn='etn' _.hcnclicio='_.hcnclicio' continente='continente' reino='reino' quer='quer' e='e' aíem-tejo='aíem-tejo' ou='ou' em='em' e.='e.' serào='serào' poder='poder' fazenda='fazenda' todas='todas' p='p' ás='ás' as='as' potler.='potler.' estejam='estejam' _0onaitu.ios.='_0onaitu.ios.' eslas='eslas' _4='_4' observada='observada' da='da' arrendta-.='arrendta-.' quanto='quanto' coroa='coroa'>
Art. 25." /Ysvendm,. pa.fnl4i8g> trocas, •hvpothe-caç, e quaesquer( alienações -etifeciunfias, poç virtude de contractos, au sentenças,, em co!*formidadç das disposições do DíT.reí,o. dtv 13«- da-Agoçío 4e» 1832, ficam firaies,e váliósíis;, -m aforamentos de. bens, feitos p, ri Donatário^ rarios, que devessem vir-ft^per.lencer em ailg pó á Fazenda PnibJica.]! «<_5flivp havereíé='havereíé' a='a' de='de' sacão='sacão' e='e' emenda='emenda' i='i' dtíâ='dtíâ' uffridos.='uffridos.' do='do' resjjiiço='resjjiiço' presente='presente' o='o' p='p' fe-uas-='fe-uas-' t='t' dicados='dicados' pela-='pela-' alleraçôf='alleraçôf' pelas.-='pelas.-' direito='direito' nóiôrr-ssados.='nóiôrr-ssados.'>
§. único. Quondui por efife^- d qualquer outro connaelo^ o^^%uippca se paiado alguma parte das propriedades, que sem andar iinidafr, seráioforo, cp^so,, ou rateada na djaváda proporção* dast partes das. : •
Art. 26,° OKí-overno fará todo$ os tos necessários para a, execução da preseote Lei; pela qual tirar v.ev«gado e> declarado o Decreto de 13 de Aígosto, dta í-8^^ e.. toda a^Lugiálaçâo em çoi-s* ti'ario. ;..'r,
Secretaria d'lislado_> do& Negocio? da cm 14- de. Janeiro de 1(841-. = F,lundo Rodrigues reira Ferrai. - . , -
dn fí.uto. — U (B Officio s. ao l .* eícruliuio dd el e uni Stitatiliito. p-^l» de Pt-n/iíiel, que vi«-tam pelo altinjo Correio. •—» •Cvmmissâo de
4e-um
- da Fazt&dfit — Ura, Otfíc.io transT;inirv-do em addicionantieiito ao bí'u OíTis u» de- 13 Je A^OSÍO dje IB.tO, um ; ma p D a. deaioosirutiv > do-B. n^Njç-i -naes qne'fora,fn concedidos paia diver^oj fvns , b-in-como copias d^s J?oita.rirís o^ue o^ ;narsd,,!a.a esvtre-gar. -T-.-4' ÇofHinissâp dç Pa^nda,.
JMimsteriv dft Mqrnthq e Ultramar. — Um Oft(. cio rTtJetlendp uru requer ijr^eVi'' o de M a n uri i\I.at fiado, Mesfere ^qe foi do Ca.bjque =^ inveja = que pi-de ser çefor^a^o iifpA lendo um r^q o ,MÁf d« Ulsa '{Vr gj ^I,hçí4í!íí>ride,,ni')t{ir •iie.maliíi^nl'*, ^e a, fprtQj p 'v^gjjff^ntA, Ç«frf?-Rí'ncl*'ni<_ p='p' a='a' ms-='ms-'> parti de. por Q. Sr, S$Gi;e.t a uj,t ima redacção, do ProjectQ de-, Lç.i Ar.° 16 L , ,9Mt«5/«f qippr&iiadtí .t , .. , O Sr. .SYwsa sjzevedv : — Sp.r,. Prçsi qualqjje-r- i tamente Ço(mi)it>*àf{:t jul^.c^iK^^sâ.o píauaiveis as razões qye tu-iíjo, a a^r^ij^i^iaí ço f n,, o. furv.de c.onseguir o 1 j^ni^^t^o ipgar e certo, ,qu(-e ÇoJJa^j, ~ivM|,í)j!je me aubítitua, cer^Go^ip^jsi^p tvusfp, iin^io,r,sornina de de. qu,
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consequência supponHo que & Canora a approvou : eu vou con.-ulur a Camora a e-»e respeito.
A ('amara nau concedeu, a escusa pedida.
O Sr. Tavares de Carvalho; — Eu também peço o m f * u i o que pediu o Sr. Deputado que ncaboude fallar, e espero ter melhor sorte, porque as mesmas razoei são mais fortes: as minhas razões são a minha incapacidade, e por consequência vou ser rim Membro inutil n a Co m missão ; ea falia desande que lenho, como a Cítmara conhece; (apma-do$} e porque não posso ver combater as minhas opiniões a bímgue frio, fico tremulo, e por isso não as posso sustentar: basta esta confissão ingénua par# o meu requerimento ser mais bem succedido q»p o da illuijlre Deputado.
jí Camará eunccdeu^lhe a escusa pedida.
O Sr. Presidente; — Parece-me que pouca demora haveria em só ultimar a discussão do Projecto JS.° 95; (apoiados) a discussão estava muito adiantada, estava somente pendente de nmaetnen-da do Sr. I/idro, e parece-rne que cai breve se poderá decidir. (/ipoiados.) A emonda do Sr. Izi-dro teve em vista accresccntar ás palavras do Antigo l.° as palavras — de prnducçuo nacional.
O Sr. .Voi/ra:— Sr. Presidente, eu tinha pedido a palavra para sustentar o additamenlo do Sr. Deputado por Santarém , e combater o do Sr. Deputado $ela Madeira, pertende-se excluir o primeiro por parecer que o nosso intento é simple*' mente favorecer os goneros de producçào nacional, queiendo-se dar o mesmo favor aos geuoros nario-nalisados , mas dessa maneiia vamos favorecer os géneros de uma Nação, e ha de haver alguma outra que se queira valer deste exemplo para exigir,, que o» seus géneros possam ser ré xporUuio*, isom-plos dpôfttreitos de tonellagem; digo que vamos com. essa medida fazt»r valer mn género de uma Nação s6, porque o aceite, e obrigo a que n nece^i-da.de. e entào entendo eu.que jnesle-caso de necessidade , não haverin duvida nenhuma ern estender o fuvor,, tomando-se uma medida p»ra e-w fim, porque se piles sào somente admiltidos no Paiz quando, se der e&te caso excepcional',, o q uni espero que de hoje em diante poucas VJ»ZH se dura entne nós, podo enlão lomar-:>e uma medida para,este caso extraordinário »cm embaraço algum»
sjdente, quae*quer q«e sejam as d imposições que passem a. e^ie respeito, por forma alguma aliciaram a Legislação estabelecida para a importação dos Ce* reaes estrangjeiio»! «uptendamo»no8 bem, ou com ad-diiamerrtp, ou &etn addiiamento a forma porque pás-sarem, as disposições relativas a esta JLei não alteiam, de maneira alguma as Leis geraes que determinam a, forma porque são adonttidos os géneros estrans^ei-r.os; t; qinmdo eu propuz que ou fosse eliminado aquelle additameuto ou fosse mais bem explicada> louge de ter en» vista prejudicar a Agncultura f era meu. fim favorece-la, e digo a rasão; estabeleci qu« esla Lei, é uma Lei de exportação, e não altera de fórwia alguma * importação dos géneros determinada pela Lei geral das Pauta% e pelas Leis do Reino-) todo e qualquer género estrangeiio que entrar na Reino, ha de pagar os direitos, e entra, e paga 04 cljrehos segundo â Pauta geral, e as LPÍS gerae* do Reino. Quando houverem dentro do Paiz taes ge/r neros, achar-se-hão carregados dos direitos fortes por estas Leis estabelecidos, e como da menor quantidade de qualquer género uo mercado se seguirá maior preço, uma vez. que os gener >s nacionalis*» dos tornem a sahir do Keino, o> cultivadores desses geneios, haverão mais subido preço paia assuas pro-ducçpes, e assim seguir-se-bão vaniagens, e nunca piejuisu â Agricultura, ficando ao mesmo tempo nos cofres públicos os direitos r.ecebid-os. Todos nós-sã» bem?»» que 0» (Jereaes s» devem ser adnuttidos do estrangeiro^, quando uma necessidade ab->oluta a isso nos obngar, e declaro que é minha opinião que seiá preferível mesinr» que o consumidor expenmen» ta alguma falta, a ver os nossos Lavradores de Ce» reaes lesados nos seus justos interesses; e cumpre que ludos concorramos pa-a que não »e mterronvpa no seu' piogresso a prosperidade que vai appareceu* do na* cultura dos Cereaes. Mas, Sr. Piesidente, o illustre Deputado pelo, AJemtéjn ,^ue tão digna e independentemente defende sempre os interesses da Agiicullura^ e ju|go, que me ias a justiça de aoO Si. Jenu tf dttwgHta :-.— <_. que='que' estimo='estimo' q-ue.ulgutts='q-ue.ulgutts' em='em' esfla='esfla' dos='dos' enteiuii-tam.o='enteiuii-tam.o' s-eniidu='s-eniidu' tanto='tanto' parece='parece' tios='tios' ilj.umes='ilj.umes' eu='eu' discussão='discussão' foliei='foliei' me='me' continuasse='continuasse' nvius='nvius' não='não' deputa='deputa' quanto='quanto' presidente='presidente'>na ultima Se^ão, e alguns até foiam, tâjú IvutíP qr«P-ji^lg»' ram que poresia Lei **• pudeiiaacerai »LtJ,das Pautas, ena o que não.
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•da Baira do Porlo , nunca adquirem nacionalidade, ale que tenham sido admittidos a despacho pá-rã consumo e paguem os respectivos direitos; nem ou-tia cousa se pôde entender. O Rio Douro é real-meuie uni canal de conducção } e por tal não muda a nacionalidade originaria do género pelo mesmo Kio conduzido , e então o género que é Hespanhol em Freigeneda, e ainda Hespanhol nos Armazéns do 1'orlo. Mas, Sr. Presidente, não haja nisto a menor duvida, e por consequência acccitemos, e eu já acceito o additamento do Sr. Deputado — dos géneros d» producção nacional — c accrescentarei porém — e mais daquelles que tivessem pago os direitos de consumo para dentro do Paiz — dessa forma cessa tolo o equivoco que poderia haver: neste sentido mandarei para a Mexa um additainento ao additamento.
Sr. Presidente, os géneros que existem no Paiz, e o mesmo se faz em todos osPaizes, e que estão na-cionalisadbs por terem pago o imposto de importação, são exportados em toda a parte como géneros de producçâo nacional; por exemplo, as fazendas Francezas, c as fazendas Inglezas etc. que aqui entram , e q.je estão nacionalisadas , são exportadas para as Ilhas setn pagar direitos, e no caso rarissimo de irem para o Estrangeiro sabem também como fazendas fabiioadas no Paiz. — (Uma voz: — pagam tonelagem J O Orador: — É verdade, eu responderei á observação da Tonelagem. Sr. Presidente , todos os géneros que estão dentro do Paiz , e promptià para consumo, devera ser e são eui todas as Nações considerados para todos os effeitos da exportação como géneros de producçâo nacional. — -Vamos agora ao caso em que nos achamos. Chega um Navio, e entrou para ver se tem carga, e di-zem-lhe rtão paga Tonelagem , se exportar Csreaes e Aceite, e trata o Negociante de comprar Azeite e Cereaes. K sabem qual é o tramite porque elle tem da passar se fosso redigida a Lei c >rn este additamento? Será preciso apresentar o documento, que comprove que foi de producçâo nacional o trigo ou o azeite no acto de hir para b >rdo , ora isto será por certo um grandissiàsimo inconveniente, porque ha de ser muitas vezes difficil para quem real-mente comprar géneros de producçâo nacional , mostrai que ââo taes, etnuiio fácil pelo contrario n fazer passar o género mcionalrsado' como de pró-ducçãt) dov Paiz pelo comprador, quequizer illudir a Lei. Agora , Sr. Presidente , diz o Sr. Deputado, mas dá-se Uma vania^etn na Tonelagem, perdoe o Sr. Deputado, essa. verftagera não têm concrpirução
com o direito de importação, q-iie pagou ogbnero-; e demais o nm desla L«*i e favorecer a Agricultura, dando grande extracção aos Cereaes produzidos no Paiz, e quem diráxju* se não facilita , e protriove muito o maior consumo desses géneros (Trigo e Azeite) fazendo exportar os queliouverern naclonalisa-dos? E peto contrario >3 acontecer ' haver grande quantidade de trigo e azeita no mercado, quer seja de producçâo nacional, quer seja nacionahsado, então é Jque o Lavrador não terá preço favorável para laè^ géneros, e e isto exactamente que pores-, ta Lei vamos prevenir.
Portanto rnando paia a Mesa o meu additamento ao additamento. — De -oroducçdi nacional, ou que tiver' pago os direitos da consumo para dentro do Paiz. t— Jervis d'4touguia.
O Sr. João Elias:—Sr. Presidente, corno Mem- „ bro da Commissâo adopto o additamento ; para mlm não era necessário fazer-se tal additamento porqueeu não quereria nunca que se consumisse um género que não fosse de producçâo nacional , e asatm foi assentado na Commissâo, e digo que jamais entendi que o additamento deixe de ter referencia ás Leis anteriores tirando toda a duvida a este respeito.... entretanto, como alguns escrúpulos podem ficar satisfeitos cora o addilamento, eu adoplo-o eomo Membro da Com-missão, para fixar mais essa ide'a; porque estou persuadido que o» géneros estrangeiros nacionalisados, depois de pagarem direitos de consumo, nunca pó» de m concorrer com os nacionaes para serem eKpor-tados, mesmo no caso de que se tem fallado. - '
O Sr. César de Pasconcellos: — Estou convencido, e creio que o estarão todos os Srs. Deputados, de que urna vez que os Cerpaes ou Azeite estrangeiro entrem para consumo do Paiz, depois de pagarem os direitos exorbitantes e snbidissirnos para essecort-sutno não podem concorrer com os géneros nacionaes para a exportação: portanto para qu« esta m os fazendo esta Lei? Se depois da admissão destes géneros estrangeiros, ficarem alguns por consumir, aos proprietários desses géneros convém mais baixar o preço dei-lês, leva-los ao preço era que estiverem os nossos géneros, e vende-los no Paiz, do que exporta-los porá fora, depois das despesas de consumo, despesas diárias elr. Eu estou convencido dequea hypolheseeíta-belocida pelos nobres Deputados de que os geueros o;'-millidos para consumo ainda hão de ser reext>»jrla-dos nunca se ha de verificar, julgo que è perdido o te;npo que se gaitar com esta discussão; porquo se trata de um aJdilamenlo que nuo ha do terapplica-çâo, e então pedui aos meus nobres Cóllegas que tivessem esta consideração e'ii vista para sp abbraviar. esta discussão.
O Sr. /. A. de Afiigafajesi-t-^rsl muito breve, e não farei senão enunciar a minha opirirão a e^le respeito.
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possível que os haja, e então quando esse caso se verificar, assim como para a admissão ha de haver uuia consulta especial e darem^se certos requisitos e circurnstancias; devem haver os mesmos para o caso de se verificar a reexportação, e entretanto estabelecer desde já que serão considerados com o mesmo favor que os géneros nacionaes, principalmente fallando dos Cereaes e azeite, que são principalmente os que se querem favorecer, parece-me que é já antecipadamente dar a entender que se ha de admittir maior quantidade que a indispensável. Bastantes susceptibilidades se têem levantado entre os nossos produclores de géneros Cereaes, tondo ainda ha pouco soffndo um golpe extraordinário, -ao menos na s?ua persuaçâo, e então para que havemos sem necessidade nenhuma ir-lhe dar aqui uma nova susceptibilidade e para que havemos antecipadamente estabelecer a possibilidade de abusar da LeU Por todas estas razões estou persuadido que se deve adoptar o addifamento, dizendo-se única* mente de producção nacional.
O Sr. Soure: — A matéria está exgotada; mas ha um pomo de facto a verificar. Disse um Sr. Deputado , quando eu fallava, que as minhas reflexões não tinham logar, porque a respeito dos géneros In-glezes e de todas as Nações já era permittida asna reexportação; mas estamos a laborar n'um equivoco: é de direitos de reexportação que aqui se trata? Não, é de uma excepção á Lei geral de impostos sobre tonelagem; e pergunto eu, os Inglezes, os Francezes e todas as outras Nações têm esta isem-pção ? Não têm: e que fazemos nós com este addi-lamento ? Vamos dá-la á Nação Hespanhola , e terão as outras Nações direito para reclamar um igual favor. Peço aos Sr. Deputados que reparem no peso desta reflexão, que ha de ter força na diplomacia , e que havemos de ter certamente reclamações; porque se dermos esse privilegio a uma Nação, as outras têm direito para fazerem uma reclamação de igual isenção.
O Sr. J. M. Grande: — Sr. Presidente, parece-me que a questão está suficientemente esclarecida. Na Sessão passada tinha eu entendido, que oaddi-tamento ofívrecido pelo Sr. Deputado por Santarém era desnecessário; mas hoje entendo o contrario pelas seguintes razões. Em primeiro logar eu entendo , que visto que nós adoptamos a expressão de, tonelagem para os Cereaes e azeite, é necessário especificar, que sào os nossos Cereaes, e os nossos azeites, a fim de que se não venha exigir, que se anplique a mesma Legislação a outros Cereaes, que não sào nossos. Sr. Presidente, nós carecemos agora mais que nunca de por medidas indirectas, dar favor e protecção á nossa Agricultura, aos nossos géneros, e não a géneros que tenda vindo aos nos-ios pontos, em viriude do Tractado que acaba de ser sanccionado; pôde por esse motivo entender-se que se lhes deve applicar a Legislação que existe a respeito dos nossos.
Por consequência, Sr. Presidente, é por estes motivos, que entendo que o addilaroento deve ser adoptado, e não por temer que outros generos,que venham nacionalisar-se no Paiz pagando direitos de consumo, possam ser ainda reexportados; essa reexportação e' que não é possível, e se o fosse não nos faria mal. Entendo por tanto que o addita-menlo deve ser approvado.
Foi. l.'— Janeiro — 1841.
O Sr. Xavier da Silva: — Eu tive a honra de assignar o additamento do Sr. Deputado por Santarém , mas entendo, que está suflficienlem«nte sustentado, e portanto peço a V. Ex.a que pergunte á Camará se a matéria está discutida.
O Sr. Jervis d'Atouguia:—Eu espero que fossem bons os tachygraphos que copiaram o que eu dis-,e, e o que disseram .também os Srs. Deputados da opposição.
Foi approvado o additamento do Sr. Izidro — E não foi admittido á discussão o additamento do Sr. Jervis.
ORDEM DO DIA. Discussão da Resposta ao Discurso da Coroa.
O Sr. /. A. de Magalhães: — Desejava ser in«i formado se S. Ex.a o Si. Ministro dos Negócios Estrangeiros reme t te u a esta Camará os esclarecimentos pedidos por um illuslre Deputado por Aveiro , a respeito da transacção relativa ao Regulamento do Douro, anterior a esta nova questão que se suscitou entre os dons Governos ; e em segundo logar desejava também saber se S. Ex.a terá trazido a esta Camará, ou se não tem difficuldade de trazer, todo o processo posterior entre os dons Governos, depois da primeira communicação do nosso Ministro em Madrid sobre a exigência feita pelo Governo Hespanhol. Também desejava, Sr. Presidente, saber se S. Ex.a remetteu a esta Camará alguns esclarecimentos a respeito das reclamações feitas ao Governo Inglez sobre as prezas feitas pela sua Marinha de Guerra nas Costas das nossas Possessões Africanas, e que sq possa de-prebender qual a resposta que o Governo Inglez tem dado a essas reclamações.
O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros: — Responderei pela sua ordern ás perguntas do nobre Deputado. Não mandei os esclarecimentos que o nobre Deputado mencionou, porque ainda me não foram pedidos officialmente, e só então é que verei se os posso mandar, ou não. Não tenho apresentado , nem faço tenção de apresentar os documentos de que fallou o nobre Deputado sôbie o assumpto da Navegação do Douro, antes e depois da época que o mesmo Sr. Deputado marca , e aiitqs ,que Q estado das Negociações assim o permitia. E pelo que respeita ás reclamações apresentadas , ou não ?io Governo Inglez pelo Governo Porlugiiez, sobre prezas feitas pelos Cruzadores Inglezes, eu darei conta daquellas que tenho feito : pois que algumas tenho feito, (O Sr. Sá Nogueira;— Mas quando?) O Orador continuando: — Quando se tractar disto. Mas não sei porque o nobre Deputado me diz, — quando? — Hei de dar conta, e também darei couta do estado deste negocio; porque é elle um dos muitos que o Ministério tem entre mãos, e que está em correspondência com o nosso Agente Diplomático na Corte de Londres.
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aã o original por isso ainda não foi entregue á CJommissào de infracções, o que m» parece justifica a Commissão por não haver dado o sen Parecer, (fozes: — Não se-referio a isso).
O Sr. José JBstecâo:--Sr. Presidente, fui eu que requeri, que o Governo apresentasse os documentos .Diplomáticos, que dizem respeito á questão do Douro, e requeri distinctatftenle que apresentasse aquelles, porque a Negociação se tinha regulado ate' o prazo, cm que tinha tido logar esta gravidade de circumstancias, em que nos achamos; requeri distmctamenle isto, porque entendi que a gravidade dws circunstancias exigia, que o Governo desse não Iodas as explicações, que elle disia, que não podia dar, mas quantas elle entendesse, que eram necessárias para o sen melhor julgafrien-ro , s Não insisto por "estes documentos; porquê sabia que o resposta e esta tyranmea evasivo — nno o •upportam as Negociações,'-e que para isto não havia mais argumentos, porque o Governo entendia, que perdia o seu direito se patenteasse estes-documentos. Mas, Sr. Presidente, «e o Sr, Mu nislro não pôde apresentai todos os documento», que ao menos apresente aquelfes, que dizem respeito á Negociação ate' ao ponto em que ella nada tem' com as circumstancias actuaes, apre&enie aquelles documentos, que teve a Negociação só até ao tempo em que ella estava consumada, e hto tudo ri'adn Ictn com a concltisuo final. As instancias do Governo fíespanhoi para a conclusão desta Negociação, e que o Governo a apresentou aqui, mas estas instancias datam do mesmo dia'eífo que nasceu o Ministério; por consequência devem ter sido -muito longas as culpas deste Governo. Dê^nos pois este Governo as ra/òes que podpiu ter dado motivo a taps culpas , que pôde muito b.*m *er qne nós nesta época encontremos razões bastante explicitas'para o absolver. 'Mas se ,o Govetno os nuo apresentar, se ello entende que-não podem vir esles documentos , se d!e entende que nós havemos de discutir, e de fazer-lhe nccu-saçòes sem o verdadeiro fundamento, que elle seja muitas Vezes calumniado sem'que tenhamos razão de o calnmniar, se elle tem tão po'ico respeito,'e' tão pouco zelo pelo scurcredito, sujeite-se a oste"s inconveniente-). En já digo não insisto pt;la apresentação dos documentos , porque sabia , que'este-era o resultado; sabia oern tjue o'Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros responderia que» não consentiam as Negociações, -que se-apresentassem", e que os havia de apresentar reciusando-se mesmo a dizer quando. !~OSr. SV; Nogueira: —• Sr, Presidente, pedi a palavra sôbfe a ordem pói que fadando o Sr. Ministro dr>8 Nrgocúis Estrangeiros, e declarando quea-presentaria certo* documentos, que lhe tinhào sido pedidos, eu perguntei do tneu lugar a S. Ex.a quando? B S.''Es.* eatranhou^que eu lhe fize**e esla pergunta; j'»'go por tanto conveniente dar a razào a S. Ex.* lísiini per«iia dos Estrangeiros parece que em Conçpqíj^ívcia diste» devia apresentar estes doeu. -n 311 1 iis , ^ queria q«<_ ss='ss' á='á' depois='depois' tjitasi='tjitasi' ju-uça='ju-uça' qoe='qoe' ariteb='ariteb' parque='parque' conduclu='conduclu' ervf='ervf' fizesse='fizesse' dt.-coihâo='dt.-coihâo' não='não' da='da' sua='sua' tag0:_='depois:_' _='_' xmlns:tag0='urn:x-prefix:depois'>m de nada, porque o caso é este. Sínip rf «e a,jr'9jn aíD depoia quando já não e occasião ;& qtiatido não é tprnpo e a.qui está , porque não SP cia ^ccasião aos Deputado» para fatiarem sobre -a'condiici?i do Governo, e o Sr. Ministro dns Negócios do lleino ou dos Estrangeiros, qu» não sei rt qctp «i, s-^a o qu« for, qvifí tem o assentimento da Camará nàr» appre-senta os documentos o n^sta occasino o qne faz e' mostrar ., qn*> não quer qim se cpnsurc o seu comportamento'. Eu digo qne sé 'censuie poríju^ «TíTal-tnente as Corte» appro %a • O Sr. M. dos N. Estrangeiros . — Nàoe que o 'noSr-» Deputado (rn- pergiintasâe — Parei1" '«ii>f, q jeo seu guando vinhj^xtefii na occa-ião eiu quí- eu acabava de discar qi de apresentar os documentos, quando o eal iifgociaçõrs o pcrmiitis^e ? não houve dfstfncçào, nem me pttT?ce que -a havia. Agora a-t rasÔes-do^no» bre Depntado nào podem *er as minhas ; .mas devo dipsáe já dar uui tí-glúnunho d^ ^gredeçimfíiilo ú be-nírvoieiicia do nobre Deputado, «qual pelo inuilo zelo qntt tem pela min ha r*»p(»taçâo, não quererta que etla soífresse , não apresentando 'os documentas quf -ô(le quer; não l«m o nobre Deputado remédio senão censufar-me e já se vê que conseguindo elle a aprexcntoçào dos documentos, não me queria censurar, agradeço; rnas faço uma simplt-ç observpçuo, e vern a ser que e a prioirira v,êz que mervcia lal benevolência ao nobre Deputado, coir< tudo uma vê? é bom, (riw) Agora, Sr. Presideni?, tornando ao z^!o pí-ía minha reputação, creto eu que «?m't»:nha consciência preso n^ais a convenientíin Puhlica"do t^ue u miiilia reputação, e do que a rrpiitaçâo de qn-jm mefagop-posiçào nos combfcles, que crje dirigir, porqu« SPÇU entender, quo periga o bem do meu Paiy, corn as ré-«elsçòes que se pertendem , muito embora fiqufc *>u sujeito a todas as animadve/sões , não hei de cedrr. E entendi que por ora e prigosa a apresentação dos documentos pedido*; mas digo aos nobres Deputados, que tenho a doce esperança de que"errj breve cesse este estado de duvida', pmqno nào estará lori-g^, segundo auguro, tuna conclusão amigável ede-cenle com a Nação tismha, e depois deste inoíiion-to Imde- chfgar, o de apf(-/pii!ar lodo o processo das negociações para serjulgado.^pozac/os.^ Em quanto.
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á disliríeção, que os nobre» Deputados fazem das e. ochas da negociação , podem fazel-a a seu arbítrio; porém como eu sou Juiz sobre os inconvenientes da aprezeíHaçào ou não apresentação dos documento», entendo que oi« não e possível aprezenta-ios, porque a negociação é Ioda análoga desde o principio até ao fim.
O Sr. Seakra:—Sr, Presidente, "tenho muita-satisfação em ouvir fallar antes de mim um Sr. Ministro da Coroa, mas o que não me parece bem eqílan. do efle não pede a palavra positivamente para declarações corno Ministro lenha preferencia sobre quem tinha a palavra antes.
O Sr. Presidente: —. Mas sempre tem sido pratica rnaUeravel da Casa dar primeiro a palavra a um Sr. Ministro quando a pede.
O Orador: — Não questiono sobre h*o, mas per-mitta-me V. Ex.* qne lhe diga o/ie está pratica e só seguida para o caso que disse, 'isto e', quando 'o Mi-n stro pede a palavra corno Ministro para dar explicações ou fazer declarações'; mas -não qoe^t-UMio mais sobre isto.
Sr. Presidente ê uma verdade que os Sts. Ministros da Garoa sito os Juizes effmpt»U»rites para avaliar o caso em que podsm ou nào communicar quaesquer p«ças-ou documentos of&cisrçs ^-rfe4lie sejam pedidos; mas lambem e uma verdade que se qualquer Deputado interpeíla ou quer «st-ês documentos,'podf^fu-zer algumas ponderações sobre as rasoes ou motivo, que os Srs. (Ministros apresentam, e pelo menos ped!rem que elles se expliquem de modo q u-3 s?jam entendidos. B' para isto que pedi a palavra; é porque drtiejo entender o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiro. Sr. Presidente, eo acabo de ouvir que nào se podem communicar estes documentos que se pedem porque ha negociações pevidetites — e é contra isto que me levanto, e é para pedir uma «xpticáção. Sr. Presidente, este negocio do Regulamento da Na-tégaçào do Douro depende <íe peto='peto' legislativo='legislativo' governo='governo' qtwm='qtwm' iiie='iiie' distiucta='distiucta' lei='lei' concorrer='concorrer' missão='missão' vigora='vigora' cooperações='cooperações' eomo-eíi='eomo-eíi' como='como' hespanbol='hespanbol' suas='suas' íw='íw' passe='passe' as='as' nesta='nesta' aorneando='aorneando' appareee.='appareee.' sua='sua' unteo='unteo' lendo='lendo' sào='sào' feito='feito' nggoouidor='nggoouidor' rtateria='rtateria' deviam='deviam' cunfere.='cunfere.' por='por' p-.ren-ciíeu='p-.ren-ciíeu' devia='devia' _='_' sarios='sarios' ser='ser' a='a' seu='seu' estaá='estaá' d='d' competem='competem' e='e' convenção-que='convenção-que' direitos='direitos' separadas='separadas' n='n' o='o' reuutfitíntoaseirn='reuutfitíntoaseirn' obrando='obrando' nào='nào' da='da' funeçde='funeçde' com='com' de='de' estado='estado' parle='parle' apparec='apparec' corp='corp' nlonde='nlonde' parte='parte' do='do' approvado='approvado' factura='factura' ete='ete' liberdade='liberdade' são='são' corpo='corpo' desde='desde' diversas='diversas' em='em' virtude='virtude' appfovado='appfovado' disfinctas='disfinctas' bâo='bâo' outra='outra' este='este' na='na' attnbuições='attnbuições' iue='iue' que='que' dmrer='dmrer' constituição='constituição' aprovado='aprovado' figurando='figurando' fm='fm' uma='uma' artigo='artigo' momento='momento' acabou='acabou' para='para' independentes='independentes' confirmado='confirmado' regulamento='regulamento' enl='enl' os='os' lle='lle' é='é' aitribuiçàes='aitribuiçàes' ha='ha' posições='posições' porque='porque'>sim as ai-tnbuii;òes e o liruile que ha Do andamento deste; «e-jíocio, não entende (t Constituição do Paiz, nào a quer executar. Sr. Presidente, desde o momento etn que e&tí» fíe^ulaai^uto foi Iransmillido ao Parlamento para elíe o ex.ymi«af com independência» com liberdade, segundo os inlfreáws do Paiz, nào ha nr-go-ciacfio nenhuma possivcí «*•») infracção, seu» quebra da índepeiidetiti» e dds dliettoB do Parlamento. Mas é i»est«- inumeoto- que ovsço dizer que eôbre o mesmo objecto hti u-nsa negf«tóíução pendente l &u rne levanto contta esta confusão e u.sur^açâo de Poderes^íe>
contra a quebra da-independência nacional; porque aqui ha necessariamente alguma quebra desta Constituição, dessa independência.
Sr. Presidente, eu presupponhõ que entendo perfeitamente (pelo qu« tenho ouvido nesta Camará, e se tem dito fora delia) onde podem ir tjr estas negociações; e ha muito que se tem dito aqui nesta mesma Camará,que a honra e a independência Nacional não ganhavam nada com ellas, não só no seu resultado, mas ainda np seu processo; mas desde o momento em que apparece esta suspeita no Parla» mento, faltaria ao uieu dever senão pedisse uma e*x-piicaçâo a este respeito. Se ha negociações sobre o Regulamento , como se conciliam estas negociações com a independência e liberdade do Parlamento na approvaçâo do'Regulamento? Que querem dizer es-Ias negociações? Que podem ellas significar? Sobre que podem versar? Eis-aqui o que lemos direito dê ver explicado. Agora quanto á publicação das notas diplomáticas, S, Ex.* como Ministro é o Juiz cooipetenie de as ptiblicaV, ou de as não publicar, mas do que rvão podemos prescindir e' de enlender as expressões do Sr. Ministro; o que é necessário é salvar a Constituição do Pai«,«i Independência Nacional , assim como as attnbueçõ • que competem a cada um dos Poderes, e sobre jstr> e que eu desejava ouvir o Sr. Ministro dos Negócios fíitrangeiros.
O Sr. Ministrados Neg
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necessidade de escolher outras razões differenles da-quellus que apresentou , porque por ora não apresen» tou razão alguma para fundamentar essa denegação, e não posso deixar de estranhar que S. Ex.a não tenha achado nos seus recursos razões mais plausíveis do que aquellas que acabou de apresentar.
O Sr, Minislro daJusliça: — Sr. Presidente, como ouvi dizer que o Governo contrariava os princípios que estavam consignados na Constituição, pedi a palavra unicamente para ractificar algum ponto de -doutrina, que foi apresentado pelo Sr, Deputado para combater o Governo. Dis«e o nobre Deputado que o Regulamento desde que foi feito pelos Commissarios, desde que foi apresentado pelo Governo ás Cortes, o negociador é o Corpo Legislativo, e que acabaram as funcções do Governo. Aqui está o que me parece ser ^contrario, e opposto á Constituição, e porque? -Porque no Regulamento se conte'm disposições que hão de passar em Lei, e então peço ao nobre Deputado que atlenda ao que dispõe a Constituição no Artigo 34.°, § 1.° (leu)y por tanto não é simplesmente o Corpo Legislativo o negociador, nem acabam pelo facto da apresenta» cão em Cortes aã funcções do Executivo, por consequência parece-me que o nobre Deputado não teve razão quando disse que o Governo não cumpria a Constituição : o nobre Deputado é que não está em harmonia com os princípios da Constituição sobre o objecto em discussão,
- O Sr. Seabra:— Peço a-palavra para uma explicação»
O Sr. Presidente: — Vai ler-se Q Projecto de Resposta.
O Sr. Seabra: -«-Kntâo V. Ex." oão rae dá palavra para a rninha* explicação?
O Sr. Presidente: — Eu doti logo^ , , ,•
O ST. Seabra: — Eu cedo da explicaçãot porque ella não é necessária, todos c n tendera ca o *jue eu disse. . - , .
O Sr. Presidente: — Para a discussão,poder marchar precisamente, seria conveniente dividir as quês £ toes que «e tractam na Resposta ao Diacurpo, do Thorno, e então eu passo a dividi-la da seguinte maneirai 1.* parte deve ukiraar-sc no fim do 4," $ nas palavras =r: na completa apreciação >dos factos = se a 'Camará convém, esta primeira parte está em discussão *
O Sr. Ji Â. tfe Campos;»-«-Se V* Ex.* quer perguntar á Camará se quer discutir, ou não na gene* ralidade, eu não direi cousa alguma, porque tanto me importa que baja discussão na generalidade, ou na especialidade; agora este novo melhodo de áis-cutir por pelotneij dividindo o Discurso em três partas, cada «roa das quaes conaprebende un* poucos de objectos, (O «Sr. Presidente:—-JEJu consulto a Camará). O Orador :—Mas este objecto é digno de ducus&o, por exemplo, a 1.* parte, comprehen-de três ou quatro §§, no primeiro tracta-se a questão geral do Poder, noâ.? a questão das exigências, èlc. Ora, querer que se involva isto tudo n'uma só dbci)S:-ão, não nje parece conveniente; a Camará porem fatá o que Cjuizer.
O Sr. j4vila:-~Sr. Presidente, o que eu esperava era que 'V7. Ex.B quizesse manter uma decisão que foi tomada na Sessão passada relativamente a este objecto; porque delia se colheram bons resultados. Na Sessão• passada fiz eu um Requerimento,
para que não houvesse doas discussões, como tinha havido no anno antecedente, sobre a Resposta ao Discurso do Thrcno, a fim de não fazermos eterna esta discussão; poiémque se discutisse a Resposta toda d'uma vez, ficando livre ao Orador o falias sôbie toda ella, ou restríngir-se ao §. ou §§. que lhe ap-prouvesse. A Camará assim o decidiu, e apesar disso esta discussão durou uma semana. Seria muito para desejar, Sr. Piesidente, que nóu adoptássemos os exemplos dos Parlamentos das outras Nações em que está estabelecido o Systema Representativo, aonde se discute a Resposta em três dias, e ás vezes em uma só Sessão. Sr. Presidente, eu não encaro na discussão da Resposta mais do que a questão da conveniência , ou desconveniencia do Miuisteno ; esta questão pôde tractar-se em qualquer §., como se faz em toaa a parte, e como se fez na Sessão passada; e eu espero, que a Camará adopte aao-ra o mesmo que fez então 5 e mando para a Mesa o seguinte
REQUERIMENTO.-—Requeiro , que a exemplo do que se decidio na Sessão passada, haja uma discussão só sobre a Resposta ao Discurso da Coroa, havendo com tudo votação sobre cada §. •— A. /. cf^ívila.
O Sr. José Estevão ;—O melhodo qns ".". E\ a propôz com quanto me pareça pouco curial, rao é novo, já foi apresentado nos nossos Corpos Legislativos, e já teve as honras da rejeição; ee"a honra espero eu, que elle tenha nesta Camará, Já no Senado se propôs , que a discussão fosse por capítulos, e o Senado rejeitou esse melhodo :, Agora, Sr. Presidente, a Proposta do illustre Depilado «3.0 me parece, que tenha per si nem os bons u^-.à, nem os bons precedentes, não tem se não o pré-xsedente do anno passado, cujos resultados deviam levar-nos mais a faxê-fa rejeitar, do que a appro-var; por isso que a discussão da Resposta foi nimiamente limitada ern relação aos assumptos, que nella^se tratavam. Dar-se paro tbema de uma só drscuscão um objecto, que involve muitas q nevões, e,cada uma delias de grande monta, e querer reduzir os Oradores a j&to, é querer uma tyrannia insoffrivcl, ou querer explicar a sua irnpossihilida« de. >O Sr, Deputado disse, que nesta questão não havia se não a questão de Gabinete, eu não ô entendo assim, por que além desta questão ha muit&s outras a trâctar.
Não é só para a Camará infringir uma censura ao Governo, mas pa;a cada um dos Oradores, explicar, e apresentar as suas Convicções, sobre as questões, que se agitara no Paiz. Não houve ainda resposta que apresentasse questões tão graves, esãotaes, que quando se tratasse couiulativaníenle devia fazer-se unia excepção a este respeito.
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Discurso dá Coroa, e as que deixam de vir, porque o Discurso pecca consideravelmente por omissões, é preciso saber-se quaes são os motivos dessas omissões : em fim se a Camará obrigar os Oradores a li-mitar-se a uma discussão eu ficarei silencioso.
O Sr. J. .//. de Campos: — Sr. Presidente, um methodo qualquer sempre determinado para questões desta naturesa, é impossível.... o methodo deve ser apropriado á naturesa da resposta — tal pôde ser que uma discussão geral seja o meio apropriado, e tal pôde ser que uma só discussão seja urn cabos, um labyrintho. Ora a presente contém partes muito difíerentes; deve ter uma discussão separada.
Não parece próprio que esta resposta se faça por uma só discussão, como se ha de discutir conjun-„lamente os negócios do Douro, com o negocio do .Tractado com os Estados Unidos? Como se ha de discutir o systema de Fazenda que o Governo devol-,ve á Camará, e a Camará ao Governo? Como se ha de discutir conjuntameíte o estado de segurança publica, e as circumstancias extraordinárias em que nos achamos? Sr. Presidente, são tão diversas, tão graves, e tão importantes as questões que apresenta a resposta, que será impossível um só Orador n*um só discurso comprehender a todas as questões: por tanto, Sr. Presidente, não pode deixar de haver duas discussões gerai, e especial, sem as quaes não é possível discutir-se a resposta como deve ser; eu já tenho votado para que a discussão da resposta seja uma só, mas, Sr. Presidente, ainda cá não veio uma resposta que apresentasse questões tão importantes , e tão diversas como esta, e por isso não e possível eu agora poder de modo algum votar como já lenho votado; por consequência eu entendo que a resposta deve ter uma discussão geral, outra de artigo por artigo. (Apoiado).
*O Sr. Ávila'. — Sr. Presidente, das razões%que acaba de apresentar o Sr. Deputado tiro em resultado o confirmar-me cada vez mau na minha opinião: realmente admiro que os Srs. Deputados emendâo, que a resposta não deve ser unicamente considerada cotno a oCcasião de discutir se a política dos Ministros convém ou não aos interesses do Pau; mas sim como thema para setractar de todas as questões, que interessão o Pau. Seguindo»se o methodo, que proponho, disse o iliustre Deputado, que acaba de faltar, é impossível discutir o systema de Fazenda, que compete ao Paiz. Pois havemos discutir eor-pro-fcsso na occasião da resposta qual e' o systema da Fazenda, que convém seguir? Enlào devíamos fazer o mesmo a respeito do systeuía Administrativo, do Judiciário, em fim de todas as questões que concorrem para a completa orgamsação do Paiz, e poderia então cada um de nós apresentar todas as suas idéas a este respeito; porétn no fim de tudo o único resultado,productivo, que obteríamos, seria o resolver esta questão; convém ou não a política do actual Ministério? fí' a este resultado que eu quero chegar, e que se pode chegar, por um caminho mais curto, e que eu entendo, quesedeve preferir, a firn de não desperdiçarmos um tempo, que nos é indispensável, para satisfazer dignamente ás obngâçõa» do nosso mandato. E' verdade que temos já feito muitas das Leis* que nos são mais necessárias: com tudo devemo-nos lambem lembrar, que toda a demora , que tivermos nestas cadeiras além do tempo necessário, além de ser urn verdadeiro roubo feito VoL 1.°— Janeiro. —1841.
á Nação, lança s^obre nós, e sobre o systema Representativo um grande descrédito; por tanto devemos fazer por estai* .aqui só o tempo preciso, e procurar aproveita-lo o» mais que for possível. (O Sr. José Estevão : —• Pe Agora, Sr. Presidente y vou responder ao S r. Deputado que acaba de pedir a palavra, e respondo-lhe beira contra minha vontade, porque me é muito cugtoso ter de repetir argumentos já por mim apresentados'; mas não ha remédio quando se reprudu-zem razões já destruídas. Eu, Sr. Presidente, não invento precedentes; os que tenho citado estão consignados nas Actas*. Depois da Restauração a primeira vez que se discutiu, a Resposta ao Discurso do Throno, foi em 1835, e não houve senão uma discussão, como se fez em 1840: cada uni dos O/adores poude f ali ar apenas duas vezes sôhre toda a Resposta, e offereceram então as substituições, emendas, e additamentos aos diferentes paragraphos em que entenderam, que deviam censurar -o Governo. Em 36 houve \irna só discussão, a da especialidade, discussão que era melhor que não lembrasse (Apoiado), porque nos primeiros dias foi tuna discussão pura , e simplesmente grammalical. Ern 37 sabe o Sr. Deputado, que houve uma só discussão. Em 39 foi a primeira vez que teve logar a discussão na generalidade , e especialidade, e o resultado qual foi? Foi levar-se três semanas com a discussão de três paragraphos. Ê para evitar isto, e o descrédito que por estes acontecimentos recahe sobre nós, e sobre o Sistema Re-presntativo, que se deve seguir o methodo por mim lembrado: e se se incetar a discussão cfoutra maneira, ha de V. Ex.a ter de dar a palavra tantas duas vezes a cada Sr. Deputado, quantos os paragraphos deste Projecto de resposta. — O Sr. Deputado que acaba de fallar, disse que não tem meios para n'um discurso comprehender todas as questões da Resposta: o Sr. Deputado e' o menos competente para o dizer, porque muitas vezes nos temoc-cupado coro discursos de mais de duas horas: graças ás suas forças políticas, e talentos oratórios. Se o Sr. Deputado quizer, só elle é portanto capaz para fazer- Com que esta discussão não acabe em quinze dias. Por consequência eu espero que a Camará adopte o mesmo methodo do anno passado, que haja uma só discussão, ficando livre â cada um dos Oradores o fallar em cada uma das partes da Resposta, abrir até questões novas por meio de additamentos, ou substituições; e em fim. que seja votado cada um dos paragraphos da,Resposta, assim como as substituições que se lhe offerecerem. (Apoiado.)
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parecerem de vez em quando $«Jas gaestões de. ordem, -embaraçadas, e duradoura*, •$• porque? Por-
que os Oradores orç&os^ e r-estrtctos a tocar em iodos ps pontosr-qjíè se rtratavarça , e a fallar só duas vezes, e não podefado abranger tudo, /e â-p,r?su.nt€tr lentos, qoan1:os'-!argurjaentos julgavam necessários, •01) por esque-oimefiíto , ou por -camçasso, faziam-se questões d'orá&m para dar k>gar'a apresentarem-se •esscí argumentos ( Apoiados), fi pergunto jeu como é possível agora de una a só vez tratar-, porjexempio» <_1a _-materiais='_-materiais' poresià='poresià' de='de' bons1='bons1' poderá='poderá' otatotia='otatotia' tag0:ás='_:ás' ique='ique' fetdbargjdeínaui='fetdbargjdeínaui' do='do' hespanha.e='hespanha.e' _.fiem='_.fiem' _.ã='_.ã' menor='menor' nem='nem' um='um' portanto='portanto' diaer='diaer' fpoiadns='fpoiadns' ca-raara='ca-raara' publi-ía='publi-ía' partição='partição' icto='icto' atirados='atirados' não-='não-' _.prjecffitodá='_.prjecffitodá' el='el' éua='éua' matrildçiw='matrildçiw' política='política' poete-='poete-' sua='sua' xrsetíido='xrsetíido' coroo='coroo' questão='questão' tratar='tratar' presn-bb='presn-bb' cmn='cmn' duearsos='duearsos' alitençâo='alitençâo' neiior='neiior' fatiga='fatiga' se='se' sé='sé' tag0:quesem='_:quesem' t.bba='t.bba' _='_' d='d' os='os' e='e' clórdí-m='clórdí-m' estados='estados' seti='seti' _.unidvs='_.unidvs' _-e='_-e' _-das='_-das' x='x' veesknfastiana='veesknfastiana' to='to' da='da' xmlns:tag0='urn:x-prefix:_'>) ftfcja pois urna ju3ta,partí*çã0j com TÍiqúfer« vi irando-ee'» 'carççasso dos 'Oradores ,<_ er.='er.' pwsa='pwsa' _-je='_-je' ce='ce' matervaè='matervaè' e='e' eniijdrreàiandam='eniijdrreàiandam' i-se='i-se' bem.='bem.' _.inn='_.inn' orar.='orar.' duas='duas' somente='somente' fem='fem' as='as' vez-es='vez-es' cada='cada' tespotid='tespotid' fsiístbiitar='fsiístbiitar' _-instar-.='_-instar-.' falaà-ndo='falaà-ndo' _='_' o-ttjàicdõsbuvlntós='o-ttjàicdõsbuvlntós'>dos'orbjécrtos, jern.iCpie for partido' o Projecto1 -
to não é-í>oíbivc-l, porque chega a ;çlle a aUençâo* da Camará, ou antes axsua paciência, e o /orador tem de callar»se4'isto.e' o que acon-i&ce em toda a parte aonde estes ol>j«c4o8 de disc«* lern ^ c»m «jais ou menos aUençâ,o segundo o estado do es,pirtt6 huma,ne. Não ho, por tanto .senão (Jous ^aethfòdos a seguir * um é a dÍ6c«s9fto na generaifda* íJe, e x> outro e por §§. : V. JEs.a prppôz se ha -de haver.fliscussào na generalidade, e depoi-s pc/r. §§. ou, se ha de ser só por ^'§í, pof tanto a: sua pr p 'l^;*ciir,sfi>fido. Inr O Sr* Moni%:—Sr. Presidente, se as maiorias lêem certas manhas ^ lambem as minorias tem as suas... (hilaridade) nós todos ha muito qua andamos nesta vida; já nos conhecemos muito hem^uns aos outros: vauios andando que nisto ao menos so-,naos uns e outros do progresso ... Ora, Sr. Pres^-n-4e, eu quero uzar de urna dessas usanças, e espero que -ao menos desta vez o Sr, Deputado que ensinou de ridícula a presente questão, não tenha por in\uppnrla* -.««/esta ty i ann i a de nos libertar de longas arengas sobre -«ase assumpto rediculo, qu^ todavia daqueUe lado veio (da Esquerda) para passarmos a cousas mais serias. Rogo pois a V. Exc.a queira perguntar a Camada se este projecto está ântíicicntemente discutido. Julgou-se discutido.
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Foi topprovado o Requerimento do Sr. Amla. O ' Sr. Presidente : r— Por consequência ;está f>m discussão a Resposta ao Discurso do Throno, (fcu* lêr-se) e tfHii a palavra *
O Sr. Casconceíhs Mcrcàranhas: — Sr. Presiden-te, eu costumo fallur poucas vezes, mas occasiões ha ern que um Deputado 'não pôde ficar silencioso, para que se não diga, que elle pertende declinar a responsabilidade, que lhe pôde vir de manifestar ás suas opiniões publicamente. Eis aqui a razão, Sr. Presidente, porque não sendo athleta ministerial, eu totoei a palavra para rnotivar-o meu voto na grave questão, que começa hoje a di^cutir-se nesta Casa. Oxalá que a discussão -seja tão plácida, corno tonvém á decência da Camará, e que açaimando-se o espirito de partido, e pondo-se de parte o ódio ás peásoas, que tantas vezes tem eclipsado o brilho 'das nbssas discussões; unicamente se avalie a política dh Governo, como for mais conveniente ao bem do P ai z.
Um Sr. Deputado, que se assenta na extrema esquerda , entrando na consciência dos Membros dá. ma:oí4a , acaba de dizer, que seiia desnecessária a diiciisáão , porque o Projecto Em quanto a tnirn , o'8r. Deputado'penetrou as tninhtts intenções, eu hei de approvar o Projecto de Resposta, o principn Invente na parte em que'elle não fulmina alguma censuia ao Governo pelas medidas exiraordinaiias, de que se vio obrigado a lançar mão depois da ultima Legislatura. Eu me o'ccu> parei hoje unicamente deite objecto, e se a palavra me checar outra vez, eu me occuparei dos outros a que allude a resposta que hoje se discute. Eu lamento, Sr. Presidente, a origem dos nossos males, eu não posso recordar rnè sem profunda magoa dá imprevidência de tantas Administrações que poi um péssimo Governo nos tem conduzido ao abismo da nullidade, e ao desprezo dus outras Nações. Eu lamento, Sr. Presiderre, que a negociação da malfadada Convenção do Douro, nos tenha exposto a u ma crise violenta", e a uma ameaça terrível da Nação vUinha: mas, Sr. Presidente, quando sou a ora d<_ quaes='quaes' dos='dos' mós='mós' manter='manter' sacriíidios='sacriíidios' momento='momento' se='se' nos='nos' para='para' então='então' independência='independência' das='das' não='não' _='_' forem='forem' a='a' á='á' imminentes='imminentes' os='os' e='e' lamentações='lamentações' dispor='dispor' é='é' males='males' necessários='necessários' quando='quando' o='o' esse='esse' p='p' pátria='pátria' liberdade.='liberdade.' estão='estão' perigo='perigo' d-vemos='d-vemos'> Sr. Prefidente, a sentença q.ie vai hoje a proferir o Parlamento pôde ser de vida, ou rnoiU? para o Paiz ; mas é mister, que ella seja dada prompia-mente ; um só momento dt»demora nas grandes crises traz couifeigo a perda das NTaçõe?. É preciso, Sr. Presidente , que esta Camará se p.-onuncie desde já sobre a política do Governo; ou pata que este continue na Administração , e leve por di.inle as medidas de salvação publica, ou para que se retire, é venha outro que possa snlvar a Nação dos males, "• de que se vê ameaçada. P t-Ia minha parle eu ncho que ó Governo nas cii<_-umstancias que='que' de='de' pátria.='pátria.' aos='aos' merecido='merecido' deveres='deveres' uma='uma' bem='bem' zelosa='zelosa' mac='mac' achado='achado' se='se' satisfeito='satisfeito' altamente='altamente' tem='tem' dignidade='dignidade' e='e' desenvolvido='desenvolvido' administração='administração' em='em' o='o' honfa='honfa' p='p' teui='teui' nacionalidade='nacionalidade' progvam-ma='progvam-ma' da='da' onal='onal' diffi-ceis='diffi-ceis'> Sr. Presidente, o Governo depois da ultima Lê- •gislatura j suspendeu as garantias índividuaes; decretou, um recrutamento violento fora da esphera Quem, Sr. Presidente, de boa fé' p. dera censurar o Gaverno pelas medidas extraordinárias, que ascircurnstancias lhe d i c taram ? Quern poderá censura-lo por haver etn tão grande cfise recorrido á •Lei siíptsèma d» salvação publica? Sr. Presidente 4 'eu sei quanto é perigoso para a -Liberdade o m>nniento,. em que um Governo invoca a salvação puihltca., p&ea fazer calar as Leis do ,Pa.iz. A salvação publica tem sido muitas vezes a-arma terrível dos tirarmos, com que têm ferido a Liberdade dos Povos. Carlos IX dava em expectaculo á França os horrores da noite de S. Barlholomeu , e invocava a salvação publica/— Luiz' 14 revogava o Ediclo de Nanles, preparava o massacre dos Protestantes do !Sul da França, e invocava a salvação publica.— A Convenção Nacional prescrevia as metralhadas de Leão, e os assassínios deNantes; expulsava do ^ seu s#io os Oradores mais eloquentes, e mais virtuosos, para os entregar ao Tribunal revoluciona* rip, e d'alU ,á guilhotina, e invocava a salvação publica —.Fernando VII levava ao cadafalso a,quel-lês mesmos, que lhe haviam conquistado o Thro-no, e comprado com o seu sangue a independência da Noção, e in'ocavà a salvação publica.— D. Miguel tingia as Praças com o sangue da inno-cencia, afferrolhava eon escuras masmorras os Cidadãos mais diàtmctos, muitos dos quaes se achara ntísia Casa, e invocava a salvação publica. 'O que eu tenho dito, Sr. Presidente, e' uma grande verdade digna da reflexão dos Povos; mas iàtahem é verdade, que muitos Impérios se teriam abatido, tnuitas Nações teriam ptírdido o nome , e a existência, se os Governantes não tivessem invocado a Lei suprema da salvação publica nas crisefc do grande perigo da Pátria: assim salvaram os Romanos a Republica muitas vezes ; assim a salvaram os Fráncezes já em os nossos dias; e assim agora a salvou o Governo collocado na alternativa ou de fazer curvar a Nação debaixo da foice da ignominia, ou de a preparar para a resistência , invocando a Lei suprema da salvação publica.
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para nellas ser discutido, e bem sabia ella que o fronteiras? Queria vender a pátria aos castelhanos f
Governo Portuguez muitas vezes tinha instado por Retira-te da Administração, Governo imbecil, e
e-.ta discussão, por ventura mais demorada pela traiçoeiro.
grande resistência, uuo; encontrava rios interesses Deu í Sr. Presidente, o Governo signaes de v«-Nacionaes. Este, Sr. Presidente, era o pretexto da, arrostou todas as difficuldades, chamou a pado Governo Hespanhol ; mas outro devia ser o pen- trta a fazer os sacrifícios necessários para manter a samento reservado do Gabinete de Madrid; quan- sua independência, e que dirá agora a opposiçâo f do fazia as ameaças de uma invasão, ^Ue, se não Dirá os mesmos convicios ao Governo , mudando o atrevia a fazer sem alguma apparencia de justiça, plano do attaque unicamente. Já, Sr. t residente,
Nesta situação, que devia fazer o Governo Por- me parece ouvir retumbar nas abobedas desta bala
tuguez,' para não se-cobrir d'fnfamia, para não a voz da Oppostçao exclamando, Governo fingido
atraiçoar os destinos dtf Nação:? -Responder, como porque -destes um rebale de guerra, quando sabias
respondeo, appeliando piara os bhos do Povo-Por- .que a tua maioria, escrava de tuas vontades, te ha-
tuguez, ereando uma foTça respeitável, não para ,via livrar "dos perigos delia?
invadir os nossos visinlios, não" para levar aã seu iGoverno L.berticida, porque suspendestes as ga-
Paiz a propaganda dâtegalidade; mas para dçfen- Wtias indtviduaes,.o melhor bem dos povos livres?
der a Nação de uma ag*ressâo odiada por todos os - Gpvernã tirânico, porque agriolbastes a imprensa
Portuguezes, e somente desejada por algum filho senão- para não ouviremos brados, que conira ti se,
bastardo da Pátria •• ' ' • ««"guiam ac&da hora ? Governo ambicioso,1 para que
Sr. Presidente, ainda olgaem diz com o Viso da tens formado tantos Batalhões, senão para que es*
malignidade, que os limite* natqraes daHespaftha lês Soldados pretonanos.se sustentem na dominação
são o Oceano; mas eu direiT que os limites natu- de ferro, que fazes pesar sobre os.Portugueses? ,-
raee da Hespariha estão marcados em as nossas - Governo desperdissado, porque augmentastei a
fronteiras co.in padrões de 700 annos de duração-., despega publica coui os,preparativos de uttta guer-
e amaldiçoado, seja aquetl*, que de&eja vêf durri- rã,, senão para .vexares o povo, e fazeres a fartuua
bados estes monumentos da nossa existência, e da dos teus apaniguados?
nossa gloria.
Tudo. isto, Sr. Presidente, dirá a opposiçâo, e
Mas o que disse etr, Sr, Prudente? Que Por- com muito maior força, e muito maior
t«*uez 'desejaria ver os Uões d'Hespanha tremu- cia; porque muito maior é do que a minha a elo-
lando em as nossas Cidadelas'? Que Portuguez de- quencia. dos seus oradores; mas, Sr. Presidente, a
sejaria ver reproduzido o"capl5veiro do? 60 annos? verdade é só .uma, e esta a deve saber a Nação m-
Que portu-uez desejaria turvar-se debaixo dos teira. A pátria acha-se ameaçada de uma invasão
feiros que a^iihoaiâV oí pulsos de nossos avó*? inimiga,,e esta invasão não foi provocada peloGo-
Que portoguez desejaria qtíc Portugal perdesse um verno Portuguez, e nem em o meu entender eta
nome clássico, um nome histórico , um nome
consequência da falta da execução do Tractado da
a
nhecido em Iodas as' partes do mundo por feitos Navegação-do Douro: a invasão, se por desgraç
de valor e de grandeza para ficar sendo uma Pro^ se verificar, vira das antigas tendências do Goveino
vincía dá monarquia Hespanhola, ou um deparla* de Hespanha a fazer de Portugal a sua Conquista,
mento dessa «onhada confideração H ibérica? a dar-lhe a sua Lei, e a forma de seu Governo: e
Si. Presidente, nenhum poituguez deseja ver haverá algum Poituguez, que a tanto se sugeUeí..
a-pátria avassalada: a escravidão não cabe em peí- Sr. Presidente, se o Governo não tivesse corn-
tos portuguezes: desde as mais remotas eras, eilea prebendido as necessidades do Paiz, se não tivesse
esmagarão sempre os seus invasores. Sr. Presidente preparado os meios de resistência á invasão, de que
eu estou convencido, de que se um ttro se disparar estava ameaçado, então elle sei ia altamente respon-
ern nossas fionieiias os homens de toda» as r.oieR sável, e só então elle teria calcado aos pés a Cons*
políticas oiferecerão o seu sangue â pátria r e corre- tiluição, que o arma de poderes extraordinários nas
rão aaifetar-se debaixo da bandeira Nacional, desde occasiôes de eminente perigo.
então se acabará a serília dos partidos, e toda a se- Já eu ouvi^ nesta Casa, que o Governo Unha ar-,
n'ia dos portugueze& voltar-se-ba contra O3;inimigo« mado a Nação para se fortificar no poder,
da Nação, e os seus oppressores. Sr. Presidente, Ah! Sr. Presidente, quando poderia o Governo
que brado se levantaria dos bancos da opposiçâo, arriscar mais o poder, que tomando as medidas
se o Governo não tives*e obrado como obrou í en* violentas, que tomou, se ellus não fossem reconhe-
tão os nobres cavalheiros que combatem aAdrniriis- cidas de necessidade e de justiça pela Naçào in:eU
tração, (e creio eu com uma consciência igual á- rã, que os abraçou com enthusiasmo, e assim deo o
quella com que eu a sustento) excíamanão com vio» seu voto d'approvação ao Governo, roto que por
Jencia —Governo inerte, porque não conhecestes^ certo vale mais ainda que o do Parlamento. .
extensão-do peiigo que ameaçava a tua pátria, e Sr. Presidente, que attractivos tem o poder na
não preparastes o; meios de lesistencia a uoia mva- era de hoje? Que momentos d'omargura, e d'aíli-
são estrangeira? Governoioipnvidente, por que não cão terão passado os homens do Governo lendo a
creaste uma força publica na occasíao, em que te atravessar as mais espinhosa* difficuldades para
era mais piecisa? Porque não buscastes allianças chegar ao fim de salvar a pátria do furor de, seus
que pudessem coadjuvai-te ? Governo estúpido, por inimigos!! Que attractivos, Sr. Presidente, terá o
que não aproveitastes a faculdade que te clava, a poder todos os dias attacado pela raiva , pela meo-
Congtituição para usares de medidas expecionaes tira, e ate pela calumnia !.. , .,.
na presença do perigo? Governo antinacional; por Sr. Presidente, se algum homem hoje manifesta
que não chamastes "às armas os portuguezes, por desejos do poder, esse homem faz a si mesmo o
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Sr. Presidente 5-julgo desnecessárias mais razões para sustentar a política da Adofcuiistração na gran-de cribe, em que nos achamos; eu a tenho sustentado pela convicção da minha consciência, e por esta convicção a sustentam rwuitq»s Portaguezes.
Sr. Presidente, eu concluirei dizendo, que a maioria d es! a Camará formará uma muralha de bronze diante do Governo para o sustentar, eno quanto elle se mostrar digno da confiança da'Nação, e tiver o elevado pensamento de salvar a pátria de todo o jugo estrangeiro. MaíySf. Presidente, esta muralha não será eterna;..ella cahirá derribada pelas mãos da maioria no primeiro moym^nio, em que o Governo se aífastar da estrada tja nacionalidade, e da justiça. í ,- , • •
O Sr. José. Ettcváo: ~ ( O Sr* Deputado ainda não restttuio o seu discurso)*
i.,14 PARTE DA ORDEM DO BI A. O Sr. Gorjão tlenriqucs: r- Mendo para a Mesa uma representação com I40assi#naturas dos habitantes do Concelho dê Athoúguia; da Baleia, e juntamente com ella a da Junta de Parochia da mesma Fr^guezia, pedindo ser alli restaurado o antigo Concelho. Nào é pratica totnar a defeza destas representações na occa^ião em que se apresentam ; entretanto espero que # Camará achará a justiça desta pertencão, e que lhe deferirá, e verá que quando não fos»sem fortes motivos os de uma antiguidade, que prende nos primeiros tempos da Monarchia Portugueza, uma notabilidade peias Cortes naqiiella Villa celebradas, e outros motivos de consideração, bastará examinar-se a localidade daquella VYila, os povos que lhe são annexos, para se conhecer que e'impraticável, ou pelo menos barbai a, a sua união a um Concelho de que é sepa* ra.Jo por utn islhmo, que mil vezes torna impraticável a coiumunica.çào , o que tudo sem duvida a illustre Cornmissào reconhecerá, e eu terei a honra de sustentar perante esta Camará se tanto for necessário.
O Sr. Rekello Cabral: — Desejava que a Mesa me itiformasbe se já se respondeu a uma requibição desta Camará sobre as pensionistas doBolsinho; e quando n ao se tenha respondido, desejava que se pedisse com urgência a resposta.
O Sr. Faria Pinto : — Mando para a Mesa uma Representação da Camará Municipal de Mangual-de, etu que mostra que o minitno da sua despesa são 3 contos e tanto, e o máximo da receita l conto de reis pede ser authorisada a lançar um imposto que augfnente a sua receita.
O Sr. Avtla:—E' para ler o seguinte PARECER. — A Co m missão de Administração Publica examinou attenlamente a Representação em que os Commandantes, Officiaes e praças da Guarda Nacional de Lisboa, se queixão da intelli-gericia dada pelo Administrador Geral do Dislri-cto, ao art. £.° do Decreto de 13 de Dezembro ultimo na ordem circular que expediu em data de 30 3o referido mez, para se darem guias de passagem para os Batalhões Nacionaes, a todos os Cidadãos, que estivessem nas circunstancias especificadas no inebmo Decreto; por isso que, (diz aquelle Magistrado) deixarão de pertence* .£ Guarda Nacional. A' vista das razões allegaàas pelo Administrador Geral para justificar a medida adoptada, razões que o Governo reputa de bom fundamento* rol. 1.°— Janeiro—184-1.
a Commissão e' de parecer; que â. circular de qnè se tracta nào imporia mais dq. O Sr. Souza e *d%evcdo : — Pedi a palavra para ler e mandar para a Mesa o seguinte : PARECER.— A Commissão de Administração Publica, concordando com o parecer junto da i Ilustre Co m missão de Estatística, lançado sobre as repre*-sentações das Camarás Municipaes de Aldêa-Galle-ga do Riba-Tejo, e d'Alcocht»te, pedindo ambas a reediucação das Pontes das Rilvas, sobre a estrada geral para o Akmtejo, o disputando entre siacom-pelencia da inspeçâo, e dos respectivos Direito? dê Barreira, entende que devem ser rem?tidas ao Go» verno at'ditas representações para sobre ellas dar a esta1-Ca m a rã os esclarecimentos necessários, ou pré* (e«der, na conformidade da Lei. — Casa de Commis-sòes «os 19 de Janeiro de 1841.— Eugênio d' Al' meida, Soiv&a e Aievedo, Ribeiro Vieira > Stlva Cabral, Ávila^ J. M, Grande. O Sr* Trindade : — Sr. Presidente j eu pedi a pá* lavra para subrnetter á altenção desta Camará este Requericoenio, que aqui trago; porém antes de o fazer julgo dever dar alguns esclarecimentos sobre o seu objecto. Sr. Presidente, con«ta-me por cartas e impresos ultimamente recebidos da índia, que o Governo geral e mais authoridadet de Goa, minha Pró* viacift, t e na adoptado algumas medidas extraordinária! <_ aos='aos' governo='governo' legaes='legaes' pelo='pelo' tributos='tributos' lei='lei' xeraíins='xeraíins' espancamentos='espancamentos' havidas='havidas' ourives='ourives' réis='réis' insultos='insultos' tem='tem' faz='faz' presidente='presidente' pela='pela' como='como' lambem='lambem' imposição='imposição' relação='relação' renda='renda' as='as' etc.='etc.' exercício='exercício' isso='isso' conhecimento='conhecimento' ferreiros='ferreiros' mecânicos='mecânicos' eleito='eleito' sua='sua' equivalem='equivalem' feitos='feitos' ultramar='ultramar' violentas='violentas' seus='seus' atacando='atacando' dos='dos' empregados='empregados' medidas='medidas' salientes='salientes' mil='mil' por='por' dividas='dividas' se='se' penas='penas' ellas='ellas' constituiçãoautho-risa='constituiçãoautho-risa' sei='sei' meios='meios' sem='sem' pois='pois' respeito='respeito' _='_' a='a' pelos='pelos' e='e' direitos='direitos' excessos='excessos' o='o' p='p' alguns='alguns' geraes='geraes' da='da' participações='participações' commcttidas='commcttidas' com='com' cobranças='cobranças' de='de' devedores='devedores' nótão='nótão' violando='violando' garantidos='garantidos' do='do' juiz='juiz' mais='mais' ca-='ca-' evtincção='evtincção' justiça='justiça' mesmo='mesmo' servirem='servirem' ate='ate' roais='roais' violências='violências' prizões='prizões' tag0:_='dá:_' das='das' um='um' também='também' natureza='natureza' monopólio='monopólio' próprias='próprias' entre='entre' são='são' _300='_300' contos='contos' cidadãos='cidadãos' legislativas='legislativas' governadores='governadores' todas='todas' fazenda='fazenda' es='es' utn='utn' sr.='sr.' tabaco='tabaco' commetti-do='commetti-do' este='este' essas='essas' esta='esta' estabelecimento='estabelecimento' já='já' destes='destes' sejão='sejão' que='que' no='no' empregos='empregos' factos='factos' militares='militares' muito='muito' abolição='abolição' povo='povo' impresos='impresos' provisórias='provisórias' li-giejativas='li-giejativas' para='para' não='não' constituição.='constituição.' ligislalivo='ligislalivo' só='só' empréstimo='empréstimo' necessário='necessário' simtlhante='simtlhante' principaes='principaes' os='os' queixas='queixas' ou='ou' convém='convém' ordenados='ordenados' poder='poder' juizes='juizes' quem='quem' prezentes='prezentes' _33='_33' officiaes='officiaes' xmlns:tag0='urn:x-prefix:dá'>
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a'fttn dfi-*e«em examinadas seriamente, e depois jcjo «xçrtoe,,ou;rejeitadas, ou approvadascom ás s e#• .orodjécaçjèes accomodadas ás cirearns-de O&tf. Ewijuvo nego que a extincçâo da j&o 'JTabíWo, seja mais suave aos Povos e me-* nos pesadq d,o que-a existência delta, pois que aga-r&-3ô .véeni/elles librés de muitos vexames, eoppresr sõfiá -que então soffrifio , sem com tudo acharem Tabaco fyom e de seu gosto para fumar, porem sempre é utt» inal , e uni pezo^ que eu não acho rã g cavei, porque ^ tributa n ao só vai recair sôbne t tuo imprópria no systema Constitucional, en-tendi-me com S. r£xc.a o Sr. Ministro do Ultramar, e éHe me certificou, que não só não approvaria es-sã. Portaria , míi$ quo pasmava i m medi a ta mente or* dens para a sua suspensão, lím quanto aos excessos do Juiz consta-me que tem havido, queixas de Goa, c a-segurou-me o 8;. .Ministro, que ia dar a pste respeito eérias ptovidenciaa ; porem quaeaquer que sejão essas providencias ,• muito conyem que esta Camará lenha conhecimentos delias, e dos factos que as moti\aram para se legislar ,sobre este objecto, a fim de s? evitarão futuro sitmliianle mal; porque Sr. Presidente, os Juizes de Goa, salvo rara excepção, estnbando-se na independência do Poder t e na- timidez, e fraqueza dos Po.yo$ e cortas d REQUESUMENTO. — Requeiro se peça ao Govec-no peia, Secretaria dos Negócios da Marinha e do Ullramar, que com a brevidade possível aprpscnle a esta Camará todas as medidas legislativas que o Governo geral de Goa tem adoptado no anno próximo passado: bem assim infoinie circumstancia-darnente quaes são as violências e excessos praticados por algumas das Authoridades dessa Provin-dia, e se acerca delles tem $ido dadas precisas providencias, a íim.de se evitar a sua continuação, ficarem illesos os direitos dos Cidadãos, e serem punidos os aggressores, propondo ao mesmo tempo , quando najn mister, aquellas medidas que excederem as suas attnbuições, em ordem aobter-seodito fim. Addilamento aç Requerimento do Sr. jPeres, ap-provado na Sessão de 16 do corrente. , Requeiro que juntamente com a Portaria do Governo geial de Goa de 14 de Maio de 1840, relativa á cobrança das dividas da Fazenda Publica, venham para etta Camará todos os Documentos , que tenham sorvido de base e motivo para a dita Portaria, informando se ella foi approvada, ou re-piovada pelo Governo. — Salla das Sessões da Ca- mará 21 de Janeiro de 184^^^-lT, Sn Presidie n te-,> peço a urgência jdesrte Requeri-Biento. ~.J J - -o - Em seguida continuou a Orador: -r-^uero man-dar para a Mesa este outroiRoqAie*tmento também de objecto urgente. Sr. Presidente,, creio que bít uma resolução desta Camara-j- e-saie-JOÍescno contracto com o Eróprezano para »« íemetteFeni os. seus Diarioâ não só'pat&'as Camarás Municipaes, e mai? Aathoridadd» do-Gopíinerjtff do Reino, mas também para as-xias Provincifia Ultramarinas; ,e consta-me, qaets^rnanaílmeo^eis* i Mandão estes Diários para toda! ^as Províncias ;do JCcvntiíiefile, e páí rece que o mesmo se faz para as Ilhas Adjacentes de quinze a qúinaeídíàs,^ou ^e mez a mez , porem isso não acontece a respeitosas Províncias do Ullramar, porqrué se espera páfa a sua íeraessa pelas embarcações , que hajauí de sahir para essas Províncias, e d'aqui resíilta checarem estes Diários ao conhecimento dos Povos Ultramarinos um ou dois annos depois. Sr. Presidente, assim corno o£ Povos, ç Aulho-iidades do Continente do Reino, .e das Ilhas desejam saber os actos dos seus Deputados, e o que se faz nesta Camará-, também os Povos, e Autno-ridades das Províncias do UJtramar têera o mesmo desejo, epóde-se satisfazei a eHe sem causar algum pczo á Fazenda Publica, 'remettendo-se estes Diários por Alexandria ; • porque como sejam impressos, nada se leva pelo seu porte ate' Bombaim , e de lá1 para Goa, Damão e Diu, c ate' mesmo Ma-cáo, Timor póde-se fazer a remessa por embarcações, e quando mesmo 'Seja precisa alguma despe-za esta será por conta da respectiva Provinda. Sr. Presidente, eu examinei seriamente este objecto; informei-me acerca delle na Secretaria do Ultramar, e alli se me disse, ^que somente os Diários do Governo se remettiam para Goa .mensalmente: informei-me também na Administração do Correio Geral, e alli me foi certificado, que pelos impressos nada se pagava, e que os Diários da Camará não se mandavam, para Goa. Sr. Presidente, cada mez parte de cá a Mala para a índia: para lemessa dos Diários ate Bombaim nada se gasta s e pela leitura delles nas Províncias da índia se evitará que os Povos, meus Constituintes, dêem credito ás intrigas e calumnias, que de cá se escrevem para lá , a ponto de ficar em suspeita a confiança que eiles depositaram nos seus Deputados; pois mandou-se dizer que eu tinha trahido os interesses da Pátria, e que até mesmo tinha votado contra ella, e para ella ser entregue aos Inglezes. Por estas razoes tenho a honra demandar este segundo Requerimento, eu peço a sua urgência, e é o seguinte : REQUERIMENTO.«~- Requeiro se peça ao Governo, que sejam remctlidos mensalmente por Alexandria os Diários desta Camará da presente Sessão , e também os da Sessão próxima passada, a todas as Camarás Municipaes, e mais Authorida-des do Estado da índia. —Sá Ha das Sessões 21 de Janeiro de 1841. —/. H. de Sousa Trindade, Deputado por Goa. O Sr. Presidente: —,Nâo âe pôde votar por não haver numero legal.
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i so|?ise>a vMêsa paia ter segunda leitura; e "esto «) persuadida, que a Camará ba de decidir fãe«i;fiwvj-: dfc nenhuma, -6 • 'O^&f^Pr^denie :-**- Ejiiquan^o, senão, rewnenj. mais, âflgiiwi^Sijâ.ifiXtó^utadosiv^iou dando ,a .-palavra, a 4al-guns/.Ses, queoá'tsstn para íagei Requerwneutos* r ' ' .-O >Sr; J. Ensaia Mcg<ílht goioussao.='goioussao.' daca-maráfos='daca-maráfos' uma='uma' _-respectiva='_-respectiva' re-pr.esefluaçfco='re-pr.esefluaçfco' qae='qae' para='para' mesa='mesa' esouaa='esouaa' and='and' _.e='_.e' pedji='pedji' autliaf.ldhdesxioconclho='autliaf.ldhdesxioconclho' par='par' palavra='palavra' tag0:_='_:_' a='a' â='â' d='d' mesa.='mesa.' é='é' peço='peço' vá='vá' divisão='divisão' n='n' p='p' sobre='sobre' e-íji.ju='e-íji.ju' v='v' guie='guie' ojando='ojando' derritoito='derritoito' xmlns:tag0='urn:x-prefix:_'> •O Sr, >£r. í/e Caravalho : -r* Mando para a e , se ieeotnme.ndeao Gqverno pelo:Mmisterio'da Fazenda, que mande a esU Camará com a possível brevidade a informação; por^lla já p£Úida acerca d a. Representação da-Caina*, í» Municipal defennto Tlurso, ejm. qne pedem a confirmação da concessão,, que sre l.b,e fizera da pai te da Co-nvento situado munes ína Villa para casa dasSes-soes e audiências. Salia ,da Gamara il-de Janeiro de l §4 1"—»- Gomes de Carvalho. O Sr. Augusto Xavier : •— Eu peço ao Sr.Secre-. tario haja de me d»zer se já veio do Gov,erno uw Requerimento da Camará JVtunicipal de Lisboa q uo foi apresentado na Sessão passada a respeito do» direitos de consumo e que lhe foi enviado para informar; (>O Sr. Secretario Sá largas : -»• Nesta Sessão ainda não vieram, na passada não sei.') O Orador : —r O requériroetUo ÍQÍ apresentado na Sésamo pafesqda, foi reaiettido ha mqito ten^po, e desejava que quanto se decid^i este negocio. $r.,..j/Wpw'*:-TnMíwd.0- para a Mesa uma repte,-para que já ha a>mtos dia» ^avia pe^do a -pajavra, que pqr caq&a de outros muitos n«gocios q«$ -íerri veataslo perante a Camará não me poutjç çhç» gar- iiA. i representação é da M&dre Abbadeça e mais jdio Gon.verUo detNo$sa Senhora das Mer-(Cidade do-FuncJíal, que pedem para ter um dentro «da JU^usufa, pjas não na Igreja; talv-e-z que este, requerimento dê oocasiâo a resolver-se^una questão,sobre eete mesmo objecto, ruas .em sen-r tido ,maÍ£ geral, isto c, a; desesedeveattendei-ou não doa requerimentos de muitos outros Conventos era que sê pede que naqudlus Clausuras Religiosas;em que se não offender o fim salutar da Lei, seja per* fMlt)dj9 haver Cemitérios nos arcos doa mesmos Conventos e&tabeiecidof segundo AS regras necessárias para assegurar aquelle mesmo fim. • O Sr, S» Nngueira:—iiu-peço a V. Èx.a mjin-de fíiíter segundai leitura do roeu Projecto de Lei sobre Instrucçâo Publica de Cabo Verde, que mandei para a Mesa .na Sessão passada. O Sr, Presidente: tr-Nâo ha numero; na primei* rã occasiào que houver eu ;prjncipiareí a 3«g»mda.parte da ordem do dia pela* segundas leituras:,» Qtdein do dia de Sabbado é a contifjuaçãci da di&qusigo 4a Resposta do Discurso da Coroa. Jísiá levantada a . Eram quatro horas da tarde. N: n. ire 23 1841. Presidência do Sr. finto de — Presentes 72 Srs.Depu-tados. —~ ao aieio dia- -—approvada sem discussão. CORRESPONDÊNCIA. Ministério da Marinha e Ultramar : — Um orneio accompanhando o requerimento dos Tenentes da Armada Jorge Tompson , Fermino António Quiri-noChaves, António Miguel Aurora, António Mau» ricio Brusco, e José Joaquim d1 Azevedo Corte-ReaJ, em que pedem ser promovidos ao Posto, qUe peia tua antiguidade lhes pertence, para ser tomado em consideração pela Camará, quaudo entrar em discussão a Proposta de Lei , que pur aquelle Ministério foi remettida a esta Camará em 9 de Setembro ultimo. — A' Cominissão de Marinha* Foi mandado imprimir o seguinte REIiATORIO.— Senhores —Tenha a honra de vos apresentar as Contas de despe?a do Ministério dos Negócios Estrangeiros da gerência do anno económico findo em 30 de Junho de 1840; cuja collecçâo coroprehende três contas. A primeira conta é especial das despesas a cargo do Ministério vencidas no anno económico de 1839 —1840, na importância liquidada ate á quantia de 182:023^814 reis, a qual comparada com asotn-ma de 118:896$ reis que a Carta de Lei de 31 de Julho de 1839 havia fixado para taes despezas, ne# sulla uma differenca de excesso de despeza na importância del3:127^81é rers, -tnas considerando^&a que n'aquella despeza &e comprehende a quantia de 20:400/000 réia, d'adianíamen£os feitos a vários Empregados na forma da pratica, e que estes adiantamentos deverão ser deduzidos nos vencimentos suc-cessivos destes Empregados, sendo por conseguinte deápeza que dúninue a.dos exercícios futuros, em relação cõa> os ordenados fixos do« mesmos Empregados; \vreis que não foi ultrapassado o limite marcado na referida Carta de Lei, e que pelo contrario deduzida adita quantia déreis 30:400^000 daroen» cionada despeza liquidada, se reduz a despeza pro« pria doannoeconomicodel839, 1840a 111:623^814 réiâ-^ importância menor queavniada pela sobredita Caíia .de Lei, e que pouco rnais poderá exceder, logb que se nicolhào ã Contadoria respectiva algumas contas de despeza de Legações e Consulares, q.ue pela coniingencia das corniHunicaçôes a tempo competente faliam ainda para completar a collecçâo de documentos de despeza do dito anno. A segunda conta e dos fundoa, que o Ministério recebeu na importância de 133:7Í8$944 réis; que se distribuíram em diversos pagamentos juntamente com a- borurna de 21:599$390réis, que ficaram por distribuir no anno antecedente, cujos pagamentos se realisaram dentro -do;anno económico de 1839 — 1840 com relação a diversos exercícios, somroando todos 155:318^334 réis.