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o meu amigo o sr. relator da commissão, antigo ministro das obras publicas.

Por este modo a idéa de levar a viação acelerada ao Algarve fica completamente prejudicada, e não se tira ou-

SLn P° ^ ^ Ír S6rVÍr a P°™a9ão, que vae crés-cendo no Pomarao, e que tem outros meios de se commu-mcar, emquanto que não acontece o mesmo com a provin-cia ae que trato. L

. N° me,io de todo isto, é dimcil a qualquer orador, e prin-apalmente a mim, cuja minguada intelligencia sou o primeiro a reconhecer, apreciar estas cousas

-Bem sei que é possível objectar á proposta, que vou re-metter para a mesa, que ella é vaga, que não se sabe nem o numero de kilometros que lia a construir desde Beja até ao Algarve, nem o ponto por onde ha de passar; mas a isto respondo eu com o contrato que está feito —também não se sabe o numero de kilometros que ha entre Beja e o ponto em que o caminho de ferro ha de parar na margem direita do b-uadiana. Se a minha proposta é vaga, também o não e menos a proposta da commissão.

E verdade que um defeito não auctorisa o outro. Mas eu posso dizer ao sr. ministro das obras publicas que s. ex.% na repartição a seu cargo, tem estudos, ou, pelo menos, um reconhecimento a respeito do caminho de ferro de Beja para o Algarve, ao passo que não possue trabalho tão completo com relação ao prolongamento do caminho de ferro de Beja sobre o Guadiana.

Parece-me pois que a minha proposta está em melhores condições do que o contrato; e mais completa a apresentaria eu se o requerimento que fiz pedindo esclarecimentos n'esta parte tivesse sido satisfeito.

A proposta é a seguinte (leu).

_ Eu não faço obstáculo algum ao andamento d'este negocio, porque me parece que existe no contrato um artigo, que deixa ampla faculdade ao governo para contratar com a companhia a alteração de qualquer clausula que porventura esta camará não approve. Se a camará pois approvar esta proposta, nem o governo fica em embaraços, nem o contrato fica prejudicado.

Não me atrevo a dizer que o caminho de ferro para o Algarve deve ir por Mertola e Almodovar, porque não sou engenheiro e faltam-me os conhecimentos devidos; mas parecia-me que pôde e deve ir até lá para se completarem assim no sul as communicações aceleradas.

Por este modo todas as províncias do sul communicam por meio de um caminho de ferro, e se se verificar a en-troncação d'elle ou no caminho de ferro do norte ou n'aquelle que é commum ao caminho de leste, aqui temos nós Portugal communicado, quer dizer, aqui temos communicadas as províncias do norte com as do sul.

Parecia-me que tratar d'este objecto era mais vantajoso do que tratar de um caminho de ferro que estaca diante das margens de um rio, em um ponto em que não é navegável, á espera de que os nossos visinhos tenham vontade de construir outro, que na nossa mente entendemos elles devem fazer.

N'estes termos tenho dito quanto me parece para fundamentar a minha moção de ordem. Entrego-a á camará, e espero que ella na sua sabedoria a resolva como melhor entender.

É a seguinte:

SUBSTITUIÇÃO

Artigo 1.° Aonde se diz =até'á margem direita do Gua-diana =se substitua pela seguinte disposição =até ao Algarve^.

Aonde no contrato se dispõe que o prolongamento do caminho de ferro das Vendas Novas a Beja seja até á margem do Guadiana, na direcção de Serpa e Moura, se estabeleça que este prolongamento seja até ao Algarve. =Bivar.

Foi admittida.

O sr. Presidente:—A ordem do dia para amanhã continua à mesma, mas não sei se a camará quer que haja sessão nocturna. Muitos srs. deputados têem entendido que a resolução da camará a este respeito caducou com a proro-gaçâo; mas eu não posso tomar sobre mim o fazer o regimento da casa.

(Pausa.)

Atdeputação que ha de apresentar a Sua Magestade alguns autographos de decretos das cortes ha de ser composta dos seguintes srs.: Alberto António de Moraes Carvalho Anibal Alvares da Silva António Júlio de Castro Pinto de Magalhães Augusto Xavier Palmeirim Joaquim Manuel de Mello e Mendonça Júlio do Carvalhal de Sonsa Telles Laureano da Camará Falcão.

Repito, a ordem do dia para amanhã, continua a mesma e mais o projecto n.° 108.

Está levantada a sessão.

Eram quatro horas da tarde.

NOTICIAS ESTRANGEIRAS

Recebemos folhas de Madrid de 23 e 24 do corrente, de Paris de 21 e 22 e de Bruxellas de 20 e 21.

A Correspondência de Espana publica os seguintes TELEGRAMMAS

Paris 24 de junho —O corpo legislativo rejeitou o pro-iecto de lei acerca do imposto sobre as carruagens e cavai-los de laxo, pelo que voltou á commissão do orçamento

O Moniteur de hoje diz que em Washmgton ^o se havia recebido, em data de 9, participação alguma do Me-xieo posterior á do combate de Puebla, e que portanto é

inexacto o boato de terem retrocedido as tropas francezas para Vera Cruz.

Londres, 23—Os trigos tiveram uma alta de 2 schillings.

Turim, 23—Desmente-se a noticia de Garibaldi ter dado a demissão da presidência das sociedades de emancipação.

Cassei, 23 — Em virtude de uma contra-ordem os prus-sianos suspenderam a sua marcha para Hesse.

Belgrado, 23—-Foi fusilado o assassino do correio austríaco.

Paris, 23 (pela tarde) — Diz a Patrie que Lorencez estava ainda a 14 entrincheirado, e com bastantes provisões em Amozoc.

Os periódicos de Paris asseguram que Jurien de Ia Gra-vière voltará ao México n'uma posição importante.

Assegura se que Saligny voltará para França.

Idem, idein — Jurien 4e 1a Gravière foi recebido pelo imperador.

Ao saber do desastre que as tropas francezas haviam sof-frido em Puebla, solicitou aquelle general voltar ao México cora os reforços.

> Hoje (23) devem sair de Toulon em quatro navios dois batalhões de zuavos, dois esquadrões de caçadores de África, dois de spahis e uma bateria raiada.

Dentro em breves dias sairão do mesmo porto mais 4:000 homens. Também saír5.o tropas de Oran.

Berlin, 21—Influencias estrangeiras impediram a orga-nisação do ministério Wiegand. Vae formar-se um ministério composto dos partidários da constituição de 1860.

-As noticias de New-York, de 12, confirmam a destruição da esquadra separatista, e a entrega de Memphis.

-----Telegrammas publicados pelo Clamor Publico:

Paris, 21 de junho — Ao congresso legitimista, que se deve reunir em Lucerna, na habitação da duqueza de Par-ma, assistirão, segundo se diz, as duas ex-rainhas de Nápoles.

Também se falia de outro congresso que ha de celebrar-se em Belgirato pelos partidários italianos, sob a presidência de Garibaldi.

Parece que os incêndios na Rússia são obra das sociedades secretas revolucionarias. Odessa é a cidade que mais tem padecido em consequência d'estas tentativas.

Na segunda ou terça íeira começa no corpo legislativo a discussão sobre o México.

Turim, 21 — A causa da prisão do bispo de Orvieto foi uma pastoral em que se offendiam as instituições. Ainda que o tribunal concordou em que fosse posto em liberdade, continua o processo.

O Diário de Verona transcreve a declaração de Mazzini.

O partido de acção pediu a Garibaldi que declare se quer pertencer á opposição ou ao governo; e foi este o motivo por que elle se demittiu da presidência da sociedade emancipadora.

Chegou a Roma o general Montebello.

Reputa-se já seguro o reconhecimento do reino de Itália pela Rússia e Prussia.

Berlin, 21 — Julga-se imminente a occupação de Hesse pelas forças prussianas.

A Rússia toma grandes precauções, pelo receio de uma grande revolução.

O sr. Rabow foi eleito presidente da camará de deputados.

Vienna 21—Na camará dos nobres discutiu-se o'orçamento do ministério dos negócios estrangeiros. Por este'mo-tivo defendeu o conde de Rechberg a independência do papa, o nobre conde lembrou o discurso do sr. dlsraeli no parlamento inglez, demonstrando a necessidade do poder temporal do papa.

O ministro declarou possível a revisão da concordata, mas cflm assentimento do santo padre.

Paris, 23 — A Patrie assegura que o tratado celebrado entre os Estados Unidos e o México estipula a cessão á primeira d'estas potências de algumas provincias mexicanas, DO caso de que o México não pague o empréstimo de 1844.

Turim, 22 — Garibaldi já se acha na ilha de Caprera.

HESPANHA

Sua magestade a rainha deu á luz com a maior felicidade,1 pelas cinco horas e dez minutos da tarde do dia 23 do corrente, uma robusta infanta.

Tanto sua magestade como a augusta receranascida continuavam n'um estado completamente satisfatório.

O baptismo da excelsa infanta effectuou-se no dia se-guinie, pelas três horas da tarde, na capella do palácio real. Na pia baptismal lhe foram postos os nomes de Ma-ria Joanna.

À camará dos deputados de Turim approvou, na sessão de hontem, o projecto de mensagem a el-rei, cuja redacção fora confiada a uma commissão de cincio membros, tendo por fim responder á carta dirigida ao papa pelos bispos reunidos em Roma. O projecto foi approvado quasi por unanimidade no cabo de pequeno debate.

Na mesma sessão alguns deputados, e entre outros o general Sirtori, propozeram que se fizessem novas interpellações ao governa sobre a questão romana. O sr. Rattazzi observou que não era possível dar conhecimento na tribuna das diversas phases diplomáticas por que passavam as questões in-ternacionaes. A camará poz de lado as interpellações, e passou á ordem do dia.

Conforme as noticias dadas por uma gazeta de Turim, o projecto de concessões de caminhos de ferro, que acaba de ser apresentado ás camarás, comprehende três linhas nas provincias napolitanas e uma quarta na Lombardia. Obriga-se a companhia a formar antes de seis mezes uma sociedade anonyma, que se juntará com a companhia lom-

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bardo-italo-central. O estado lhe affiança o rendimento de 29:000 francos por kilometro, nas linhas napolitanas e 25:000 nas linhas iombardas, bem como outros grandes subsídios.

----Dizem de Nápoles que nas província de Bari entraram dois bandos de sediciosos; mas que foram logo dispersos.

-----Lê-se no Esprit Public:

«Informam-nos, por participação de Turim, de que o governo italiano foi officialmente prevenido, por intervenção de França, de que o imperador da Rússia está resolvido a reconhecer o reino de Itália. A adhesâo official do gabinete de S. Petersburgo é esperada em Turim dentro de poucos dias.

«O governo francez empregou os seus bons oíficios para se conseguir tão bom resultado, que é de grande valor para os destinos da Itália. »

. INGLATERRA

Na sessão de hontem (19) da camará dos lords, julgou o conde Russell conveniente dar algumas explicações sobre os negócios do México, e em particular relativamente a algumas circumstancias que, diz elle, têem feito má impressão. Alludia á retirada das tropas inglezas.

No que respeita á convenção feita para pagamento dos credores inglezes, declarou o ministro que houve engano. E certo que o tratado foi assignado, mas corno se conheceu que elle se referia a outro tratado, pelo qual o governo mexicano concedia algumas compensações aos Estados Unidos para o empréstimo que devia subscrever-se no paiz, o governo de sua magestade, julgando que íal convenção produziria grandes estorvos, decidiu não o ratificar.

Lord John Russell fallou depois da retirada das tropas inglezas do seguinte modo:

«Também devo narrar outras circumstancias, que em Paris fizeram má impressão: a retirada das tropas inglezas e o abandono das^tropas francezas, que hão de fazer frente ás dificuldades. É facto que partira uma força naval, com-prehendendo 700 soldados de marinha; mas, como se não temia collisão em Vera Cruz, ella se retirou, porque nunca houve o pensamento de que invadissem o paiz. Quando se deli o rompimento com os francezes de um lado, e entre os inglezes e hespanhoes do outro, o official commandante resolveu arrear a sua bandeira. No México nunca entraram tropas de terra inglezas. É pois um erro dizer-se que ellas se retiraram; e não tem fundamento algum tal asserção.»

O conde Malmeabury, declarando-se satisfeito com taes-explicações, disse que era do mais subido valor que des-apparecesse, quanto antes, a impressão que fez nos france-zes o ré vez, por causa do abandono do governo inglez.

Este sentimento é assaz patriótico, e o achámos em Londres mui natural. Porém o nobre lord permittirá que lhe digamos que se dá a trabalho desnecessário. Ninguém em França, nem na Europa, attribuiu o ligeiro revez com que, o Times e outros periódicos fizeram tamanho arruido á deserção dos soldados inglezes.

- Temos pela marinha do exercito britannico toda a estima que merece a sua valentia, mas estamos plenamente convencidos, e todos de certo seguirão este parecer, de que a presença dos soldados inglezes em Guadelupe em nada mudou um resultado sem duvida lamentável, mas sobre cuja importância as gazetas inglezas se não devem illudir.

(La Patrie.)

NOTIClftS SCIENTIFICAS

OBSERVATÓRIO METEOROLÓGICO

DO

NA ESCOLA POLYTECHNICA

JUNHO-26
BAKOMETSO (PRESSÃO)
THEEMOMBTHO (TEMPERATURA)
PSYCHBOMETBO (HUMIDADE)
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DIA 25.

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