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co precedente da Camará.'— A' vista disto não >póde entrar ern duvida, u não querer rejeitar .Regimento e precedentes, que se pôde passar á nomeação dasCommiàSÕes estando 33 ou 34 Secado rés presente».

o SR. VELLEZ CALDEIRA : — se esia-

jnos em numero, escusado érperder o tempo; por tanto propon.ho que se passo á Ordem do Dia. (*4{>oiados.)

O SR. PRESIDENTE : —Parã resolver uma .inl questão não acho que o tempo seja peidido.

O Sá. MELLO ECARVALHO : - Eu não queio tomar terapo á Camará ; mus quando-se suscitar outra vez essa qucsiào, eu suslenlari1'! também a .minha opinião.

O SK. VISCONDE DE LABORIM;— Pedirei a palavra igualmente quando essa questão tomar á discussão.

O SR. MIRANDA-. — O mesmo farei eu.

O SR. LOPES ROCHA: —Eu comecei dizendo cjvjc mr.ovava n questão se não csli vi-ssernos em numero , mas se lia mais de 3G Mt-mbios pré. senles passemos áOrdeni do Dia, (d Aviados.)

Efíeclivamenle se procedeu á e.leiçào das Commissôes Gefaes da Casa.

Para a de Podeies, apuiadas 37 lisla-, ficaram eleitos os

íárs. Pereira de Magalhães com 33 votos,

Visconde de Lubonm.....33

Cordc-iro Feijo...........28

Trigueiros. ... *..........

Baruo de Argamassa.....20

DOS SENADORES»

Seguiu-se a eleição da Commissão de Administração-; em -36 listas, obtiveram as seguintes maiorias os . ,

Srs. Pereira de Magalhães 33 fotos,

Miranda............32

Barão de Renduffe.. . 30 Conde de Linhares. .. 30 Tavares d'Almeida... 30

Trigueiros......-.;... 25

Conde de Teiena.....19

Paia n Commissão de Fa/enda , cm escruti*

riio de ͣiial nnmeio de listas, ficaram eleitos os

Srs. Visconde de Porto Côvo por M votos»,

. Rarao do Tojal........-----aã

Cordeivo Feyo..............31

L. J. Ribeiro.........i-----3 L ,

Visconde do Sobral.........31

Miranda...................24

Pinto Baslo................20

Passou-se ú eleição da Commiss-ào de Guer-ta; c, apuradas também 36 listas, resultou fi> caretn nomeados os

Srs. Duque da Terceira com 30 votos,

General Zngallo.......30

Baruo de Ai^amassa.. . .-27

1 Conde de Avillez......23

Barão de -Almeidinha. .22 ' Conde de Linhares. .... 19 Como nenhum dos outros votados tivesse obtido maioria absoluta, procedeu-se a segundo escrutínio, do mesmo numero de listas, e ficou eleito o

Sr. Conde'de Vilía Real por 31 'votos.

Teve depois logar a eleição da Corhmissnò de Legislação, para a qual concorreram 36 lia-las; c, despojado o escrutínio, ficaram upufaá dos os • J

Srâ. {Mello e Carvalho com 34 votos

VelleaCbldeira.-----'..32-

1 .Visconde de Laboram.. 27' Tavares d'Almeida1... .24

Leitão...............23

Lo'pes Rocha.....v. .. 21-

Conde de Tcrena..:'.. 19

Concluída esta operação, teve a palavra é disse fc

'O SR. PRESIDENTE DO CONSELHO DEM IN I3TROS : —Sr. Presidente , quando, por pailc do Goveriio, em uma das precedcn'-» toa Sessões pedi autliorisaçuo para continúaverri a'set1 empregados alguns Srs. Senadoras, por equivocação ommitli declarar o h orne do Sr. Barão de Fonte Nova; e por isso peço'àgora que aauthorisação concedida se lhe faca exten* siva, a fim de continuar no serviço a que foí destinada.

Não líavéndò quem p'edisse a palavra, foi a Camará consultada <_ p='p' a='a' pedida.='pedida.' auihorisação='auihorisação' concedeu='concedeu'>

O Sr. Presidente deu para Ordem do dia'ó proáegni mento da eleição das Comrnissões, e a leitura- do Projecto de Resposta a'o Discurso do Throno : fechou a Sessão ás quatro horas e lim quarto.

N.° 4.

DO SR. DUQUE DIÍ PALMBLLA.)

ABERTA a Sessão , pelas duns horas da tar-. de, verificou-se a presença de 33 Srs. Senadores.

Leu-se a Acta da ullifna Sessàa, e licou up-pro\ada. • .

O Sá. BAZILIO CABRAL: —O Sr. José Coelho de Carvalho, Senador. eleito pulo Circulo c\e Cflbo Verde, .escveveu-me pedmdo^par-ticipasse ao Senado que o seu máo eslado de saúde, e o máo tempo lhe não tem permillido fazer viagem' para esta Capital, inas que , logo que estas circumslancias mudarem , com muita satisfação se apresentará nesta Camará. — Ficou inteirada.

- Obteve a palavra para objecto urgente, e disse

O SR. LOPES ROCHA : — Sr. Presidente, n'um jornal pjjblicadohonlem vejoeu oaeguin-te annuncio :•

' Loterias de Madrid. -—-A primeira extracção de 1841 é a de 7 de Janeiro, com 26:000 bilhetes e 800 prémios, sendo os maiores de 8:000 duros , e/c. O custo de cada bilhete é de 2^4-00 reis. Também, se encornrnendam em Setúbal a José Joaquim de Oliveira e Silva , e em Faro n José Joaquim Loj/es Giiibnro. Lisboa , 30 de Dezembro de 1810. Largo da Magdalena n." 4. = Miguel Jdâo Coelho.

Este o outros í» v i só s similhantes publicam-se porque se tem espalhado que uma grande parte dos prémios deslas Loterias, apesar do pequeno numero- de bilhrtes que só mandam vir, tem sahido em Portugal! Em' consequência, para evifar o roubo que se está fazendo ú Na* cão, apresento o seguinte •

Projecto de Lei,

Arligo t.° He prohibido no Reino de Portugal e om todos os sons Domínios a venda publica ou particular de Bilhetes ou Cautelas das Loleiiaâ Estrangeiras.

Ari- 2.° Todo o inHcviduo nacional ou estrangeiro con-vencido do hnver vendido, ou de se ler en-carregado- de mandar vir de fora do Reino os referidos Bilhetes ou Cautelas, será eondemnado, pela primeira vez em uma mui-ia de 100 a 200$ reis; pela segunda vez de 200 a 400 § reis, pela terceira' vez de 400 a 800$ re^is-j-e assim progressivamente.

Art. 3.° Esta multa será aplicada metade para o denunciante , e metade para as Casas cTAsylo d«i infância.

Art. 4.° Fica revogada1 a Legislação em contrario.

Sala da Camará dois Senadores 8 de Janeiro de 1841. — António da Silva Lopes Rocha.

Peço a urgência deste Projecto, para -que o roubo que se está fazendo a Portugal não continue. (Apoiados.)

O SR. MELLO E CARVALHO: —Sr. Presidente, prevenio-me de alguma maneira o Sr.

Toe 8 í»c

Lopes Rocha no seu Projecto de Lei tíoercitiva das lolerias, porque também jú honlcm eu pcr-tendia.fazer uma proposta tendente ao mesmo lun ; e pois que o seu Projecto não prejudica a minha indicação, cujo ponto é exigir a execução e cumprimento das Leis existentes, em quanto que naquelle se estabelece urna outra nova e- diversa sancção, permilta-se-me que à proponha , dando antes algumas razoe* da ne* cessitinde , justiça, e conveniência publica que a justificam.

Graves, e muito judiciosas foram, sem duvida, as ponderações por V. Ex;a feitas neste Senado por duas vezes na precedente Sessão legislativa, e a V. Ex.a cabe -a devida recom-pensa e louvor de ser o primeiro que contra à abusiva admissão da venda ê distribuição de bilhetes de lolerias estrangeiras, como conto-rias á ordem e moral publica, como um intolerável imposto levantada sobre esla Nação , e como prejudiciaes áa que são perruillidas en*-ire nós para .fins de caridade.— i^a verdade j as lotcrias consideradas pelos seuscíTeilos, produzem males rebes bem conhecidos, e que povo algum bem policiado diíTicultosamente- poderá comportar. Contra a invenção das loterias se tem levantado as vozes de insignes Moralistas, Philosophos, Jurisconsultos, e Ministros da Igrejiv, que ávidos da conservação, e bem conhecedores da importância da moral publica, não podiam olhar com indifferença para este instrumento de corrupção dos bons costumes, abusandô-se tantas vezes da crédula ignoramcin dos povos, que sedusrdos por interesses mo'-mentaneos quasi sempre illudidos, dispendem o que não podem, ou perdem a idcu do ira-balho, caudal fonte da prosperidade. São 09 loterias um jogo, em que sendo sempre certos os seus interesses, o ganho do jogador é eventual, e a perda de todos jogadores reunidos in« fallivel : tal é o seu caracter constitutivo tal é o evidente principio da-sim injustiça para f»âo deverem ser,-nem ainda, toleradas. Também1 podem as loterias ser considerados como1 um imposto, mas urn imposto cujos1 lesivos produ-c-tos se fundam ou sobre o delírio, ou na crédula ignorância, da qual atrozmente se abusa r principalmente qiurndo se occultarn os fins, para que devem ser applicados os seus interesses, que tem de rertlisar-se em paizes estranhos,-a fim de satisfazer ambições de sagazes avert-' lureiros. Não e do meu1 intento reproduzir aqui agora" todas as reflexões moraes e politizas, que'1 se tem feito contra esla espécie de jogo de azar; o nosso direito o prolnbe, permittindo.ô só em certos e determinados casos para fins justos e conhecidos; e' sórrierite' para1 que se gunr'de', cumpra e observe a nossa Legislação, que fnço a seguinte

Indicação.

Proponho se rccommende ao Governo, que não consinta na venda e distribuição do bilhc-

lês de loteria alguma nacional ou estrangeira "i que hão seja njíprovada por Lei, mandando pofceder criminàlmènlc contra os infractores segundo direito. Sala 'do Senado á dê "Janeiro de 1841. — Mello e Carvalho.

Maado-a para a Mesa., semr.què ella possa de alguma forma prejudicar ò Projecto do Sr* Lopes Rocha para" urria nova Lei com outra sancção que não tem à Lei existente. A minha indicação tende não só a obviar já ao mal pelo direito existente, como tamberh a fazer tomar na devida consideração as iridicaçòos é def liberações deste Senado, (Apoiados geraes.) evitando^se a continuação do abuso, Hão obstante o que já aqui foi por V. Es.a ponderado.

O Sá. LOPES ROCHA :-^-Sr. Presidente; todos os meios que poderem ir ao resultado dê evitar o fouhb que se "está fàzendfc» eií os a»p"ro-vo, e paréco-mé que tanto a Proposta do Sr. Mello e Carvalho como ó Projecto de Le"i devem ser Teíneltidos a unia Còtnrriissâo , e esta examinar âb aã Leis prohibitivás dás foterialein Portugal são só rèldtivàa áé loterias feitas cai Portugal, òif se lambem á venda dos bilhetes e Cautelas estrangeiras. Eu, ápprovo a íridiòa-çâo dó Sr. Mello o Carvalho , peço quê elíává a uma Commissão, e esta apresentará aquelle Projecto que íhe parecer mafíscòrífortóe, a bbtêt o fim q

O Sn. BARÃO DE KÉNDUFFE: —Eu concordo com ás óprrriôes que se teem expendido rvêsta occasiSò ,'rrráí pèrrriitta-me o Sr. Lopes Rocha de me deparar da sua opinião, pôr? que eu entendo quê o Projecto âe Lei que elíe offereceu deve sfér refnéttido a uma Co'rnmissão para dar co'rn urgência o à eu Parecer1, ern'quanto qire a Proposição do'Sr. JVIellò' e'Carvalho deve ser refnetlida ao Governo còmóf récòmmén-d;içãol pcxr eicr"ipto, viVtò que já1 verbalmente ao Sr. Ministro dos Negócios do Ke.ino se linha recoínméridado esfc"ohjeclot; portanto não to» lho o andamento dtf Projecto* de Lfi o roa^dai4-se a Proposta1 dó1 Sr. Mello" e CáVvalho ao Governo: então fiqiie sobre a Meést pfara depois ter segunda' leitura se tanto e^eciso, o que entendo' deverá dispenáàí-áe.

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timos interesses íociaea.. Proponho por tanto a

•ua

, .

O SK. PKESTDENTE: — Em vista da importância rJpste objecto, .parece-me -que a faliu de providencias do Governo sobre «He não deve nllribuir-se senão a esquecimento , porque realmente os Sr». Ministros da Coroa tem eHa-do muito occupados depois que na Sessão passada alguma cousa se disse no Senado a este, respeito. — S«-ria para desrjar que não houvesse lo-teria alguma, (Apoiados.) mas, havendo-as a favor de estabeleci mentos pios, o livre curso dos bilhetes Hás estrangeiras é um roubo que se faz a Portugal em dfírimenlo daquelles institutos. >lem no° Projecto Ho Sr. Lopes llocha 'nem na Proposta do Sr. Mello c Carvalho *e falia expressamente dos annuncios que pela imprensa se fa/em re/a/ivamente a taes l.oterias, e que me parece deveriam prohibir-se; mas tudo isso será comprehendido no Parecer

O SR. LOPES KOCHA : — Os annuncios efiào indirectamente comprehendidos no .meu Projecto.

O SR, PRESIDENTE: —Bem. Se a Camará convém, tanto o Projecto como a Proposta serAo rerriettidas á Comujíssão de Fa/en-cla. (Apoiado*.')

O Sn. LOPES -ROCHA: — Eu comecei dizendo que Iodos os meios nite se empregassem para mnis depressa -se obter o,Jitn de obstar ao roubo que se estava fazendo , pela minha parte eu tígajifirovava. Não me opponho a que se separe a indicação do Sr. Mello e'Carvalho doPio-jecío que apresentei , e que ella seja 'logo te-metrid.T ao. Governo; depois se Mactará da Lei para prohibir a venda dos bilhetes das loterias estrangeiras, mas «' necessário que is»so se faça cora urgência.

' Sendo a Proposta do Sr. Mello e "Carvalho julgada urgente, foi lida segunda vez, e appro-TOU-SC logo sem discussão.

Fazendo. se também segunda leitura do Projecto , disse

O SR. VISCONDE DE PORTO COVO,-: — Pedi a palavra, sobre a ordem , .porque me parece que se deve observar o Regulamento a respeito desta Proposta : para-se reputar segun-Ida leitura, e' necessário quo a Camará assim o declare , porque aliás ha de segnir-se o Ucgi-ruenlo, c deve ficar para a Sessão seguinte.; e como eu já hoje vi praticar o contrario dislo^ por isso pedi a palavra sobre a ordem para que primeiro se declare urgente' a Proposta, para então se dispensar nas formalidades do Regimento.

O Sr- Presidente propoz se o P-rojeclo do Sr. Lopes Rocha era julgado urgente; e decidiu-se que sim. Disse então

O SR, VELLEZ CALDEIRA.: — A rnim parece-me que esse Projecto, deve ser remettido á Commissào d*1 Administração,

O Sr. BARÃO DE RENDUFFE: — A Camará poderá, determinar com todo o conhecimento de causa -a Commissão que deve preferir para a remessa deste Projecto de Lei : se traçássemos da questão de lotorias, ou da crea-çàò delias, talvez fosse a Com missão de Fazendo-, ou de Administração a chamada a irilpr-jpõr o seu juízo a este respeit.o ; mas aqui Ira-cla-se de uma Lei penal, e, então isto e puramente objecto de Legislação, e por isso pare-ce-mé que esta Commissão é -aquella que e a mais compelenle, a este respeito: não sendo pois umacjuestâo de Economia-politica, isto e, SP convém , ou 'não que tal loteria se crie, ou

O SR VELLEZ CALDETRA: — Oseruma Lei penal , não pôde ,ser razão, para o Projecto ir á Commissão de Legislação , porque não ha Lei nenhuma cuja infracção não lenha lima pena. Não digo isto porque eu me negue a trabalho, pois até me patec« impróprio o estar-se impurrando de ura para outro lado. — Tracla-se de um objecto de moralidade publica , e da ..sabida de dinheiro do Reino; por tanto de qualquer modo que se considere não pôde ser da competência da Commissào de Le-g.islação ; entretanto a Camará em sua sabedoria decidirá o que lhe parecer.

O SR. LOPES ROCHA : — Remei ta-se o Projecto quanto antes a uma Commissão, seja a que for, porque a mim não me importa A qual. .

DIARTO DA CAMARÁ

Resolveu-sp que o Projecto era remetlido com urgência -á Commissào de Administração.

O SR. Presidente leu o Projecto de Resposta no Discurso do Throrio: .e o seguinte

SKNHORV :—-A Camará dos Senadores ouviu com profundo respeito,,e altençào o Discurso, que VOSS.Y MAGIÍSTADE si; Dignou pronunciar do alto doTliiono na solemne abertura da pre-senle Sessão das Cortes Ordirjarias : c peneirada dos sentimentos de amor, e-Ti dei idade, que animam -toda n Nação Portuguesa para corn a sua Augusta RAINHA, prorurarájustificar, pp-lo-zeloso e pontual desempenho dos seus deveres, a confiança, de que VOSSA MAGESTADE lhe dá honroso testemunho.

E, sem duvida, muilo para sentir que a exigência do Governo de Sua Magestade Ca-tholica, tào inopporlunauiente motivada pela questão da Navegação, do Douro, chegasse u inspirar sérios, o bem fundados receios de vermos interrompida a paz, que felizmente tom por largo tempo subsistido entre as duas Nações, e.que ambas ellas com igual interesse, e empenho desejam, e -devem conservar.

VOSSA M AGESTADE ,'.recusando-se a annuir a esta injusta exigência, deu um grande documento da Stra Alta Prudência , e Sabedoria, mantendo ao mesmo tempo os invariáveis di-rekos da justiça, e desviando do seu Governo1 a pesada responsabilidade, que costuma^ recahif sobre quem o& despreza.

O Senado, comtudo, participa com VOSSA MAGESTADE da esperança de que por meios pacíficos, e por francas, e sinceras explicações-, se removerão quaesquer errados conceitos , ou desconfianças, e se poiá feliz termo Ár momentânea desintelligencia que se tem suscitado entre os dous Governos.

Em lodo o caso confia o Senado, com plena segurança, que o Governo de VOSSA MA-GKSTADK ha -de conservar em perfeita integridade a Constituição do Estado , o decoro do Throno., e a independência da Nação: >e não menos-esta convencido , de que, vindo a realizar-se o inesperado acontecimento, em que devam ter effeilo -as estipulações tantas vezes pactuadas ^ntte as duas Coroas de Portugal, e da.Giam-Bretanha, as reclamações do Governo Portuguez hào de ser lealmente, e com j u? t iça altendidas pelo mais antigo Alliado de

VOSSA M AGESTADE»

Com giande satisfação viu a Camará dos Senadores, que nas' ar t uivesicirciiinstujicias publicas um. dos principaes pensamentos, que pTesidiram aos Conselhos d-c VOSSA MAJESTADE , foi o de prover activa , e cn'ergiaamenle aos meios de defensa necessaiios para pôr o Paiz ao «'brigo de qualquer imprevista tentativa hostil. E protesta pela sua parle que concorrerá para se obter este importante fim com todos os meios, que estejam dentro dos limites das suas attribuições, prestando desde logo a mais se'iia altençào ao Relatório, que a esse respeito lhe for apresentado pelos Ministros de VOSSA MAGESTAWE.

Os sacrifícios extraordinários, que esta ino.-pmada occurroncia tem exigido , e pôde ainda exigir, hão de ser supportados com generosa constância pela Noção Portugueza, para quem e' leve e suave tudo o que a honra , .e o patriotismo aconselha , on demanda. O Senado pórétn os considerará como um novo, e mnis urgente motivo p;ara na prosenle Sessão empregar todos os possíveis esforços na definitiva organisação do systerna da Fazenda, sem a qual não só é impossível obter qualquer gráo' de prosperidade publica ; mas ate-se torna precário a liberdade da Nação, e arriscada a .sua própria independência. -

A Camará receberá us communicaçõcs, que os Ministros de VOSSA MAGLSTADE houverem de. fazer-lhe sobre o importante assumpto das nossas relações commerciaes, e apreciará devidamente o Tractado ajustado cornos Estados-Unidos da America.

Não podem deixar de ser gratas ao Senado as seguranças ,-que VOSSA MAGBSTADE se Dignou dor-lh(» acerca doestado da ordem publica no interior do Reino, bom como no piose-. guimento dos trabalhos necessaiios para n execução das leis orgânicas5, Botadas na ultima Sessão , e do progresso favorável , que começa a observar-se nas Províncias Ultramarinas.

As Propostas, que o Governo de VOSSA M A-GESTADK apresentar com o fjm de promover o desenvolvimento da industria nnquellas interes-

santes partes da Monarchia , è em beneficio dos seus habitantes, -acharão no Senado ag mais sinceras, benévolas,, e cordiue» disposi-çôVs. f

• VOSSA M AGESTADE faz honra, «justiça á Nação Porttigueza, notando as demonstrações do espirito publico, -com que p|Ja , na presente crise , lem correspondido á geral expectação. Tnl foi sempre o caracter dest» Povo illuslre, a quem os tempos, e a fortuna podem fazer injuria, mas nunca alterar os nobres, e elevados sentimentos, de <_:e p='p' é='é' animado.='animado.'>

O Povo Portuguez xeloso da sua independência, e exemplarmante fiel aos seus Príncipes , empregará sempre com gosto o seu reconhecido valor, e todas as suas faculdades em defender estes sagrados objectos ;, e fará glorioso timbre de merecer o alto conceito, e a honiosa approvaçào de VOSSA MAGESTADE.

Sala Sessões do Senado em 8 de Janeiro de de 1811. — Duque de • l\dmeU(i,. — Pulriarcha Eleito. — M, G. d* Miranda. — Francuco Tavares tf sJíineida Pr-ocnça. — /e/1% Pereira de

Mandou-se imprimir. ( Pauta.)

O SR. PRESIDENTE: — Ainda não estamos em nnmeio suflic-ientc para a eleição das Commissões; como e provável' que ainda venham os poucos Membros que faltam para trinta e seis, se á C.itmira parecer, suspender-se-ha a Sessão por meia hora. ( '/l /miado*.)

Manifestando a generalidade do» Srs. Senadores presentes convir -.neste arbítrio, effecti-, vãmente se suspendeu a Sessão : eram duas horas .e meia.

As três continuou a Sessão com 36 Srs. Senadores , e faltavam os Srs. Barões de Almei-dinha, do Almargern, de Argamassa, de F o n lê 'Nova, da Ribeira de Sabrosa , de Villa Nova de1 Foscôa , e de Villar Torpim , Condes das Antas, e deTerena (José), Urneílas, Ser-pa Saraiva, Pessanlm, Abieu Ciislello Branco , Curry , Gomes de Oliveira, Pinto Basto, Crespo, Nogueira Soares , Taveira, Osório de Castro, Leilão, Raivoso, Serpa Machado, A^evedo-e Mello, Trigueiros, e Viscondes de Beircj de Sá da-Bandeira,' e de Se-inodàes.

Passando-se á Ordem- do Dia, proseguiu a eleição da Commissões, começando-se pela.de Infrancções, para a qual- concorreram 3b" listas, de cujo apuiamenlo resultou ti curem eleitos os

Srs. Tavares de Almeida, por 29 volos.

Pereira de Magalhães ... 26 • : Mello e Carvalho ____ '...2.2'; '

Trigueiros ........... -. . 22

Lopes Rocha .......... 20.

Seguiu-se um escrutínio, do- mesmo numero de listas, para a .Com missão Diplomática, despojado foram apurados os

Srs. Duque de Palmella , por 34 .vo.los. Conde de Villa Real ____ 32

Barão de Renduffe. ..... 23

Barào do Tojal ......... 20.

Como faltasse ainda um Membro, por que nenhum dos outros volados o havia sido com maioria absoluta, procedeu-se a segundo escrutínio, de igual numero de listas, e ficou eleito o

•Sr. Marquez de Loule' por..-.. 26 votos. Teve depois logar a eleição da Cominissão de -Marinha, para a qual concorreram 36 listas, ficando nomeados Mumbrng deliu os

Srs. Costa e Amaral com ..... 32 votos.

Po 1 1 nga l e Castro. ." ..... 3 L

Visconde de Sá da Bandeira ............... 26

Lopes Rocha ........... 22

Marquez de Loule ...... 22

Barão do Tojal ......... 19

Aloura ................ 19.

Finalmente elegeu-se a Commissão de Petições , e lambem sobre 36 listas, ficaram apurados os

Srs. Gamboa e Liz por ...... 30 volos.

Macedo Pereira ........ 29

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