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sacão) isso seria uma desumanidade horrível; não ha consideração financeira que chegue a isto, que tenha esta importância. Eu sei agora , e tenho sabido já ha um pouco de tempo, a i «imensidade de doenças, que tera feito estragos em todos os corpos da Capital, e em corpos que estão rias Províncias, e isto pelo demasiado peão de serviço que sobre elles recae. (dpuiados) O Governo propôa esta força de 24» mil homens , no meu entender inferior ás necessidade's publibas,; e não se pode negar que o Governo teve muita ai-. tenção á questão das finanças, porque d'cuíro modo própria um execito de 40 m i i homens» E , ouça-se bsm ; mio rne importa que se diga que eu quero fazer a corte ao Exercito; eu não exprimo aqui senão a convicção da minha consciência; corri menos de ,40 mil homens de todas as armas e pequeno o nosso .Exercito, e peço aos Srs. Deputados que leiam as estatísticas de iodas as nações da Europa, e vejam se na proporção da nossa, ha nenhuma que tenha menos de 50. mil homens; ahi teiaos a Bélgica , cuja população não chega ú nos^a , que Exercito tem a Bélgica? 110 mil homens. As nações pequenas, diz-se, não podem ter Estreitos grandes: ènlendarno-nos bem ; as nações pequeíias lêem necessidade , de ter exércitos grandes na sua proporção ; a França não precisa deter presentes sobre »*s armas um milhão de soldados, porque a França pôde ter um milhão de soldados em mez e meio: um p.iiz pequeno necessita de conservar unia posição respeitável, que faça saber a todos os ambiciosos, a todos os intrigantes, que poderá ser essa^naçào subjugada' mas que ha do defender com força a sua liberdad,è e independência; e eu creio que estamos noa neste caso '

Mas deixemos agora. a questão da força na íntima convicção de que os q'je vibrem nas Sessões futuras, os que forem sendo amestrados pela experiência, que se ha de fazer depois de nós, hão de verse na necessidade de exigir dos córpoi legislativos porluguezes mais força pá rã o exercito, se quizeretn que haja um exercito regular. Para o provimento desta força, Sr. Presidente, e' necessária sem duvi-* da a maior economia : a economia hão está no numero das baionetas; o numero das baionetas não . pôde achar-se sujeito á questão de. finanças ; mas a questão de finanças deve recommendár a melhor disposição, a melhor ordem em todas as despezas , que pertencem ao Exercito ; sem duvida nenhuma; e sobre isso entendo que ha muitos melhoramentos a fazer na parte material do Exercito, nas repartições de que o Exercito se compõe; entendo perfeitamente que estão mal montadas essas repartições na .na maior parle; (apoiados) ha immensos melhoramentos a fazer em quanto á matéria de vestuário e equipamentos.

Mas perguntar-se-ha ; porque razão não íern ido a espada fiscal cortar esses abusos? porque razão -se conservam essas repartições tào defeituosas? Sr. Presidente, e porque razão astarnos nós desde 1820 a querermos constituir um Governo Representativo, ein separaçãode poderes, em boa administração publica, em boa administração de justiça, em segurança individual, em abertura de caminhos e ca-íiaes, em fomentar a industria, e. a agricultura? Por que razão estamos nós desde ISSO tranctando. deste objecto, e temos adiantado tão pouco? (Uma voz:

Isso é verdade!) O Orador: — Adiantamos pou» . G.° — Setembro. — 1840.

co em-tudo;-e qual será a razão? Todos a sabem, escuso de dizer-lha: não é possível melhorar uma das repartições, melhorar urna das instituições do Paiz, sem que o melhoramento se estenda a todos oá outro :x (apoiados') o mal está. na raiz da arvore, .é preciso ir-lho curar.

Disse o Sr. Deputado, querendo d'aqui deduzir um raciocínio: pois se vós não poíestes recrut-ar o menos, obter o menos, como haveis de obter o mais? .Assinréem' geral, nem e'possível que o Exercito P >r-tuguez possa chegar ao seu completo, em quanto não houver uma verdadeira lei de recrutamento, que torne esta operação possível; não se podarão alcançar os 21 mil homens, nem se poderá verificar nada com a lei do recrutamento; toda a gente sabe, em que consiste o seu defeito, toda a gente sabe porque modo as authoridades independentes, ou qxaíi independentes illudem todas as ordens, todas as determinações; mas principalmente aquellas para cuja execução se necessita de um certo ar de força, ou para bom dizer, de violência, a que ninguém se quer compromelter. O recrutamento uão se tem podido verificar; eu mesmo, em virtude dessa lei, tenho accftdido-a u tua inunensidade.de iâempçõp?, que estão nas excepções da lei , e não as podendo violar , deixo sair do recrutamento uma infenidade de individuòs." a facilidade com que se prova a hypo-- , -lheàe da i sem pç ao "e tamanha, que se tem cotiht;ci-cido evidentemente não haver urna lei, que dê mais occasião a fraudes, a peitas, e a adherencias de que esta; não e' possível, e não e possível fazer recru-, lamento nenhum ; e não havendo recrutamento, tanto custa fazer 21 mil homens como fazer 101 mil homens*

O nobre Deputado lamentou o estado do exerci to? referindo-se ás palavras do Ministro da Guerra — o exercito carece do seu vestuário, do seu calçado, do seu pagamento j a este pagamento tem-se provido; e este vestuário; e este calçado tem sido obje» cto de grande sollicitude de commandantes de corpos, e de commapdantes de Províncias': não ha .duvida que esta falta e grande, e com tudo digamos, em-obséquio á vernade; em toda a parte os corpos se apresentam bem : deve-se-lhe, e é foTçoso pagar-lhe; e não se lhe tem pago, porque não tem havido os meios com que. Quanto ás outras especialidades, não me pertence a mim , pertence ao Ministro da Repartição competente, que sei que ' sobre ellas dará explicações satisfatórias; e neste momento, não posso deixar de-dizer, apezar das ve-cUsitudes porque temos passado; apezar das diligencias que se tem feito para desgostar os cidadãos que servem asna Pátria com as armas na mão, não posso deixar de dizer que Exercito algum, em Nação nenhuuia; que eu saiba, aturaria tão íie! o serviço, como o Exercito-Poríuguez, apezar dessas faltas, (apoiados'), não se pôde negar isto, e eu não me posso esquecer de que ha alguns annos que pertenci a esta corporação brilhante e honrada.